quinta-feira, março 13, 2014

Reflexões para o dia. Recompensa por uma boa ação


2 Rs 4:14  Então, disse o profeta: Que se há de fazer por ela? Geazi respondeu: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho.

Continuando da meditação de ontem; quando vimos a generosidade da mulher para com o profeta Eliseu. O que ele fez?
Quando alguém age com bondade, isso desperta no próximo o desejo de também demonstrar sua generosidade, de querer retribuir. Como eu disse ontem, a mulher não buscava nada do profeta; ela fez aquilo que seu coração mandava, um ato de bondade. E um ato de bondade, chamou outro, e outro...
Pirkê avot 4:2 diz “uma boa obra tem sempre como consequência outra boa obra... a recompensa duma boa obra está na própria boa obra realizada.”
Aquela mulher já estava se sentindo recompensada por D-us por ter permitido a ela a oportunidade de ser generosa. Não queria mais nada em troca. Só que sua atitude, despertou também no profeta Eliseu o desejo de retribuir.
Quando o profeta disse a ela: “O que você deseja? O que eu posso fazer por ti?” E ela respondeu: “Eu habito no meio do meu povo” ou seja, já estou bem, tranquila.
Então Eliseu se aconselha com seu servo, Geazi, que diz: “Ora, essa mulher não tem filhos e seu marido já é velho.”
Então o profeta chama a mulher e a avisa que dali a um ano,  ela estaria com um filho nos braços. E claro, foi o que aconteceu.

Repito que, quando a mulher foi boa, não pediu nada em troca, mas a generosidade dela, despertou a generosidade em Eliseu.
Não devemos exigir que outros sejam generosos conosco, mas quem sabe nossos bons atos despertem nos outros o desejo de também o fazerem.

No ano 2000 foi lançado o famoso filme “A Corrente do Bem” que retrata um pouco disso; uma pessoa faz o bem, e em troca apenas pede que o outro faça o bem a três pessoas, e isso se multiplica. Até despertar a inveja e o ódio de quem não sabe ser generoso; claro, no filme, o menino que teve a brilhante idéia, foi morto; mas isso foi só pra nos emocionar e fazer refletir.

Ao escrever um devocional, ele deve primeiro atingir a mim mesmo, e por isso o escrevo, meditando em cada palavra; eu sou isso? Se não, procuro melhorar para quem sabe, pela misericórdia do Eterno, um dia ser bom.

Na história bíblica, aquela mulher teve seu filho e, tal qual no filme, o menino também morre. Mas de forma diferente, o profeta ressuscita o menino e o devolve à mãe, mas isso já é uma outra história, outra meditação.

Por hoje, nosso desejo deve ser o de termos bons atos, de generosidade, e que esses atos façam despertar em nós mesmos o desejo de fazermos mais, pois “a recompensa de uma boa obra está na própria boa obra.”
Nada de fazer esperando que os homens nos reconheçam... isso é legal, mas no fundo é uma besteira. Homens não são justos, não reconhecem de verdade. Fazer algo apenas esperando um obrigado alheio é pensar pequeno.  Fazer algo, esperando que o outro vá retribuir, fazendo algo de bom para nós, é usar de segundas intenções inuteis; porque se a pessoa não retribui, faz com que aquele que fez a boa obra se julgue um tolo: “eu fiz isso pelo fulano, e ele não reconheceu, mas eu devo ser um tolo mesmo, não deveria ter feito nada.”

Faça, desperte em você o gigante das boas ações, faça pela simples satisfação de fazer o bem, de fazer o certo.

Nossas boas obras são como o jejum, citado por Yeshua: “Tu, porém, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto, com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mt 6:17,18)

Esse é o grande desafio.
*** Essa semana acontecerá a festa de Purim. Purim usamos máscaras, nos escondemos, pois o próprio nome de Deus foi oculto no livro, e Hadassa se transformou em Esther para salvar o povo de Israel.

Que tal gastarmos um pouco menos em nossas fantasias e aproveitarmos para fazer uma boa obra, ajudando outra pessoa; talvez realizar-se em ajudar uma criança carente a ter sua própria fantasia de Purim?

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