quarta-feira, abril 30, 2014

Reflexões para o dia. Eu atleta?

1 Co 9:24,25 “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.Todo atleta em tudo se domina;...”

É engraçado como cada pessoa usa uma argumentação diferente para defender os princípios de fé, pensamentos em diversas questões e na maioria usamos parábolas nas quais estamos acostumados a vivenciar para expressar nossas idéias. Aparentemente Shaul HaShaliach apreciava a prática de esportes (não diria que era um torcedor fanático do Corinthians)  e eventualmente expressava-se usando de comparações atléticas, como os que correm no estádio, em busca da coroa, que todo atleta se domina,... noutro texto fala de ter combatido o bom combate, acabado a carreira... e ter alcançado a coroa (2 Tm 4:7,8) e em outro fala do exercício físico, ao dizer: “Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa...” (1 Tm 4:8)

Ontem tive a oportunidade de sair para jogar futebol com amigos, era noite, estava frio, mas eu aceitei o convite, para ver como eu estava. Sempre joguei, por diversão, com os amigos da kehilah, e fazia talvez dois anos que não brincava. 
Nos primeiros 5 minutos e eu já pedi pra ficar no gol, pra me recuperar, estava cansadissimo, sofrível. Ali, no gol, eu comecei a minha reflexão de hoje. Semana que vem completo trinta e nove anos e já não aguento jogar futebol por cinco minutos sem me cansar! Não é possível, sempre fui meio atleta. 

O que me ocorre é o mesmo que ocorre com a imensa maioria de meus irmãos e amigos religiosos; a doença do sedentarismo. 
Não se trata de sermos atletas, mas de cuidarmos de nossa saúde. Essa que já foi chamada de a “geração fast-food” é aquela que passa horas e horas sentada diante de um computador, e se precisar sair, e a disância for maior que cem metros, tem que usar carro (ou moto). Hoje há cerca de um carro para pessoa adulta no Brasil. Ando nas ruas e vejo cada um (sozinho) em seu carro. Quem anda? 

Faça um “auto-exame”, com cuidado, sem forçar muito. Eu me assustei comigo mesmo. Nos ultimos dias tenho caminhado eventualmente após o almoço, acompanhado de meu pai, como que nos preparando para as longas caminhadas que faremos juntos em Israel daqui a alguns dias.

Dizemos que somos “Templo do Espírito Santo” e é necessário cuidar desse templo. Seja no cuidado com as refeições, seja na prática de atividades físicas, que, dentre outras coisas, ajudam a oxigenar nosso cérebro e nos mantém aptos para atividades. Quem pratica qualquer atividade física vive melhor, dorme melhor, conhece pessoas, torna-se mais sociável, e desenvolve habilidades motoras.

Não podemos nos habituar a ver o lindo dia, o amanhecer e o por-do-sol apenas nas fotos de computador. Abra a janela, inspire-se, compre um bom par de tênis e descubra o quanto isso pode ser bom para sua saúde e auto-estima. 

Ontem pela manhã postei em meu facebook uma matéria da tv globo falando da “Maratona de Jerusalém” e postei ali um convite para quem quiser participar das corridas na Cidade Santa em março de 2015. 
Pode ser que não dê certo, ou que dê certo, pode ser que não consiga cumprir os 5, 10, 21 ou 42 km das modalidades disponíveis, mas podemos nos preparar para isso e descobrir um mundo novo bem diante de nossos olhos; não um mundo de atletas, mas um mundo de pessoas que cuidam da saúde e quem sabe, possamos correr juntos pelas ruas da cidade mais linda e santa do mundo: JERUSALÉM!

Diga não ao sedentarismo! Seja forte, seja como um atleta que em tudo se domina; domine a preguiça, o desejo de ficar na cama ou no facebook, e vá conhecer parques e praças onde possa fazer boas fotos, caminhar e quem sabe, correr um pouquinho. 

Um abraço e bom feriado!

segunda-feira, abril 28, 2014

Reflexões para o dia. Onde estão os nove?



Lc 17:12-17, “Ao entrar numa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez leprosos, que ficaram de longe e lhe gritaram, dizendo: Jesus, Mestre, compadece-te de nós! Ao vê-los, disse-lhes Jesus: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. Aconteceu que, indo eles, foram purificados.Um dos dez, vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz, Então, Jesus lhe perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove?”

Sempre acho interessante o peso que damos a determinadas coisas. É de nossa natureza dar muito peso às ofensas, às coisas erradas e de diminuir o valor de gestos de bondade. De modo genérico, a maioria dos pregadores faz mensagens onde apontam erros, e acabam diminuindo o valor dos que acertam. E eu me incluo nisso também. 
Por exemplo: você já ouviu pregações “atacando” quem abandona a Congregação, falando que é errado deixar de frequentar os serviços? Claro! Você já ouviu pregação direcionada para quem não devolve os dízimos? Siiim!!! Mas quantas vezes você já ouviu uma prédica elogiando os membros, por estarem sempre presentes, por serem fiéis; algo como o líder dizer: “gente, hoje a mensagem é de reconhecimento, porque estamos felizes por todos que tem sido fiéis; é bom estar na companhia de vocês, sinto-me inspirado a cada nova semana para vir à congregação e fazer uma prédica pois sei que temos problemas, mas sei que temos muitos membros firmes, que com fidelidade dão todo seu suporte ao nosso ministério.”? Quantas vezes ouviu pregações assim? Eu mesmo, acho que nunca ouvi. Mas isso não é culpa dos “pregadores”, é de todos nós. Somos assim... vemos o que queremos ver. 

Está um dia lindo lá fora! Que acham de abrirmos as janelas e agradecermos ao Eterno por nos ter permitido enxergar as maravilhas da Criação?

Porque estou falando disso? Porque, apesar de todos termos problemas, e acredite, tenho grandes problemas a enfrentar, nos últimos dias tenho experimentado pequenas doses de gratidão e como isso é bom, não para o ego, mas para a alma.

Dias atrás, atendi a um convite para almoçar na casa de uma pessoa; cheguei lá, e estavam reunidos alguns amigos, e tinha fotos minhas impressas e coladas na parede, numa forma do anfitrião demonstrar sua gratidão a mim por diversas fases que passamos juntos. Isso foi particularmente importante, num momento de turbulência que eu vivia.
Esses dias, estive com um jovem em minha casa, e conversávamos tranquilamente quando, de repente, ele abriu a carteira e me deu um valor em dinheiro significativo. Perguntei o movito daquilo e ele me disse que já era pra ter feito antes, mas não havia tido a oportunidade de me agradecer por ter feito o casamento dele.  
Ontem tinha um compromisso; festinha de aniversário de um ano do Benjamin. A festa estava marcada para três da tarde, e confundi-me no horário e acabei chegando com a família já era cerca de quatro e meia. Os anfitriões nos receberam e vieram direto em mim, falando que estavam todos me esperando porque eu era quem deveria fazer a oração de agradecimento pelo aniversariante. Aí num discurso muito breve falei dos pais, a quem acompanhei desde solteiros, fiz o casamento deles, estive presente na formatura de faculdade, e agora celebramos juntos o primeiro aniversário do filho. Isso é gratidão. 
Nesse mesmo final de semana, já havia conversado com outra pessoa pela internet e ela falava-me acerca da gratidão que sentem por eu ter realizado a cerimônia de bat mitsvah da filha. 
Ainda ontem, de noite alguém me manda uma mensagem de agradecimento por uma visita que eu havia feito. Isso sem contar as inúmeras vezes que um amigo me fala agradecendo pelo Pessach que eu celebrei junto a ele e outros, dizendo que foi uma cerimônia de gala, inesquecível...

A verdade é que nem todo mundo vai ser grato a você por algo, mas isso serve para que saibamos valorizar as pessoas que demonstram gratidão. (Isso não significa diminuir o valor das pessoas que não demonstram tal sentimento) 

Yeshua, ao curar dez leprosos viu que apenas um veio agradecer-lhe depois. A vida é assim. O Mestre nos ensinava lições de gratidão e de que são poucos os que agradecem mesmo. Ou a gente valoriza as coisas boas ou vamos ficar lamentando os erros. 

Há muito tempo atrás, li um livro onde o autor falava que 20% dos membros ocupam 80% do tempo do líder, com seus problemas intermináveis. Os outros 80% dos membros, que são boas pessoas, fiéis, recebem apenas 20% da atenção. Essa equação estava e está errada. 


Nessa semana da contagem do Omer, te convido a agradecer. Abra a janela, dê uma olhada lá fora e ouse agradecer ao Eterno por tudo que Ele criou para você. Depois, talvez seja hora de agradecer ao seu patrão por lhe permitir um trabalho, quando muitos estão desempregados; se você é patrão, talvez seja hora de agradecer ao funcionário por sua dedicação. Agradecer à esposa por dar o suporte à você como esposo; agradecer aos pais por terem lhe dado a vida... enfim, sempre há algo a agradecer; porque quem agradece, surpreende e mostra que sabe valorizar as coisas boas da vida, então surpreenda; demonstre gratidão. Não seja um dos nove ingratos, seja o um que volta para agradecer. Shavuah tov!

quinta-feira, abril 24, 2014

Reflexões para o dia. Perfeccionismo e perfeição!


Lm 3:22,23 “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.”

Ontem falei sobre a necessidade de sermos humildes. As pessoas confundem “ser humilde” com “ser pobre”. Sempre alguém diz que “fulano é de origem humilde” e o que querem dizer com isso? Que a pessoa nasceu pobre e se deu bem financeiramente na vida. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. A verdade é que, seja qual for a origem, nosso destino somos nós quem traçamos, e aquilo que alcançamos depende de quanto somos dedicados ou relaxados, perfeccionistas ou perfeitos.

Hoje vi algo interessante sobre as características de pessoas perfeccionistas, mas no fim, quase todo mundo quer que as coisas “saiam perfeitas” embora todos saibamos que ninguém é perfeito. Aí entra a humildade em reconhecer que algo ficou realmente bom. Conheço pessoas que sempre que alguém lhes apresenta um trabalho, uma idéia, uma proposta, ela diz: “está bom, ótimo, mas podia melhorar isso ou aquilo.” Nada, nunca está bom o suficiente. 

Dias atrás assisti um filme que em determinado momento retrata uma realidade bastante comum: o casal vai sair para um evento, e a mulher coloca um vestido e pergunta ao marido se ficou bom; ele a elogia, diz que ficou ótimo, mas ela não gosta e experimenta outro vestido, depois outro, outro, outro, mais um e quando já estão absolutamente atrasados, ela escolhe o primeiro vestido e acha que ficou perfeito. Para que algo seja perfeito, basta aceitarmos que de vez em quando o “bom” já é o suficiente. 

Mas o que isso tudo tem a ver com o verso inicial, que fala das misericórdias do Senhor serem a causa de não sermos consumidos? D-us entende que somos imperfeitos, e nos acolhe, com misericórdia. Por isso não somos consumidos. E eventualmente nós nos consumimos por não aceitar que somos incompletos, imperfeitos. 

A graça da vida está no fato de que podemos errar, recomeçar, e se percebermos que algo não vai dar certo, podemos mudar de caminho, mudar o rumo. Não é sabedoria ficar buscando a perfeição em algo que provavelmente nunca alcançaremos. 
Eu mesmo já fiz prédicas que, ao fim me senti horrivel, achando que foi um lixo, que não fui capaz de falar aquilo que Deus queria às pessoas; pouco tempo depois, quase sempre aparecia alguém, seja pessoalmente  ou pela internet, no facebook, que dizia ter amado a prédica, que era tudo que ela precisava ouvir... então, eu chegava à conclusão de que a prédica havia sido perfeita, apesar das imperfeições.

É “como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.” (Rm 3:10) e então nos resta aprender a contar os dias de forma a alcançarmos coração sábio. Ninguém é perfeito; aliás, o sábio nos disse: “Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo?” (Ec 7:16) Somos capazes de nos auto-destruir se quisermos ser justos demais, sábios demais, então sejamos apenas HUMANOS. 

Porque no fim das contas é a misericórdia do Eterno que nos mantém vivos, elas se renovam a cada manhã.

quarta-feira, abril 23, 2014

Reflexões para o dia. Contagem do Omer da humildade!




Jo 3:30 “Convém que ele cresça e que eu diminua.”

Uma das maravilhas de ser casado é que não tem hora certa pra conversar, bater-papo, chorar e rir. Essa noite, duas da madrugada, eu e a minha esposa rimos falando sobre “destaque” num negócio que ela “descobriu” no facebook. Coisa simples, mas foi divertido. 
Daí amanheci pensando nessa palavra: DESTAQUE. 
Eu tenho o costume de, ao ler algum livro novo, marcar com destaque, sublinhando os textos que acho mais importantes. Já vi pessoas que praticamente o livro inteiro é sublinhado ou marcado com aquelas canetas marca-texto amarelo-limão. Tudo a gente tem que dar um certo destaque. 
Ontem vi uma polêmica sobre uma foto; a tal música da copa será cantada por três artistas, e um deles postou uma foto na internet onde só aparecem dois e é literalmente cortada da imagem a cantora brasileira Claudia Leitte. Foi o que bastou pra revoltar os fãs da cantora, que foi falta de respeito, etc... ela merece “destaque”. Quanta bobeira. 

Uma das características que devemos aperfeiçoar nosso caráter durante esses dias de contagem do ômer é a humildade. Uma das citações mais interessantes que constam no Pirkê Avot fala disso: “seja humilde, muito humilde, pois sua esperança é servir de comida aos vermes.” (Rabi Levitas de Iavné, Avot 4:4) E às vezes nitidamente, se percebe o quanto uma pessoa tem “necessidade de aparecer.” De novo digo: Quanta bobeira!

Yohanan, o batizador, nos deu a dica certa: “Convém que ELE cresça e eu diminua.” O mundo hoje se divide entre aqueles que não possuem destaque e aqueles que não sabem mais o que fazer para superlativar o tamanho de seu próprio ego; que, no fim das contas não vai levar a lugar algum, já que, quando morremos, vamos todos para a sepultura e até onde sei, pra lá não levamos carros de luxo, bens, ou status. Morreu, logo se transformará em alimento para os vermos, como qualquer indigente.

Eu gosto muito de esportes e vou compartilhar um pedaço  da entrevista dada por um grande astro do basquete, chamado Lebron James. Ele já era uma superestrela do esporte, mas nunca conseguira ser campeão, pois o time onde jogava era mediano. Mudou-se para um time melhor, que havia sido campeão anos antes e já tinha outra “estrela” chamada Wade. Quando ambos se juntaram, todos achavam que o time seria imbativel, campeão facilmente. Não foi o que aconteceu. Eles perderam e foi uma decepção muito grande. 
Durante as férias, dizia ele na entrevista, “fui procurado pelo Wade (a outra estrela, que já havia dado um título ao time) e ele me disse: você veio para nos ajudar, e deve assumir seu papel de líder, e eu estou aqui pra te ajudar a ser o melhor; só assim seremos campeões.
Não deu outra, uma estrela diminuiu seu próprio brilho  para fazer com que a outra brilhasse ainda mais, e o time de Miami é o atual bicampeão. Agora Lebron James tem dois títulos e Wade já tem três. 

Essa pequena história do esporte serve como lição, que não precisamos buscar o destaque individual, querer aparecer no centro das fotos, etc... não há necessidade de nada disso para sermos campeões verdadeiros. Uma boa equipe não é feita apenas de grandes estrelas. 
Dias atrás um pequeno time do interior ganhou o campeonato de futebol em São Paulo. Somados, os salários de todos os jogadores do time não davam o valor do salário de uma única grande estrela da outra equipe. 

Devemos entender que é conveniente que ELE cresça e que nós diminuamos. Esse Ele é o Mashiach. 
Quando batemos no peito, dizendo: “eu fiz isso pela Teshuvah, se não fosse eu, tal coisa não teria acontecido, eu, eu, eu”, não estamos seguindo o conselho de João. O texto não diz: “convém que eu cresça e faça grande meu nome na história da congregação.” A bíblia já foi escrita, não vamos conseguir colocar nosso nome na história bíblica; mas talvez, com gestos de humildade, sejamos capazes de colocar nosso nome no coração de muitas pessoas através de gestos de humildade. 

Há um exemplo bíblico com Moshê, quando este achou pesado o cargo (de destaque) e queria compartilhar sua liderança. De repente apareceram dois homens profetizando e alguém vem e diz a Moisés para proibir aquilo. Veja que resposta fantástica de nosso líder: “Tens tu ciúmes por mim? Tomara todo o povo do SENHOR fosse profeta, que o SENHOR lhes desse o seu Espírito!” (Nm 11:29)

Todo mundo percebe uma pessoa que só deseja aparecer, que quer destaque para si mesmo. É preciso ter cuidado, pois de tanto destaque, daqui a pouco pode surgir alguém e te marcar com uma caneta marca-texto amarelo-limão. 

HUMILDADE SEMPRE.
DEIXE ELE CRESCER!

sexta-feira, abril 18, 2014

Reflexão para o dia: Chessed e a contagem do omer.



Lc 18:15-16 “E traziam-lhe também meninos, para que ele lhes tocasse; e os discípulos, vendo isto, repreendiam-nos. Mas Jesus, chamando-os para si, disse: Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus”.

Na postagem anterior falei brevemente sobre a contagem do Omer, os cinquenta dias até a chegada de Shavuot e que devemos usar essa contagem para aperfeiçoar o nosso caráter pessoal. A primeira semana é o tempo de aperfeiçoarmos nosso chessed. 

Chessed tem o simbolismo de “bondade” e esse deveria ser o principio fundamental do “chassidismo”, com seus homens piedosos.  Se alguém te perguntar, dentro do seu judaismo, você se considera um chassid? Se você por uma pessoa que leva a sua fé à prática, e entende a necessidade de ser “bondoso, generoso, piedoso” pode responder que sim, é chassídico. Quando a prática ultrapassa a teoria.  Pirke avot fala disso. 

Yeshua entendia disso, e de vez em quando dava umas “lições de moral” nos seus discípulos. Uma delas foi quando eles represendiam as pessoas que traziam suas crianças até o Mashiach. Ele disse: “deixai vir a mim os pequeninos.” Isso é chessed. 

A essência do judaismo está no Relacionamento! Dar atenção às pessoas. Ser atencioso com os “menores” também é chessed. 
Quando damos atenção somente às pessoas que nos podem trazer benefícios, isso é egoísmo e ignorância. Mas quando damos atenção às pessoas mais humildes sinceramente, sem fazer para se exibir (olha como eu sou humilde, conversando com os pobres, como fazem os políticos) temos a oportunidade de aprender, de crescer e de ensinar. 
Não se iluda, pessoas mais simples podem até não ter o nivel escolar, o status, mas elas são bem espertas pra perceber quem é amigo sincero e quem se aproxima delas só para demonstrar uma falsa amizade. 

Onde estava o chessed de Yeshua, ao permitir que as crianças se aproximassem dele? Estava no fato de que crianças simplesmente querem um pouco de atenção. E ele dava. 
Crianças, os pequeninos, (os humildes) buscam apenas um pouquinho de atenção e tem dentro de si a grandeza de não tentar se aproximar de alguém para tirar vantagem pessoal. 

Nesses primeiros dias de contar o ômer, gaste tempo com as pessoas, seja amigo. Não se empenhe em grandes discursos, palavras rebuscadas, mas dedique-se a ouvir. Um bom ouvido é algo precioso. 

Uma das pessoas que admiro na Brit Chadashah é o apóstolo Tiago; ele era direto nas palavras, era claro. E disse:
“A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.” (Tiago 1:27) Isso é judaismo! 
Essa é a essência do judaísmo, é a essência da fé. Até porque foi dito: “amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a ti mesmo” 
Não tem como não lembrar da parábola do bom samaritano: “Quem é o meu próximo?” 
Nessa primeira semana, tentemos ser um pouco mais “bons samaritanos” e nos dediquemos a dar atenção aos pequeninos. Garanto que isso fará a congregação melhor, e nossos corações melhores também. 

Isso atrai pra nós um Shabat Shalom!!!!

quarta-feira, abril 16, 2014

Reflexões para o dia: Contagem do Omer e a Bondade



Sl 90:12 “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.”

Imediatamente após o shabat de Pessach, damos início à contagem do ômer, e o fazemos por 49 dias seguidos, como se fosse uma contagem regressiva, até que cheguemos ao dia cinquenta e celebramos a festa de Pentecostes (Shavuot).
São sete semanas e mais um dia, que contamos ansiosos para celebrarmos a outorga da Torah ao povo de Israel, por parte do Eterno. Mas contar se não tivermos nada em mente, apenas por contar, não faz o menor sentido, não é mesmo?

O salmista nos diz: “Ensina-nos a contar os nossos dias...” e para alcançar um coração sábio é preciso atitude. Nessas sete semanas, durante a contagem do ômer, nossos sábios nos orientam a aperfeiçoar nosso caráter através de atributos emocionais e aspectos a eles relacionados, que se seguem: 
• Chessed - bondade, benevolência
• Guevurá - justiça, disciplina, moderação, reverência
• Tiferet - beleza e harmonia; compaixão
• Netzach - resistência; firmeza; ambição
• Hod - humildade, esplendor
• Yesod - vínculo, princípio
• Malchut - nobreza, soberania, liderança.

Isso é apenas uma “introdução, e você pode se aprofundar mais no assunto buscando em qualquer site judaico, ou (humildemente falo) acompanhando as meditações aqui postadas. Mas tenha em mente sempre o desejo de ser melhor. 

Na primeira semana, procuramos nos aprimorar em atos de bondade, “Chessed”. 
O quanto você é bom? Aliás, quem de nós pode-se dizer: “eu sou bom”? Acredito que seja um ato de falta de humildade quando alguém se porta de tal modo, porque vejamos o exemplo de alguém verdadeiramente BOM.
“Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus.”(Mc 10:18) 
Se o próprio Yeshua disse tais palavras, como podemos falar que somos bons? Noutro texto diz: “Se vós, sendo maus, sabeis dar boas coisas...” (Lc 11:13)
Sim, somos maus, erramos, mas podemos procurar alcançar um coração sábio, buscando ser menos egoístas. Nosso egoísmo se revela de muitas formas e uma delas é quando queremos comprar alguma coisa. Uma roupa, um sapato, um relógio, por exemplo. Ao comprar, nos desfazemos de outra mais antiguinha? Você compra um relógio novo, o que faz do “velho”? Dá? Vende? Guarda para uma ocasião mais social?  Ou compra um novo e dá para alguém e fica com o seu velho? 

Pirkê Avot, nos diz: “Há quatro espécies de homens. Uns dizem: “o que é meu é meu, e o que é teu é teu”, estes são os mais VULGARES, e foi este, segundo dizem, o uso dos habitantes de Sodoma. Outros dizem: “O que é meu é teu, e o que é teu é meu” estes são os IGNORANTES. Os que dizem: “o que é meu é teu, e o que é teu é teu, são os JUSTOS. E os que dizem: “O que é teu é meu, e o que é meu é meu”são os ÍMPIOS.

Dias atrás conversava com minha esposa e comentávamos sobre uma propaganda, que diz: “desapega, desapega...” e como é difícil para o ser humano desapegar de coisas. A casa precisa ser constantemente ampliada, porque simplesmente as pessoas não abrem mão de coisas. Comprou um jogo de quarto novo? O que vai fazer com o velho? Simples, construir um quarto novo para colocar, e deixar “para quando tiver visitas”., enganando-se de que é generoso.

As oportunidades de “chessed” apresentam-se diante de nós, a cada dia, a cada hora, a cada semana. É tempo de começarmos a fazer uma contagem de ômer levada a sério. Experimente, nessa semana em que começamos a contagem do ômer, praticar pequenos atos de bondade diários. 
Não precisa presentear, doar coisas caras a um desconhecido, mas quem sabe, talvez dar seu lugar no ônibus para uma pessoa idosa, ou pagar um almoço a uma pessoa faminta, ou ainda, fazer um favor a si mesmo: “abrir seu guarda-roupas e liberar espaço, tirando toda a roupa (boa) que não usa mais e doando para pessoas menos favorecidas.

Semana um da contagem do ômer: CHESSED. E tenha uma boa contagem, e que daqui a sete semanas você esteja finalmente pronto pra receber a Torah do Eterno de verdade em seu coração. 

quarta-feira, abril 09, 2014

Reflexão do dia: "Hoje estou sem palavras"



Pv 13:3 “O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios tem perturbação.”

Já dizia o velho ditado: “Em boca fechada não entra mosquito” então, hoje a meditação levada à prática é: “Até o tolo, quando se cala, será reputado por sábio; e o que cerrar os seus lábios, por sábio.” (Pv 17:28)

E como usamos as palavras do salmista a cada manhã, após abrir os olhos, em nossa primeira reza: “Tenho posto sempre o Eterno diante de mim” vale o verso que diz: “Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; pelo que sejam poucas as tuas palavras.” (Ec 5:2)

terça-feira, abril 08, 2014

Reflexões para o dia. Você é um crianção?! Tomara que sim!




Mt  18:2,3 “E Jesus, chamando uma criança, a pôs no meio deles e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus.”

Quer fazer um adulto ficar irritado? Fale que ele é um crianção. Pronto! Isso é o suficiente para se arranjar um inimigo mortal.  Então porque Yeshua fala para nos convertermos e fazermos como criança, e assim entraremos no reino dos céus?

Bem, hoje ao chegar aqui, antes do expediente começar, acessei o facebook e vi alguns videos postados por amigos; hoje quero destacar dois deles:
No primeiro, que até compartilho aqui, o menino se diverte tanto com o pequeno cachorrinho, em algo tão simples. Olhe para o menino e pense: será que ele é plenamente feliz? será que não lhe falta nada? será que ele tem video-game? Isso não importa, o que vale é que uma criança sabe aproveitar cada momento, e aquilo é suficiente para que ele seja feliz.
Um dos meus filhos tem o costume de falar de noite, e isso ocorre quase sempre quando ele brinca demais o dia inteiro. Aí, durante o sono, parece que ele continua a brincar, e fala, ri, etc...
O segundo video que assisti hoje era daqueles horrorosos em que pais deixam seus filhos em creches e eles acabam espancados por pessoas maldosas e despreparadas. O interessante desse video é que a criança chega no local é dá a mão àquela que logo lhe surrará com tamanho ódio que causa aversão e náuseas em quem assiste.
As crianças, ingênuas e indefesas apanham, mas diante de um gesto de carinho, alguém que lhe estenda a mão, elas estão dispostas a retomar, em busca da alegria e brincadeiras. Claro que eu estou generalizando, de uma forma simplória; mas essencialmente, de fato, é isso.
Quando vemos duas crianças brigando por causa de um brinquedo, minutos depois, as mesmas crianças esquecem o  motivo da briga e se divertem juntas, já com outros brinquedos.  E quando dois adultos brigam? Séculos depois ainda se lembrarão do outro com ódio mortal.

Nessa vida eu aprendi que “quem bate esquece, mas quem apanha, jamais se esquecerá” e não falo de agressões físicas, mas de qualquer coisa que possa causar mágoas e tristeza. Por isso, mais uma vez, a sabedoria do Mestre nos ensina: “sejam como crianças, aprendam a encontrar a felicidade nas pequenas coisas, como brincar com o cachorrinho, e aprendam também a se livrar de pensamentos ruins.”

O profeta Jeremias que viveu duros momentos durante seu ministério, a ponto de a bíblia trazer o livro “Lamentações de Jeremias” diz: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.” (Lm 3:21) E o que dava esperanças? Saber que a misericórdia e bondade do Eterno não tem fim, se renovam todos os dias.

Seja lá o que te dê esperanças, acredite nisso. Vale a pena ter um coração de criança. E isso não é coisa minha, foi o Mestre Yeshua quem disse.
Quando alguém te disser: “Você é bobo, parece criança, está na cara que fulano está se aproveitando de você...” não fique bravo, fique feliz. Você está no caminho certo, o caminho da humildade infantil, da sinceridade juvenil, e da maturidade espiritual.
E quem se aproveita de você, seja como o personagem de sucesso chapolin: “aproveitam-se de minha nobreza; sigam-me os bons.” No fim das contas, quem vai dormir com a consciência pesada é quem se aproveita do próximo, é quem espanca a criança e não o contrário.

Shaul HaSahliach disse: “Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado.” (2 Co 12:15)

Não se preocupe, Deus vê todas as coisas, Ele conhece o coração, sabe aquele que é vingativo e sabe aquele que é puro; sabe aquele que é aproveitador e conhece o humilde, então está tudo bem! Está nas mãos dEle. 

E vamos gastar nosso tempo com coisas boas, com pessoas boas, deixando-nos gastar, de boa vontade, em prol do próximo, ainda que sejamos pouco amados. Porque no fim das contas, o que vale é ser feliz e simples como uma criança que se diverte no simples fato de cantar e fazer o cachorrinho se deitar.

segunda-feira, abril 07, 2014

Reflexões para o dia: Falar e deixar a ansiedade ir embora


Fp 4:6 “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.”

Quantas situações seriam evitadas se as pessoas aprendessem a se comunicar? A essência da comunicação está nas palavras, no poder de falar e expressar o que sentimos, pensamos, necessitamos. 
Já interpretei e vi muita gente interpretar de forma errada as atitudes alheias e depois dizer: “mas você não me falou nada, o que você queria que eu fizesse?” Simples, bastava ter perguntado! Bastava ter chegado diante de seu próximo e dizer: “escuta, não estou entendendo o porquê você está agindo de tal forma, você poderia me explicar?” Deduzir coisas, quase sempre de forma errônea, é um erro cometido com frequência. 

Por outro lado, não dizer nada, só com a desculpa de que ninguém perguntou também pode ser errado. E isso também faz sentido na oração. Antigamente via pessoas rezando e dizendo coisas como: “Senhor, perdoa nossos pecados, Tu sabes... atende nossas necessidades, Tu sabes quais são...” 
Agora imagine-se diante de um médico, numa consulta, e você chega diante dele e ele lhe diz: “Então meu amigo, qual o problema?” E você responde: “Tu o sabes, doutor!” Isso não faz sentido. Outra situação: você contrata uma funcionária, para ser sua cozinheira e no primeiro dia, ela vem e pergunta: “o que o senhor deseja para o almoço?” e você responderia: “Bem, você é a cozinheira aqui, tu o sabes!”

Sim, é evidente que o Eterno sabe de todas as coisas, como está escrito “ainda a palavra não me chegou à boca e eis que Tu já conheces tudo.”(Sl 139:4) Mas é preciso verbalizar, expressar, confessar, suplicar, reconhecer, falar...
Muitas vezes carregamos pesos completamente desnecessários porque não falamos. Shaul HaShaliach disse: “não andeis ansiosos de coisa alguma.” Fale! Expresse-se! Quando falamos, deixamos claro aquilo que queremos, pensamos, sentimos e aí, cabe ao próximo atender ou não às nossas palavras. Na oração ocorre o mesmo; ficamos aflitos, angustiados, mas não falamos.

O rei Davi disse: “Confiai nele, ó povo, em todos os tempos; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio. ” (Sl 62:8) É preciso coragem e humildade para entrar na presença do Eterno e “se derramar” perante Ele; expressar nossas angústias, tristezas, dificuldades, petições; É disse que falava Shaul HaShaliach: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.” 
Quando expressamos nossos sentimentos diante do Eterno, ficamos com o coração mais “solto” e nossas ansiedades vão embora. Deixamos de lado um peso que não precisamos carregar. 
“Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” (1 Pe 5:6,7)

Experimente seguir esse conselho dos sábios antigos; derramai vosso coração, humilhai-vos diante dEle, lance sobre Ele vossa ansiedade, faça conhecida sua petição diante do Eterno, ainda que você tenha certeza de que Ele já sabe; não raras vezes, só o fato de falarmos sobre determinadas coisas já nos traz o alívio que necessitamos. 

E que o Todo-Poderoso, em sua infinita misericórdia, atenda as nossas petições. Shavuah Tov!

sábado, abril 05, 2014

Reflexões para o dia: Morte e Virtudes



Sl 116:15 “Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos.”

Infelizmente a vida não é feita apenas de boas noticias. Ontem falei sobre o casamento, uma festa singular que marca o reinício do ciclo da vida, quando duas pessoas jovens, cheias de vida se unem na esparança de renovar o mundo através de mais um casal. No fim do dia, meu celular toca com uma mensagem informando do falecimento de uma pessoa. Não importa quem seja, sempre é triste uma noticia assim (eu pelo menos nunca me alegrei com a morte de ninguém, nem de pessoas que se fizeram meus inimigos).

Aí eu me pus a pensar, sabendo que o meu shabat já não teria um clima dos mais felizes. O que define a vida de uma pessoa? Como podemos fazer um juízo de valor sobre a vida de alguém. A verdade é que ninguém sabe o que vai no coração de uma pessoa; julgamos por atitudes, fulano é mau caráter, o outro é bonzinho, mas quais as circunstâncias que levam alguém a ser considerado uma má pessoa e outro um bonzinho.

Essa semana estava vendo uma matéria sobre atores famosos e no Brasil tem o “Tony Ramos” que, ele mesmo disse, já pediu pra fazer papel de mau, de psicopata, etc... mas não adianta, ele sempre será o mocinho nas novelas. Porque?

A verdade é que o Eterno não nos dotou com a plena capacidade de ver a intenção ou o coração dos demais. Mas numa hora como essa da morte, todos nos igualamos ao pó. Alguns sentirão nossa falta, outros celebrarão, mas no fim, a vida se desfaz, junto ao pó e o silêncio de um cemitério.

É interessante notar que na cerimônia fúnebre, praticamente todo mundo vira bonzinho. Até bandidos, sempre haverá alguém que chorará e dirá: “Morreu tão jovem, era uma boa pessoa.” Então, porque não reconhecemos essas virtudes em vida? A gente chora porque na maioria das vezes não tivemos a oportunidade de dizer a tal pessoa o quanto ela tinha de bom, reconhecer suas virtudes.

O poema de Provérbios 31, conhecido “Eshet Chayil” ou “Mulher virtuosa” exalta as virtudes de uma boa mulher, mas convenhamos, qual mulher é realmente tudo aquilo? Ou qual pessoa é capaz de reconhecer tudo isso numa outra? Reconhecer virtudes alheias é dificil porque na maioria das vezes, ao exaltar alguém, o ser humano sente que está diminuindo seu próprio valor diante dessa pessoa. E não é nada isso.

Diante da morte já não há mais remédios, não há mais possibilidade de se desculpar, de reconhecer os próprios erros, de valorizar, enfim, de ser mais “divino” e menos “humano”.

Nos últimos cinco anos e meio estive à frente da Kehilah de Ponta Grossa, e troca-se o rosh, mas não se apaga uma história. Hoje, entristeço-me pelo falecimento da chaverah Maria da Luz.
Não sinto-me digno de exaltar-lhe seus bons atos, nem tampouco de criticar seus erros, acho que ainda não sou capaz de oficiar um funeral. O que dizer? Quem pode dizer que se sente alimentado quando carrega no coração mágoas do próximo? O que dizer numa hora dessas? Seja o que for que se diga num momento desses seremos sempre donos de lábios injustos.
Shaul HaShaliach disse, falando aos irmãos que viviam em Roma:
“Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.” (Rm 8:33)

Ninguém é tão ruim que não possua virtudes, nem tão perfeito que não tenha defeitos. Infelizes aqueles que só conseguem ver defeitos no alheio, e ainda assim: “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.”

Precisamos sempre aprender que, as atitudes do ser humano são tomadas em um momento único; eventualmente a pessoa age errado porque estava num dia ruim, talvez a vida não a tenha preparado para vivenciar determinadas situações ou qualquer outra coisa que nunca saberemos.
É muito fácil julgar alguém como burro, ignorante ou pouco inteligente quando D-us nos permitiu a oportunidade de termos pais que investiram em nossos estudos, numa formação universitária, ou tivemos a sorte de conseguirmos bons empregos... enquanto aquela pessoa não teve as mesmas oportunidades.
Só poderiamos ser capazes de emitir tais juizos, diante de pessoas que tiveram exatamente as mesmas condições. Ainda assim, ninguém, absolutamente ninguém, é igualzinho a outra pessoa. Então, melhor guardarmos nossos conceitos sobre o “próximo” para nós mesmos.

Por outro lado, não devemos nos preocupar com o mau julgamento que alguém faz de nós. Porquê? Porque o que aquela pessoa conhece de nós? Quem sabe os dias difíceis que vivenciamos, as más experiências?
Num momento dificil como esse, meu desejo é sempre que o Eterno conforte aos familiares, que eles tenham sempre boas lembranças de seus entes queridos e que todos tenhamos em mente que é Deus quem justifica as pessoas; espero que, algum dia, na vinda do Mashiach, quando ocorrer a primeira ressurreição, eu possa me levantar, e reencontrar todas as pessoas por Ele justificadas. E aí vermos, uma vez, o quanto fomos injustos nessa frágil vida que hoje temos.

Diante da morte, somos todos fúteis. Que a morte de mais essa chaverah tenha sido tida como preciosa aos olhos do Eterno e que ela possa ressuscitar junto aos santos naquele dia.

sexta-feira, abril 04, 2014

Reflexões para o dia. Um osso da costela.



Gn 2:23 “...E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne;...”

Nesse domingo se realizará mais um casamento de membros de nossa comunidade aqui em Curitiba, e eu sempre lembro que quem se casa hoje representa uma renovação da esperança. Ainda há pessoas que querem fazer o certo, que buscam no matrimônio, mais do que apenas saciar suas necessidades físicas ou a preservação da espécie humana. A decisão de casar hoje representa ainda ouvir a voz de Deus.

Não é uma invenção minha, mas de D-us, quando afirmou que não era bom para o homem viver só. E então foi criada a mulher, retirada da costela de Adam, enquanto ele dormia. E se não é bom para o homem, que era o corpo todo, como pode ser bom para a mulher permanecer sozinha?
Um dia, brincando em uma prédica, falei de um jovem “defeituoso” pois ele não tinha uma costela. Hoje esse jovem já é casado (consegui uma esposa para ele), mas se ele era um corpo sem uma costela, o que dizer de uma jovem, que é “apenas uma costela” e lhe falta todo o restante do corpo?

Não há como mudar o que D-us criou; como num quebra-cabeças, a costela se encaixa perfeitamente no restante do homem, para formar um único corpo completo. Mas claro, não pode ser qualquer costela, caso contrário, a peça não se encaixa perfeitamente no quebra-cabeças.

E quando há um encaixe perfeito, é preciso sempre de nossa parte zelar para tudo continue assim. Muita gente, ao comentar casais, diz: “como eles se parecem, parecem até irmãos” e na verdade a gente vai se “encaixando” ao longo dos anos, e o casal vai ficando parecido nas atitudes, no modo de se expressar, e muitas vezes, até na aparência.

Quem tem um casamento perfeito? Ninguém! Mas quem deseja ter um casamento perfeito? Basta perguntar aos jovens noivos que um dia se casarão. Esse desejo é parte de nosso ser, ainda que involuntariamente. Mas é preciso trabalhar para isso acontecer, ainda que seja difícil.

Não penso apenas em questões importantes como respeito, confiança, admiração, mas em unidade. Adam, todo felizão,  disse: “agora ela é osso dos meus ossos e carne da minha carne” mas logo depois disse: “A mulher que tu me deste, ela me deu do fruto e me fez pecar...:” Que ingratidão amigo?!

O casal só é um casal de verdade quando um completa o que falta no outro. Para o homem ser completo, falta “apenas a costela” mas para a mulher, falta o “corpo inteiro” e em ambos os casos, vale o mesmo conselho: “Quem, em sã consciência, maltrata a si próprio, faz cortes voluntários em sua carne?” Só loucos!
Quando tivermos maturidade para perceber que “eu dependo dessa parte do meu corpo para ser feliz e viver” e protegermos essa parte, seremos mais felizes, certamente.
Bons casamentos precisam de um noivo, uma noiva, e uma pregação emocionante, tudo testemunhado por bons amigos; mas, nem a pregação mais linda fará sentido se o noivo e a noiva não estiverem comprometidos em manter o corpo “completo”.

Não por acaso o primeiro milagre de Yeshua foi numa festa de casamento... porque casamento tem que ter alegria.
Não por acaso o profeta Jeremias fala: “nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém ainda se ouvirá  a voz de gozo, e a voz de alegria, e a voz de noivo, e a voz de esposa, e a voz dos que dizem: Louvai ao SENHOR dos Exércitos, porque bom é o SENHOR, porque a sua benignidade é para sempre.” (Jr 33:10,11)

Casamento não pode ser apenas uma cerimônia bonita; sempre achei que cerimônia bonita é para os convidados. Para os noivos, casamento é o que vem depois da cerimônia, quando todos vão embora, e cabe apenas a eles encaixarem a costela e montarem o quebra-cabeças da forma mais perfeita possível para que se cumpra as palavras de Jeremias... e quem sabe, brevemente, possamos todos, proferir as palavras, como esposos e esposas: “Louvai ao Senhor dos Exercitos, porque Ele é bom, e a sua benignidade é para sempre.”

Encerro minha meditação de hoje com um verso que aprecio muito:  “O que acha uma esposa acha uma coisa boa e alcançou a benevolência do SENHOR.” (Pv 18:22)

E que sejamos todos, maridos e esposas, merecedores e gratos ao Eterno por termos alcançado a benevolência da parte dEle. Shabat Shalom!

quinta-feira, abril 03, 2014

Reflexões para o dia. Feliz dia das mães!



Mt 23:37 “...Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas...”

Gosto de meditar sobre os fatos cotidianos e corriqueiros de nossa vida; e hoje, enquanto vinha para o escritório, só conseguia pensar em uma coisa: Que título daria à minha meditação de hoje!  Explico:

Quando nascemos somos totalmente dependentes de alguém que nos cuide. Um bebê é completamente indefeso, mas à medida em que crescemos, vamos nos tornando mais “independentes” mas podemos ter a idade que for, sempre teremos nossos pais para nos estender a mão. Pelo menos, isso é o que ocorre com a maioria de nós.

Durante nossa infância, o pai é quase sempre aquela figura de um super-herói, que “protege”, “fortão” que nos dá aquilo que precisamos, etc... mas a mãe, ah, a mãe é insuperável. Lembro-me de filmes como “Spiderman” em que o herói, ao aconselhar umas crianças, atônitas sobre tudo que ele é capaz de fazer, diz a elas: “comam bastante frutas e legumes.” Já uma mãe, ao aconselhar diria: “tenha um bom coração.”
Pais são mesmo diferentes e isso não é culpa de um ou outro, é histórico; pai sempre fala para o menino: “engole esse choro, homem não chora” e coisas do tipo. Mães, pegam o filho no colo, e não importa que tamanho tenham, elas sempre os enxergam como “meu menino”.

A noite passada saí com meu pequeno Ariel e o Israel (filho da amiga Kelly) e fomos no cinema, daí um sorvetinho, refrigerante, salgadinho e filme infantil (Rio 2) Pronto, supri a necessidade dele por diversão. Enquanto isso, a mãe atendia a outro compromisso. No fim, chegamos em casa, jantar, banho, cuidar da bebê, etc... e pronto, já era uma da madrugada. Daí o Abel lembra a mãe que ela “tinha” que preparar um lanche especial para o trabalho dele na aula de hoje cedo. Eu já não aguentava mais de sono, e apaguei. Hoje cedo, me deparo com um belo potinho e o tal lanche preparado do jeito que o filho gosta, com um recadinho carinhoso em cima, desejando boa aula. Como diria o gaúcho: “Bah! Quase chorei”
Aí fico pensando: eu não faria isso, de madrugada, cansado, preparar lanche especial para trabalho escolar do filho? Nem pensar! Por mim (e para a maioria dos pais) passava hoje cedo numa panificadora, comprava um bolo de ontem e pronto!

Mas é assim, se formos olhar, o pai sempre tem aquela figura mantenedora, de não deixar faltar nada em casa; na maioria das vezes, quando um filho se aproxima e o abraça, os pais já dizem logo: “Ih, que que você tá querendo dessa vez? Já vi que vou ter que comprar algo...” E na maioria das vezes não, os filhos só querem um pouco de atenção e carinho.
Deve ser por isso que está escrito: “Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra?”(Lc 11:11)

Já a mãe, é aquela que, como uma galinha, reúne os pintinhos sob suas asas,  e protege, abraça, cuida, chora, dá amor (de um jeito diferente do pai) e faz com que os filhos se sintam únicos. Como minha esposa sempre fala para nossa bebê: “Éu amo tanto nossa filha que chega a doer.” E deve ser assim mesmo. Pena ser homem pra não sentir tamanho amor.

Espero que entendam a minha meditação de hoje. Não é uma crítica aos pais, mas um reconhecimento a D-us pela figura da mãe.

Dias atrás minha esposa chorava, e foi me contar o motivo: Nosso primogênito já está grandão, bonitão, com seus 14 anos, e ela estava sofrendo, porque sonhou que ele estava casando e indo embora de casa. E o que um pai faz nessa hora? Eu ri... mas depois senti o mesmo aperto no coração, só que “homem não chora” e então falei que isso é da vida, criamos os filhos pra eles se casarem mesmo e tal... homem é um bicho meio tonto mesmo hehe.

Enfim, pode parecer meio estranho, mas como pai, expresso minha gratidão ao Eterno por meus três filhos terem uma mãe tão amorosa e especial. E por ter a oportunidade de ser um pai pelo menos, digamos, bom. Agradeço também pela dona Isaura, minha mãe que, nunca nos deixa duvidar do amor que ela nutre pelos seus oito filhos. D-us é sempre perfeito em tudo o que faz, e que nós pais, saibamos reconhecer a importância fundamental da esposa na educação de nossos filhos, enquanto estamos ocupados em suprir as necessidades básica. Na verdade, básico, básico mesmo é amar aos filhos.

E aos filhos, sejam eles pequenos, adolescentes, jovens ou adultos, fica a dica: “reconheça a mamãe, dê carinho a ela, porque isso vai te render mais e mais em sua vida sempre.”

FELIZ DIA DAS MÃES, PORQUE DIA DE RECONHECER A MÃE É TODO O DIA. 

quarta-feira, abril 02, 2014

Reflexões para o dia: "Erguendo mãos santas"




1 Tm 2:8  “Quero, portanto, que os varões orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem animosidade.”

Em outubro de 2001 comprei um livro que fala sobre a oração e da necessidade de estarmos “ocupados demais para deixar de orar.” Já havia lido duas vezes, e essa semana recomecei e  num dos capítulos o autor relata sua visão acerca de um texto da Torah, descrito em Êxodo 17.

O povo de Israel havia saído do Egito e no caminho rumo à terra prometida, encontram os amalequitas e Israel se viu obrigado a lutar contra eles.
Normalmente espera-se de um líder que ele esteja à frente de seu povo, mas Moisés chamou Josué e ordenou que ele liderasse o exército de Israel. E o que Moisés estaria fazendo enquanto eles guerreavam?
Êx 17:9 “Pelo que disse Moisés a Josué: Escolhe-nos homens, e sai, e peleja contra Amaleque; amanhã, eu estarei no cume do outeiro, e a vara de Deus estará na minha mão.”

Na minha meditação de dias atrás eu lembrava de um tempo em que eu e os jovens da congregação subíamos o monte para fazermos orações ao Eterno. Aqui, Moisés também não foi sozinho; Arão e Hur estavam com ele.
O texto diz que, quando Moisés levantava suas mãos, Israel prevalecia sobre o inimigo; mas quando ele se cansava, e baixava as mãos, Israel começava a perder a batalha para Amaleque. (Êx 17:11)

Que lições preciosas podemos aprender destes versos:
• Diante das batalhas de nosso povo, uns vão para o front, outros ficam na retaguarda, rezando, estendendo mãos santas aos céus.
• Quem era o maior nessa história? Moisés, Josué? A resposta mais certa talvez seja: ninguém ou ambos. Moisés precisava de Josué na batalha e Josué precisava do suporte espiritual de Moisés, na montanha.
• Qual a importância de Arão e Hur? A mesma de todos os soldados da batalha. Se não fossem os soldados, Josué jamais venceria os amalequitas, mas se não fosse Arão e Hur sustentando os braços de Moisés erguidos, Israel não prevaleceria contra o inimigo.
• Sempre precisaremos de pessoas corajosas, dispostas a lutar pra defender nosso povo, mas por outro lado é fundamental que haja pessoas sinceras, de mãos santas, erguidas na direção dos céus, buscando ao Eterno em oração, para que vençamos nossas batalhas.

O texto de Paulo a Timóteo diz:  “Quero, portanto, que os varões orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem animosidade.”

Isso é muito sério. Para que nossas preces sejam atendidas, precisamos ter “mãos santas”. Sempre aprendi que “santo” significa “separado” e devemos ser separados da influência mundana, trilhando caminhos diferentes, de pureza, honestidade e santidade.

Não basta alguém erguer as mãos e rezar; elas precisam ser santas. As nossas mãos  também simbolizam nossos atos; e aí vem a continuidade do verso: sem ira e sem animosidade.
Uma prece feita por alguém carregado de ira e sentimentos negativos pode ser ouvida? Dificil! Mas por outro lado como venceremos a guerra?
Animosidade significa “ressentimento; má vontade para com alguém”

Agora imagine-se rezando por alguém, que precisa vencer uma batalha, mas você não tem “aqueeeeeela vontade” em ajudar. Como esperar que a pessoa vença? Como esperar que juntos, derrotemos Amaleque?

Para que nossas batalhas sejam vencidas é preciso ANTES acreditar que UNIDOS venceremos, e aí o próximo passo é preparar pessoas para a guerra e pessoas para erguerem as mãos ou sustentarem os braços de Moisés levantados para o céu.  Aí sim se cumprirá os versos do salmo:
Sl 121:1-3 “Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a terra. Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitará aquele que te guarda.”


Porque quando erguermos nossos olhos aos montes, veremos que há mãos santas estendidas aos céus, e o nosso socorro prontamente virá do Criador.

terça-feira, abril 01, 2014

Reflexões para o dia. Primeiro de Abril!



Lv 19:11  “Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo;”

Quem nunca caiu numa pegadinha de primeiro de abril? Desde criança vemos que esse dia é dedicado a brincadeiras, contar pequenas mentiras, e depois dizer: PRIMEIRO DE ABRIL.

Hoje, ao vir trabalhar, no radio, o locutor contava a história que originou esse dia da mentira. Contava que a tradição começou na França, quando o rei Carlos IX, na época de 1564 instaurou o calendário gregoriano, passando a celebrar o ano novo em 1 de janeiro, e aí os franceses começaram a brincar, porque antes o ano novo começava com a primavera, numa festa que ia de 25 de março a 1 de abril. Mas, verídica ou não, essa conversa não tem nada a ver com o hábito de faltar com a verdade.  Mas por qual razão mentimos?

Muitos mentem para tirar vantagem, outros mentem para prejudicar a alguém, outros mentem por medo e outros mentem pelo prazer de mentir.
Fato é que crianças quando aprontam travessuras aprendem a mentir para os pais, fugindo do castigo. Depois, à medida que crescem, desenvolvem o dom da mentira.

Brincar só tem alguma graça no primeiro de abril. Na maioria das vezes, já nem nessa data tem. Falar a verdade é sempre o melhor.
Tempos atrás estava numa conversa e tinha absoluta certeza de que a pessoa estava mentindo, e eu ali, ouvindo a estória e vendo até onde iria aquilo. No fim, mesmo mentindo, aquilo “passou por verdade”. Depois, conversando, a conclusão foi de que a pessoa mentiu por receio de assumir a verdade.

Seja como for, é importante reconhecer que todos nós somos pecadores, cometemos erros, e o melhor caminho é sempre o do arrependimento e da verdade. Isso é Torah.

Além de não mentir, a Torah diz: “não usareis de falsidade cada um com seu próximo.” Fingir sentimentos de amizade também é, de certa forma, mentir. Mas de todas as formas, fingir é ser falso e pecar.

Paulo diz:  “Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros.” (Ef 4:25)

Quando eu era criança e mentia, escutava sempre a repreensão: “Você sabe quem é o pai da mentira? É o diabo!” Atualmente, o mundo anda tão falso e mentiroso que eu costumo  pensar: “fulano é tão falso quanto uma nota de R$ 35.” Mas sei lá, vai que o governo unventa uma nota de tal valor!

Repito, todos erramos, mas é preciso que tenhamos a coragem de seguir o que Paulo disse: “deixando a mentira, fale a verdade.”

Nesse dia da mentira cabe a reflexão acerca do quanto de verdadeiros precisamos ser. A bíblia está repleta de textos que falam acerca do mentiroso, dos castigos, mas também do quanto é bom falar a verdade.

Pv 30:8 diz: “afasta de mim a falsidade e a mentira...”  e o mesmo livro diz: “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” (Pv 28:13)

Que nesse dia da mentira, sejamos verdadeiros, e que o Eterno nos possibilite de vermos a verdade através das mentiras e nos dê a capacidade e a humildade para reconhecermos quando falseamos a verdade e que, ao confessar, sejamos achados dignos de alcançar a misericórdia. Pelo nosso bem e pela paz proveniente de noites tranquilas vindas de uma consciência limpa de quem fala e faz a verdade. 

A propósito, mentir não faz o nariz crescer. Feliz primeiro de abril!