terça-feira, agosto 23, 2011

Sonhar é bom pra todo mundo!



Minha esposa usa essa frase acima no msn dela já há algum tempo. E é essa frase que define o que temos vivido em nossa congregação. Cada um sonha com o que quiser; uns sonham com carro novo, casa nova, mudar de cidade, filhos, casar, etc... mas nós temos sonhado com uma Kehilah bonita. O problema é que sonhar sem dinheiro é complicado e sonhar sozinho é chato! Então sonhamos juntos! Assim tem ficado mais gostoso e temos alcançado muitas bênçãos do Eterno.
Primeiro começamos a sonhar com uma torah (não uma kasher, mas um daqueles souvenirs que vendem em Jerusalém). Quando compramos e o pessoal começou a ler no hebraico, comecei a imaginar em termos um sefer torah kasher. Só que antes disso, teríamos que ter um Aron HaKodesh.... Certo, então já que sonhar sozinho não tem graça, comecei a compartilhar do sonho. De repente um fala: Rosh, eu dou a madeira, outro se lavanta e diz: não se preocupe com a mão-de-obra, que é por minha conta, basta você trazer o projeto. Outro falou: eu faço o entalhe, outro costura... bom, enfim, já falei do Aron. Aí alguém veio com uma idéia de revestir a parede do fundo de madeira, e começamos a sonhar mais alto....
Fiz uma idéia dias atrás, e aí o Ari já deu uma aperfeiçoada, sugestão de melhorias, e então fomos aperfeiçoando e finalmente chegamos à isso que está acima. Agora acho que o nosso sonho toma forma.

Claro que ainda falta muito, mas estamos trabalhando, e quem sabe em breve nossa congregação tenha uma outra cara?! Não sei quanto tempo demorará, mas isso não é o mais importante. O que vale é que sonhamos juntos, vencemos juntos e que sonhar é bom pra todo mundo.

Esse é um sonho nosso de Ponta Grossa, mas se você quiser participar, mande sua oferta pra nós. De alguma forma, você um dia poderá dizer que fez parte desse nosso projeto.

domingo, agosto 14, 2011

Pensamento da semana: Uma história de amor!



Há alguns dias saí de casa em Curitiba, e vim para o Mato Grosso, cumprir mais uma viagem a serviço da Congregação. Nunca reclamo, pelo contrário, amo o que faço. Depois de alguns dias longe de casa sempre bate uma tristeza, saudade de minha esposa Eliana, com quem estou casado já há 15 anos, 2 meses e 5 dias. Meus filhos são meu maior tesouro, Abel e Ariel, jóias raras, herança do Eterno, meu galardão.
Depois de um shabat agradável com os irmãos daqui, agora, ao escrever estas palavras já são duas e quarenta da madrugada, sem sono, acabei de assistir em meu computador um filme sobre o amor de um casal. Chorei um pouco e resolvo escrever pra ver se passa a insônia.
Estou hospedado, como a primeira visita a se hospedar na casa de um casal de amigos. O Guedy, cara simples, inteligente, capaz, um amigo mesmo, junto com sua esposinha Raquel, menina doce, que saiu de um lugar frio como Caxias do Sul e aceitou o desafio de ser uma esposa neste lugar que o calor é intenso, o pó é constante e o ar condicionado tem que estar sempre ligado. Sair na rua, o calor já nos faz desanimar.
Bom, cheguei, fui muito bem recebido, como se fosse alguém importante, fiquei e fui conhecer um pouco a vida desses irmãos que vemos somente no congresso. E digo uma coisa: não há nada como conhecer as pessoas mais de perto, ouvir suas histórias.
Aqui do ladinho da casa do Guedy e da Raquel está a oficina de bicicletas MG. É ela a fonte de sustento do zaken Milton, há décadas. Das bicicletas (centenas, milhares aqui em Cáceres) e nas bicicletas conto a história que vi e ouvi. A bicicletaria MG é minha fonte de inspiração hoje.
Desde que cheguei fiquei curioso em saber o motivo do nome: MG. Seria uma errônea homenagem ao estado de Mato Grosso (MT), já que MG é Minas Gerais? Não, não era. MG é sinônimo de amor. Da história de amor, amor verdadeiro.
Perguntei ao Zaken Milton, o motivo do MG e ele pacientemente me explica:
“Isso aí é o seguinte Rosh, eu vou lhe contar... a letra M é de duas pessoas, Milton e Marli e o G de quatro presentes Gimerson, Gideão, Geisa e Guedy. Então ficou MG. As pessoas acabam confundindo, mas é isso.”
Aí eu, Felipe Moshe, senti vontade de dar um abraço naquele homenzinho magrinho, de 53kg, 58 anos, que me ensinou algo sobre o amor. A oficina deveria se chamar M2G4, numa homenagem aos seis. Mas que importa se os outros não sabem o que significa o MG... o valor tá dentro daquele coraçãozinho de homem dele.
Hoje, durante o shabat, eu fiz a transmissão das funções do Rosh, do Milton, para seu filho Guedy, um rapaz já bem alto, forte, bonito, com sua esposa também igualmente bela. Enquanto falava, pensava em quantas pessoas teriam a honra que esse pai tem... passar o cargo ao filho dedicado às coisas do Eterno. Aí, em certo momento, eu disse que o Guedy não iria assumir a congregação assim, de uma vez, mas que ele deveria sempre se aconselhar com o pai, e enquanto o menino chorava, talvez pensando na sua enorme responsabilidade, o pai orgulhoso me disse: “na verdade Rosh, sou eu quem me aconselho com esse menino. Ele é que tem sido o professor.”
Muitas, muitas coisas passaram pela minha cabeça na tarde desse shabat. Como a Geisa, um dos quatro presentes do seu Milton e da dona Marli, lá agora, distante vivendo no Rio Grande do Sul, com seu esposo. Rio Grande, de onde meu amigo Guedy foi buscar sua Eshet Chayil. Geisa, mal nos conhecemos, mas nossas orações estão contigo neste momento dificil. Lembrei-me que há dois meses atrás eu estava lá em Caxias, no casamento do agora Rosh Guedy, vendo ele chorar ao ler a Ketubah, quando mencionava o doce nome da mãe, Marli, de abençoadissima memória. Pensei no meu amigo Rosh Elazar, que viu sua irmã caçula sair do RS e entrar nessa bendita família. É bem verdade, ela ainda vai sofrer com o calor, mas o que é o calor quando se tem o amor?
Sei que essa semana valeu a pena ficar longe de minha esposa e filhos, embora teria sido maravilhoso que ela estivesse aqui comigo. Mas sei que aprendi que posso ser um marido melhor, que quem sabe o Eterno me permita ser para a Eliana, o marido que o Milton foi para a Marli.
No quarto ao lado, o casal de amigos dorme um sono tranquilo enquanto medito nesse exemplo de amor que aprendi com a família daqui de Cáceres/MT. Exemplo que oro, possa continuar agora com o Guedy e a Raquel.
Agora, pouco depois das três da madrugada de domingo, minha prece é que Deus me permita de ser um Milton. Um homem em quem se cumpriu as palavras do Salmo 128: “Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem. Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao SENHOR! O SENHOR te abençoe desde Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém durante os dias de tua vida, vejas os filhos de teus filhos. Paz sobre Israel!”
Obrigado zaken Miltinho, homem franzino, mas um exemplo de caráter, de humildade, de mansidão e de amor! Sua lição é algo que não se aprende em livros, apenas é possivel aprender conhecendo a história de amor da MG bicicletaria.

sexta-feira, agosto 05, 2011

Viagem a Israel: Massada



O video acima fala do cerco sobre Massada, um lugar histórico onde oz zelotes se abrigaram, liderados por Eleazar ben Yair, tentando não estar sob o governo do império romano em Jerusalém. Com o cerco, eles tinhamm um pacto de não se entregarem, e que não seriam mortos pelos romanos. A historia conta que, eles foram se matando até que ficou o último, que cometeu seu suicídio.
Claro que coloco a história muito resumidamente, mas quem tem a oportunidade de visitar este local em Israel, certamente vai poder entender cada detalhe dessa luta pela sobrevivência, mas também da revolta por não aceitar o domínio inimigo.
Ainda hoje, os soldados do exército de Israel fazem o juramento em Massada, dizendo que o que ocorreu ali, nunca mais tornará a se repetir.

quarta-feira, agosto 03, 2011

4 Sinagogas Sefaraditas


Um dos lugares que visaremos em Jerusalém, dentro da cidade velha, bem próximo onde fica o Kotel, são as 4 Sinagogas sefaraditas, que ficam no mesmo local. Lá, ouve-se acerca da história, e aprende-se um pouco sobre o funcionamento de uma sinagoga sefaradita tradicional. Visita programada para a sexta-feira, pela manhã, dia 18/11/2011.
Caravana Israelita da Nova Aliança.

Festinha da semana: Rafaela



Essa madrugada meu telefone tocou perto das 3 horas. Sonolento, ouvi minha esposa falando com alguém, e logo ela se levantou. Era a Sônia pedindo emprestado o inalador para a pequena Rafaela, que não estava muito bem. É impressionante como nessas horas as coisas são difíceis de se encontrar, mas finalmente encontramos o inalador, que havia se escondido da gente na casa da minha sogra, embaixo. Cinco minutos depois, lá estava a Sônia em casa, pegando o dito cujo aparelho... falei disso porque lembrei que havia esquecido algo: Coloquei as fotos da festinha da Rafaela no facebook, mas não no blog. Foi castigo!


Então, fiquem sabendo que no domingo, debaixo de chuva, os amigos se reuniram para celebrar o primeiro ano dessa menininha gritenta e sapeca, cheia de saúde como uma bolinha. Foi liberada a parte do pátio da Beit Sede para fazerem a festa, que teve cama elástica e piscina de bolinhas. Além da Sônia, do Yirmiahu e da Rafaela, os Backyiardigans estiveram presentes. Como tinha bolo, docinhos, salgadinhos, refri de graça, lá estavam o Shimon, o Athos, o Chobab, O Eliseu, até o Jairo com a Néia e mais um monte de pessoas. Eu também fui, mas comi só as jujubinhas. Parabéns Rafaela! E vê se para de nos acordar de madrugada.


Ah! Sim, nas fotos, além da Rafaela e dos pais, tem o momento em que o Rosh Yishai fazia a bênção sobre ela.

Viagem a Israel: Qumran.


Para quem gosta de ruínas e de história, esse é um lugar fascinante. Em Qumran, vamos apreciar as ruinas de uma antiga sociedade, onde poderemos ver sua sinagoga, seus lugares para reuniões, refeições, mikveh, etc... bem pertinho de Massada e do mar Morto. Estaremos nesses lugares durante nossa viagem a Israel, no dia 17 de novembro.

***Ps. os videos que estou postando estão em inglês, assim estimulo as pessoas a buscarem se aperfeiçoar um pouco nessa lingua também.

segunda-feira, agosto 01, 2011

Rebeca bat Aharon.



Ultimamente tenho ouvido prédicas sobre a importância de ter filhos, de construir uma família, de que, mais uma vez, as pessoas abandonam a ordenação do Eterno e seguem o que a mídia impoe, que casais modernos devem ter apenas um filho, e muitos que nem sequer os querem.

Isso vai diretamente contra a visão bíblica de que filhos são a Herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão, conforme diz o salmo.

Na contra-mão dessa visão "moderna" e errada, o Aharon e a Priscila estiveram nesse último shabat apresentando sua filhinha, a mais nova herança e galardão do Eterno, Rebeca!

Na ocasião, recebemos a visita dos pais da Priscila, que afirmaram terem gostado muito do serviço, apreciado a mensagem, e certamente gostaram mais ainda quando eu elogiei a filha deles, dizendo que a Priscila é uma pessoa especial. E é mesmo, porque além de ser um bom membro da congregação, ainda ajuda na educação de nossas crianças. Ela é professora do departamento infantil, mas também é professora especializada em crianças especiais.

Junto com a Maderli, ela comanda o departamento. Nada como ter duas profissionais da área!

O Aharon, nosso dedicado membro, é aquele que vai fazer a parte interna da nossa Arca, com os tecidos, deixando tudo pronto para recebermos o Sefer Torah.

Mazal Tov pra essa família! Aharon, Priscila, Amanda e Rebeca.

Shabat, reunião, adoração com danças e crianças



Shabat é mais do que um dia de reuniões, é mais do que um dia de descanso, mais do que um dia comum. Shabat é o dia em que nos reunimos para buscar a Shechinah Divina, e aproveitamos os momentos para meditarmos em Sua Palavra. No último final de semana estivemos em nossa congregação de Ponta Grossa.

Estava um dia chuvoso, mas shabat não importa se chove, se faz sol, se está frio ou calor, é o Dia do Eterno. Lá, depois de um shacharit com discussões acerca da parashah, onde falamos sobre obediência, na parte da tarde, logo após a aula de hebraico, a Eliana esteve reunida com as mulheres, falando sobre a união, sobre o trabalho em equipe. Depois, lição e avodat, onde procuramos nos alegrar com as músicas e danças, como a das crianças.

Na nossa meditação falamos sobre algo que já coloquei aqui no blog, o poder da mídia sobre nossos filhos, quando ao endeusar "artistas" que fazem uso de drogas, confundem a cabeça das pessoas sobre o que é certo ou errado.

Viagem a Israel: Museu do Holocausto



Esse seguramente é um dos pontos mais emocionantes da viagem a Israel. Talvez porque a história seja muito recente, os acontecimentos tenham um impacto muito grande pelo fato de muitas feridas ainda estarem abertas.
O Museu Yad VaShem é um lugar para meditar sobre o que as pessoas são capazes de fazer, sob os pretextos mais frágeis, destruir a vida de milhões de judeus. História que, graças aos esforços judaicos para preservar e contar às gerações futuras, para que isso nunca, jamais, volte a acontecer.

Estaremos lá, no dia 15 de novembro, contando novamente a história para mais um grupo na Caravana Israelita da Nova Aliança.