2 Rs 4:14 Então, disse o profeta: Que se há de fazer
por ela? Geazi respondeu: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho.
Continuando da
meditação de ontem; quando vimos a generosidade da mulher para com o profeta
Eliseu. O que ele fez?
Quando alguém
age com bondade, isso desperta no próximo o desejo de também demonstrar sua
generosidade, de querer retribuir. Como eu disse ontem, a mulher não buscava
nada do profeta; ela fez aquilo que seu coração mandava, um ato de bondade. E
um ato de bondade, chamou outro, e outro...
Pirkê avot 4:2
diz “uma boa obra tem sempre como consequência outra boa obra... a recompensa
duma boa obra está na própria boa obra realizada.”
Aquela mulher já
estava se sentindo recompensada por D-us por ter permitido a ela a oportunidade
de ser generosa. Não queria mais nada em troca. Só que sua atitude, despertou
também no profeta Eliseu o desejo de retribuir.
Quando o profeta
disse a ela: “O que você deseja? O que eu posso fazer por ti?” E ela respondeu:
“Eu habito no meio do meu povo” ou seja, já estou bem, tranquila.
Então Eliseu se
aconselha com seu servo, Geazi, que diz: “Ora, essa mulher não tem filhos e seu
marido já é velho.”
Então o profeta
chama a mulher e a avisa que dali a um ano,
ela estaria com um filho nos braços. E claro, foi o que aconteceu.
Repito que,
quando a mulher foi boa, não pediu nada em troca, mas a generosidade dela,
despertou a generosidade em Eliseu.
Não devemos
exigir que outros sejam generosos conosco, mas quem sabe nossos bons atos
despertem nos outros o desejo de também o fazerem.
No ano 2000 foi
lançado o famoso filme “A Corrente do Bem” que retrata um pouco disso; uma
pessoa faz o bem, e em troca apenas pede que o outro faça o bem a três pessoas,
e isso se multiplica. Até despertar a inveja e o ódio de quem não sabe ser
generoso; claro, no filme, o menino que teve a brilhante idéia, foi morto; mas
isso foi só pra nos emocionar e fazer refletir.
Ao escrever um
devocional, ele deve primeiro atingir a mim mesmo, e por isso o escrevo,
meditando em cada palavra; eu sou isso? Se não, procuro melhorar para quem sabe,
pela misericórdia do Eterno, um dia ser bom.
Na história
bíblica, aquela mulher teve seu filho e, tal qual no filme, o menino também
morre. Mas de forma diferente, o profeta ressuscita o menino e o devolve à mãe,
mas isso já é uma outra história, outra meditação.
Por hoje, nosso
desejo deve ser o de termos bons atos, de generosidade, e que esses atos façam
despertar em nós mesmos o desejo de fazermos mais, pois “a recompensa de uma
boa obra está na própria boa obra.”
Nada de fazer
esperando que os homens nos reconheçam... isso é legal, mas no fundo é uma
besteira. Homens não são justos, não reconhecem de verdade. Fazer algo apenas
esperando um obrigado alheio é pensar pequeno.
Fazer algo, esperando que o outro vá retribuir, fazendo algo de bom para
nós, é usar de segundas intenções inuteis; porque se a pessoa não retribui, faz
com que aquele que fez a boa obra se julgue um tolo: “eu fiz isso pelo fulano,
e ele não reconheceu, mas eu devo ser um tolo mesmo, não deveria ter feito
nada.”
Faça, desperte
em você o gigante das boas ações, faça pela simples satisfação de fazer o bem,
de fazer o certo.
Nossas boas
obras são como o jejum, citado por Yeshua: “Tu, porém, quando jejuares, unge a
cabeça e lava o rosto, com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e sim ao
teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mt
6:17,18)
Esse é o grande
desafio.
*** Essa semana
acontecerá a festa de Purim. Purim usamos máscaras, nos escondemos, pois o
próprio nome de Deus foi oculto no livro, e Hadassa se transformou em Esther
para salvar o povo de Israel.
Que tal gastarmos um pouco menos
em nossas fantasias e aproveitarmos para fazer uma boa obra, ajudando outra
pessoa; talvez realizar-se em ajudar uma criança carente a ter sua própria fantasia
de Purim?
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