terça-feira, maio 24, 2011

Fim de tudo, felicidades!

Por fim, desejo felicidades ao casal, e eles sabem que são muito especiais, que levam nossos desejos de mazal tov pelo resto da vida!
Nossa viagem só não foi perfeita porque na volta, o aeroporto de Caxias do Sul fechou, nosso vôo foi desviado para Porto Alegre. Como resultado, tivemos que pegar um ônibus de Caxias a Porto Alegre, e lá ficarmos no aeroporto até 21h50 quando embarcamos para Curitiba. Chegamos em casa quase uma da madrugada, quando deveriamos ter chegado por volta das 16h20. Mas tudo bem, nada que eu já não esteja acostumado. E pelo meu amigo eu chegaria em casa até no dia seguinte se fosse o caso... e chegaria feliz. Guedy, Raquel, mazal tov!!!!

Vida de modelo é dura!

Tem coisas que não são fáceis... uma delas é ter privacidade pra fazer fotos com a esposa. Enquanto a gente estava lá, o Cris fazendo fotos minhas com a Eliana, tinha uma galera observando, tirando foto da gente, e eu maior sem graça nessas horas.
Uma coisa é fazer prédicas, muita gente olhando, etc... outra é fazer fotos como um modelo e as pessoas observando todas alegrinhas (acho que era o vinho que elas beberam) Mas valeu a pena. Meu terninho parecia novo, bonito, e minha esposa uma beleza só, em seu vestido novo, celebrando nossos 5462 dias de casados, quase 15 anos, que completaremos no dia 9 de junho. Como eu disse no primeiro post referente ao casamento hoje.... o cheiro do amor estava no ar!
Como diz Provérbios 18: 22 “O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do SENHOR.” Todah Rabah HaShem!

As fotos mais bonitas e o invejoso...

Bom, como havia dito, essas são as oportunidades ideais, num lugar bonito, para fotografar com a esposa, uma vez que o marido está de terno e a mulher num traje lindérrimo. Aí lá vai eu com a Eliana fazer nossas fotos, algumas estou colocando aqui. O Cristiano ia pacientemente fazendo cada foto, do jeito que a gente queria, mas eis que tem um espião invejoso olhando nossas poses... Seu nome: Yoná, de Vacaria! Ele escolheu nossa melhor pose, eu entregando flores para a Eliana, e o dito cujo foi lá e quis fazer uma foto igualzinha com sua esposa. Tudo bem! A pose ele pode copiar, mas nunca terá o nosso charme! kkkk
E em algum outro canto, os noivos pensando que eram só eles que faziam fotos legais... quanta pretensão! Nesse lugar qualquer um fica bonito, até eu e o Yoná.
Claro que é tudo brincadeira, pois fui eu mesmo quem sugeriu para eles fazerem a mesma pose. Mas foi muito legal.

Deixe seu recado grátis aqui....

Não posso deixar de falar dos trabalhadores no casamento. Sem eles, nada sai perfeito. Já falei do fotógrafo chato?! Já! Agora vou falar dos caras legais. O Cristiano e o Jessé foram comigo para filmarem a cerimônia, contratados para fazer o dvd do casamento.
Claro que primeiro eles curtiram a viagem de avião grátis, depois o shabat na Beit Caxias e no domingo era o dia de trabalho (Antes, o Cris editou o video que rodamos no fim do shabat, com a historinha dos noivos).
Depois da cerimônia, montamos no gramado um local para que as pessoas deixassem (totalmente grátis) seus recados aos noivos. Cada um podia falar o que quisessem, como por exemplo cobrar o Guedy por uma conta que ele não pagou, ou a Raquel por não ter dado o buquê da noiva de presente, mas a maioria mesmo queria dar os parabéns ao casal, pela festa tão bonita e desejar felicidades. Na montagem acima, percebe-se os dois meninos fazendo a gravação um casal, Andréia e Pinechas, gravando seu depoimento. Além disso, o momento da gravação do primeiro pedaço de bolo. Também tem as lembrancinhas, um docinho que todo mundo comeu (alguém comeu o meu e da Eliana) e a alegria dos noivos com tudo... como é bom casar... tudo é alegria.
Falando em gravação, não nos peçam copias do dvd do casamento deles. Quem quiser, aproveita e compra uma cópia com o próprio casal, assim você dá uma ajudinha a mais pra eles.

Fim da cerimônia, hora das fotos

É sempre assim, quando a festa acaba, começam as fotos, e haja maquininhas digitais (acho que essa foi uma das melhores invenções da modernidade, aproximando amigos) Era gente de tudo que é lado tirando fotos e nós não podemos ficar para trás. A Eliana ama sair nas fotos com as mulheres, então fui com prazer fazendo fotos dela com as amigas. Mas também queria sair em algumas, e claro, com aqueles que nos receberam tão bem.
Começamos pelas fotos de baixo, quando os noivos estavam no salão, recebendo homenagens (essa é pras mulheres que queriam ver o vestido da noiva, por trás) eu, Eliana, Chaya e Elazar, e a noiva com sua mãe. Acima, Geisa e Milton, o pai do noivo (ou se preferirem, o sogro da noiva), Hannah bat Elisha, e a Eliana com algumas mulheres da festa.
Se você ainda não tem, não perca tempo, compre uma maquininha fotográfica digital (nem precisa ser das mais caras) e saia fotografando seus amigos. São recordações que nunca mais se apagarão de sua memória.
Obrigado Guedy e Raquel, por nos propiciarem mais este momento de alegria.

Fim da cerimônia, só alegria!

Acaba a liturgia, os noivos saem, quebram seu jejum, e depois de algumas fotos, voltam para o salão, onde são amplamente aplaudidos e começa a festa. Homenagens, jovens cantam Eshet Chayil para a noiva (como a Raquel é querida em Caxias!) dança, dança, dança e mais danças. Danças das cadeiras, bolo, noiva parada admirando o belo noivo dançar com os amigos... enfim tudo foi bom. (Pra não dizer que tudo foi perfeito, só o fotógrafo era chato, ficava entrando na frente da câmera o tempo todo e queria aparecer mais que os noivos, mas fazer o quê, goy é tudo assim)
Mas, falemos de coisas boas, almoço, e depois sobremesa, onde ganhei em pleno casamento, um pote de sorvete, devidamente compartilhado com alguns amigos presentes. Essa foi a quitação de uma aposta, quando no ano passado, muito frio em Caxias eu mergulhei na piscina congelante. Aliás, coisa boa foi saber ali, durante a festa, algumas das bênçãos que recebemos no encontro que ocorreu lá em Caxias no ano passado. Isso é coisa particular, prefiro não compartilhar aqui, mas me senti muito honrado por estar lá.

Nechemiah! Esse é o cara!



A escolha da pessoa que vai oficializar a cerimônia do casamento é algo sempre difícil, mas essencial para o sucesso da festa. O Nechemiah foi o escolhido pelo Guedy e Raquel. Esse é o cara mesmo! A festa tinha uma aura especial, mas o Nechemiah conduziu tudo como um maestro, sem gracinhas desnecessárias, sem prédicas intermináveis, sem nada além do básico, mas um básico completo. Quando eu crescer eu quero ser igual esse cara!!!

Na verdade, quando o casal se porta corretamente em tudo, tudo acaba dando certo. Só assim pra explicar um casamento tão bonito e que no fim, todo mundo saiu elogiando.

Algumas vezes ouço coisas tristes relativas ao casamento como: “armam o circo e só falta o palhaço, que é o cara que vai fazer a cerimônia” mas esse não foi assim. Foi armado não um circo, mas um Mishkan, e faltava o kohen gadol, que iria fazer com que a shechinah divina tomasse conta do ambiente, e esse cara foi o Nechemiah. Então, só me resta, orgulhasamente, tirar o chapéu e aplaudir.

Quem quiser aprender como oficializar um casamento, pede umas aulas pra ele, ou assista o dvd desse casamento. Nota 10!

Eshet Chayil, onde estás?

Quando o Guedy cantou essa música (Eshet Chayil, onde estás, to cansado de procurar...) há alguns anos no congresso, ele mal imaginava que já no congresso ela estava ali, sentadinha do lado dele. Com uma ajudinha minha, tudo começou. Como esqueceria o dia em que eu a deixei toda vermelha perguntando se ela tinha interesse de administrar uma bicicletaria... (o Guedy e sua família possuem uma bicicletaria no Mato Grosso)

A Raquel sempre se mostrou para mim uma jovem exemplar, e a cada vez que conversamos durante esse ano de casamenteiro deles, ela só me surpreendia. E no dia do casamento não poderia ser diferente.

Depois da entrada do noivo, fica um silêncio no ambiente, uma ansiedade e começa a música original: Eshet Chayil mi yimtsa... e as portas se abriram para que a noiva pudesse entrar.

Todos bobos observam o belo traje da noiva, indo em direção ao seu futuro. Raquel era conduzida por sua mãe, e pela Geisa, irmã do Guedy. Não sei como o rapaz não desmaiou na hora. Sete voltas contornando o noivo e ele ali, na certeza de que tinha feito a escolha certa.

Assim como o havia elogiado, não tem como não elogiar a noiva. Normalmente, infelizmente, no dia do casamento a noiva muda por completo, fazendo penteados estranhos, se enchendo de maquiagem, vestidos com decotes assustadores, mas não essa noiva. A Raquel parecia a serenidade em pessoa, discreta, seu nome era tsiniut. Eu e a Eliana tivemos que ir pessoalmente elogiá-la por seus trajes no casamento. Essa foi verdadeiramente digna de que todos se levantassem para recebê-la.

Como disse ao Guedy, vocês me deram orgulho, me deram a honra de ser o casamenteiro de vocês. Como dizem os gaúchos: “Bah guri, conseguiste uma prenda tri-legal.” Cuida bem dessa jóia menino!

Ah! se todos fossem iguais a vocês, de comportamento exemplar, que cativam a todos em volta, até no casamento tudo foi perfeito.

Baruch Haba, Beshem Adonay...

A entrada da noiva sempre é um momento especial, todos ficam de pé para recebê-la e admirar mas eu estou aqui agora para falar do noivo. Simpático, sorridente, mas levemente nervoso estava meu amigo Guedy, em sua entrada triunfal para o time dos casados. Na montagem acima, cinco momentos desde sua entrada, conduzido pelo pai e pelo futuro sogro, a sua colocação do talit e as primeiras palavras do Rosh Nechemiah para ele.
Devo confessar que chorei na momento que o rapaz começou a entrar em cena. Fico muito orgulhoso por D-us ter me permitido a oportunidade de ser o casamenteiro dele, conduzindo as conversas, intermediando a relação. Relação que desde o primeiro momento teve muito respeito e as poucas conversas não deram muito trabalho para ajustar o casal, onde ambos já demonstravam maturidade, carinho e admiração mutuas.
Se todos os rapazes fossem como você, meu camarada, seria sempre um prazer ser casamenteiro. Como não chorar ao te ver entrando, para a cerimônia que mudará sua vida para sempre?

Manhã de domingo, cheiro de amor no ar....

A manhã de domingo começou com um dia ensolarado em Caxias, sem frio, nem tampouco calor; enfim, tempo perfeito para uma cerimônia de casamento. 9 da manhã, já pronto para o casamento, saio para olhar pela janela e vejo o noivo, ainda de pijama todo sorridente na rua, enquanto o futuro sogro lava tranquilamente seu carro. Pergunto ao noivo: e aí Guedy? tá nervoso? como resposta ouço, que nada amigo, daqui meia hora vou tomar um banho e me arrumar, mas to tranquilão. Então tá.
Meia hora depois, a correria começa, e eu e a Eliana, tranquilos fazendo nossas primeiras fotos do dia, ainda na casa do Rosh Elazar. Aliás, minha esposa muito elegante em seu traje festivo, enquanto eu, bom, eu estava de terno velho mesmo, hehe!
Saímos para o local do casamento, muito bonito por sinal, e lá, depois de muito tempo, reencontro nosso velho amigo, zaken Milton, pai do noivo. Fizemos uma foto, e ao fundo percebe-se o irmão da noiva, já desesperado com o celular na mão.
O noivo? ah! dá uma olhada na foto pra ver se ele estava preocupado! Não sou de achar homem bonito, mas o Guedy tava bonitão, simpático, muito bem arrumado, um luxo só! Mas não se iludam, porque depois dessa foto, já se percebia nele alguns traços de ansiedade, nervosismo.
A noiva havia prometido não se atrasar (eita costume de goy esse, de que noiva tem que se atrasar bastante, e fazer os outros de palhaço, esperando!) e Não se atrasou, logo na hora certa, ela estava lá, dentro de seu carro. E o coraçãozinho do noivo dispara de emoção nessa hora.

Olha os noivos aí, última noite solteiros.

Sabe que quando chega uma época dessas, em que as pessoas viajam para o casório de alguém, tudo gira em torno dos noivos... todo mundo quer vê-los, falar com eles, dar presentes, desejar felicidades, etc... então tá aí, o Guedy e a Raquel, no último avodat shabat de solteiro deles. Claro que a prédica tinha que ter a ver com isso. Eu, inspirado nos dois, falei um pouco sobre saber contar nossos dias, de maneira que alcancemos coração sábio... lembramos de quando o faraó perguntou a Jacó sobre os dias de sua vida, ele respondeu: poucos e maus foram os dias (130 anos) de minha vida. E a mensagem seguiu por aí até que no fim, usei um videozinho com fotos do casal, desde quando eram crianças até agora, nos dias do casamento. Como músicas de fundo, nada melhor do que uma canção do próprio noivo: “sou um pequeno israelita...” e depois “Eshet Chayil, onde está, to cansado de procurar...” Muitas risadas, nada de lágrimas, porque era dia de alegria, e de fazer a noiva ficar coradinha de vergonha. Mensagem passada, havdalah, com o pequeno Yishai segurando a vela. depois contagem do ômer (LagBaomer) e depois outras conversas sérias, mas aí mais particulares... com Yov e sua pretendente, os noivos, etc...
Nas fotos, de baixo para cima, o pessoal dançando no momento da adoração a HaShem (com destaque ao rosh Mordechai, de Vacaria), Eliana, com a Ilana, filha do Rosh Elazar, Yishai e a vela de havdalah e na foto maior, casal 20 na área, e eu ao fundo, como um discreto papagaio de pirata.

Shabat em Caxias, cheio de atividades

Todo mundo sabe que eu amo o que faço, que gosto de viajar pela Congregação, de estar sempre trabalhando em favor das pessoas, mas é claro que tudo tem suas recompensas, e a maioria delas não tem a ver com bens materiais ou algo desse palpável. As grandes recompensas estão na memória, nos momentos felizes que vivemos. Esse shabat, que começou com o cabalat e depois no jantar casa do Rosh, com muitas sobremesas deliciosas (mousse de maracujá, pudim de leite...) tinha que ter um shacharit muito bom também. E aí entrou o amigo Rosh Nechemiah (que havia viajado para fazer a cerimônia do casamento do Guedy) com sua explanação da parashah sempre nos trazendo meditações importantes, alegres com suas estorinhas que nos fazem refletir. Depois do almoço, uma palestra para as mulheres, conduzida pelas chaverot de Caxias. Peço perdão por não ser bom com nomes, mas as responsáveis femininas são essas aí, da foto acima, com a Eliana. Minha esposa ficou bem impressionada com a capacidade dessas mulheres, que segundo o próprio Rosh Elazar e esposa, são muito boas no que fazem, e ajudam muito. Depois da palestra delas, eu falei por meia hora acerca da viagem que fizemos até Nova York, iniciando o processo de Teshuvah nos Estados Unidos.
Breve descanso para o Kidush e logo o serviço de adoração, com muita dança e alegria...
Estavam lá muitas pessoas queridas, que já chegavam para o casamento na manhã de domingo, como por exemplo os chaverim de Vacaria, sempre nos contagiando com seu sorriso e alegria.

Caxias do Sul, lugar que me inspira!




Na última sexta-feira, lá fui eu novamente com a rotina de viagens, mas dessa vez com a Eliana, assim o vôo fica sempre melhor. Nosso destino: Caxias do Sul, um lugar que me inspira!
Fomos para o casamento do Guedy e da Raquel, mas antes, participamos do cabalat shabat, nos hospedamos (de novo muito bem recebidos) na casa do Rosh Elazar com sua familia e tudo foi muito bom. Cabalat tinha pouca gente, mas quando se está entre amigos, não precisa muita coisa. Estava lá o Rosh Nechemiah com a sua familia, o Eliseu com a família (olha a hannah ali na foto) e eu me senti muito bem lá. Me permitiram fazer a prédica no cabalat, e repeti um pouco do que havia dito na semana passada em Ponta Grossa: sobre as pessoas que estão sempre no quase. Quase se casaram, quase se formaram, quase são bons membros, quase... e nunca conseguem. Achei que foi razoável, minha mente não estava funcionando bem ainda...

Na montagem também está nossa foto junto com o pequeno Isaac, outra fonte de inspiração. E a foto maior, a Eliana aparece no aeroporto de Caxias. A viagem foi boa, mas a volta, esse aeroporto nos aprontou... ficando fechado e nos obrigando a ir até Porto Alegre (mas isso é outra história)
Junto conosco no vôo para Caxias estavam o Yov, o Cristiano e o Jessé, que foram fazer a filmagem do casamento. O Yov foi também por outros motivos.

sexta-feira, maio 13, 2011

Dias finais em Nova York



Como havia dito no post anterior, com o fim do shabat, nosso "trabalho" religioso a que havíamos nos proposto a fazer estava realizado. Aí o tempo que nos restava iria nos dedicarmos a outras coisas, como por exemplo, um jantar no domingo, na casa de uma das chaverot de Nova York(foto inferior, lado esquerdo).


Na manhã de segunda-feira fomos à uma loja comprar alguns equipamentos para nosso estúdio e no fim do dia estávamos reunidos novamente só com os líderes locais para um jantar de despedida e considerações finais. Ali tratamos de alguns assuntos importantes, como futuros encontros em Jerusalém, com a presença dos líderes da África, do Caribe, USA e Brasil, mas já agendamos a primeira vinda do Monrose, que estará presente em nosso forum para os líderes em junho. Nosso jantar está registrado na foto acima (superior esquerda)


Na terça, foi o dia de arrumar as malas para o retorno ao Brasil, e aí o Ezrah saiu para fazer seus passeios pela cidade, para fotografar, e eu e meu pai fomos até o estado vizinho, de Connecticut junto ao Francis DeCaille. Lá conhecemos onde fica a congregação local (foto superior direita)


Por fim, resolvi postar a foto que tirei ao lado do famoso ator americano Morgan Freeman, durante um dos nossos passeios pela Times Square. Na quarta-feira, tudo pronto, fomos para o aeroporto de Newark; de lá, voamos para Houston, no Texas. De Houston, já de noite, voamos para o Rio de Janeiro, onde chegamos na quinta pela manhã. Depois de um intervalo, voamos para Curitiba e finalmente chegamos em casa, na tarde, depois de 16 dias.


Agora, final de semana em Ponta Grossa e semana que vem Caxias do Sul, depois PG, Telêmaco Borba e enfim, uns 3 dias de descanso com a família em lugar ignorado, com celular desligado e sem internet, só de boa....

Shabat em Nova York, com shacharit

Uma das coisas mais interessantes que passamos em Nova York com relação à congregação do Brooklyn foi a abertura que eles nos deram, possibilitando que conduzíssemos muitas coisas conforme nossa tradição, e eles aprenderiam. Assim foi no cabalat, e também no shacharit. Antes do shabat, havíamos comprado uma torazinha que seria utilizada na liturgia (já que não dava para comprar um sefer Torah kasher) O serviço tradicional deles foi completamente modificado, e depois de uma sequência de cânticos (veja os músicos cantando, na foto inferior da montagem) o Ezrah começou com o toque do shofar, e depois a continuação tradicional com o Ma Tovu, Adon Olam... e prosseguimos até a retirada da Torah da Arca (sim, eles têm um belo Aron HaKodesh lá) foi feita a leitura, com o líder local, Gilford Monrose fazendo a leitura do maftir e da haftarah.

Depois a explanação coube ao próprio Rosh Ezrah. Nosso shacharit terminou era por volta das 14h30, tendo ele tempo suficiente para uma boa prédica. Pra fechar, colocaram em prática as danças com o shabat shalom.

Depois de tudo, almoço, conversas pela tarde até o fim do shabat, quando foi feito um trabaolho assistencial, com distribuição de cestas básicas aos membros da comunidade.

Dia cansativo que finalizou nosso trabalho religioso em Nova York.

quarta-feira, maio 11, 2011

Pausa em NY. Rebeca nasceu!



Vamos dar uma pausa no assunto Nova York, pra falar de algo que me deixou muito feliz. Na sexta-feira, fim de tarde em Ponta Grossa, nasceu a pequena Rebeca, filha do Amauri (Aharon) e da Priscila. A bonitinha nasceu com quase quatro quilos e 52 cm de tamanho, bem grandona e com saúde.

Gostei porque mesmo duas semanas longe do pessoal, eles se lembraram de mim, e me avisaram já no dia seguinte, o que me deixou muito contente, claro. Espero no próximo shabat estar em PG para fazer uma visita à família. Estar em Nova York é bom, mas nada como passar o shabat com a minha família em nossa congregação.

Cabalat em Nova York


Aqui em Nova York também tem cabalat, quer dizer, não exatamente igual ao que fazemos em Curitiba, quando temos nossa esposa e filhos em casa, e a chalah deliciosa preparada em casa. Pela primeira vez, a congregação de Nova York assistiu a um cabalat shabat. Novamente o Rosh Ezrah conduziu a liturgia e eu fui traduzindo tudo com o sidur em hebraico/inglês. A prédica é que complica um pouco, com seus termos difíceis de traduzir. Mas tudo bem, passou com razoável qualidade. Não tinha muita gente no cabalat, umas 30 no máximo, a maioria de jovens.
Na foto dá pra perceber que por aqui não teríamos a dificuldade de encontrar chalah no supermercado (no bairro judaico, claro) e o vinho kosher, que na própria embalagem conta a história de uma sinagoga da Russia, que havia sido destruída e tal... mas vinho nunca é delicioso (pelo menos pra mim).
Depois do kidush e de algumas risadas, o Rosh Ezrah conduziu a dança no shabat shalom tradicional, mas tal como no Brasil, quase que só mulheres se levantam para a dança. No fim, voltamos para casa com a sensação de que finalmente tivemos um cabalat shabat em Nova York. E na manhã seguinte teríamos o shacharit.

sexta-feira, maio 06, 2011

Wall Street, o centro econômico do mundo



Saindo do World Trade Center prosseguimos nosso passeio pelo outro lado de Nova York, o lado dos milhões de dólares. O própro WTC já era antes um lugar que representava a riqueza americana. Mas nenhum lugar representa mais essa riqueza do que Wall Street e essa imagem do Touro indomável. Ela sempre aparece no mundo dos multi-milionários. Só pra se ter uma idéia eu tirei fotos no edifício de Donald Trump, o Trump Building, a loja de jóias Tiffany (acho que a mais cara de todas). Ali a gente vê o quanto não tem dinheiro hehehe, pois pensei de comprar um anel para minha esposa e o mais barato, de diamante era em torno de 2900 dolares. Aí desisti. Não dá pra mim. Mas pelo menos andar por aqui eu já consegui... também, quem me conhece sabe que dinheiro não é uma das minhas grandes preocupações.

Dali, uma passadinha para ver como é (ainda que de longe) a Estátua da Liberdade e ainda ali por perto de Wall Street, também o museu judaico, em memória do holocausto.

Amanhã é sexta-feira, dia de nos prepararmos para o shabat. Se não nos vermos, shabat shalom a todos os amigos!

Depois de todo esse roteiro de quinta-feira, posso dizer que aproveitamos bem o dia. Voltamos para casa, jantamos um pouco de macarronada e vamos dormir porque ninguém é de ferro!

quinta-feira, maio 05, 2011

Do museu para o memorial

De um lugar alegre acabamos pegando o metrô para o outro lado da cidade, onde estavam as torres gêmeas até 11/09/2001. Hoje pela tarde foi o dia em que o presidente Barack Obama iria visitar o local e claro, a gente não iria perder a oportunidade. O lugar estava lotado de gente, andando pra todo lado, talvez eu até tenha cruzado com o Obama, mas acho que não... senão ele me reconheceria e me daria um abraço hehe.
O fato é que o local é triste, lembra a morte de muita gente, numa imagem que nunca sairá da memória, e eu ainda lembro até hoje daquele dia triste.
Hoje não é possível visitar o local, está tudo cheio de tapumes, pois segundo me informaram, lá está sendo construído um memorial bem bonito (eu vi a maquete) e que deve ser inaugurado no próximo nine-eleven (onze de setembro). Ainda assim passamos por um memorial já existente, onde há restos de trajes de bombeiros, objetos pessoais encontrados, etc..
Ma montagem você vê, da esquerda para a direita, meu pai, em frente a um muro onde foi feito em relevo um memorial (se prestar atenção, dá pra ver o contorno do World Trade Center em chamas), ao lado tem um dos muitos carros de reportagem presentes ao evento, um capacete de um soldado (dentro do memorial) e a imagem do Obama, prestando sua homenagem (essa foto não é minha, não fui eu que bati).

NY, eu no cenário de um filme...

Quem nunca desejou estar num lugar que foi cenário de um grande filme né?! Eu não apenas sonhava, mas como falei no post anterior, estive no Central Park, mas para mim não era o suficiente. Eu queria conheceu o Museu de História Natural, e ao sair do Central Park, fui direto no museu do filme (Uma Noite no Museu) e ao entrar, dei de cara com o dinossauro. Ali sim, me senti no cenário real de um filme, mesmo sabendo que o filme não foi propriamente gravado ali, mas ainda assim é muito legal. Não pude entrar para conhecer todo o museu, apenas no primeiro saguão (o lobby que era gratuito, e a partir dali, compraria os ingressos para a entrada no museu) já que o custo para conhecer o museu era de 16 dolares por pessoa. Não paguei, mas depois me arrependi, porque seria certamente um passeio especial. Mas como pode ser um passeio especial, se meu filhotão Abel não estava aqui comigo? Então, decidi não entrar. Só vou entrar no dia que HaShem me concender a oportunidade de estar com meus filhos no museu.
Pelo menos eu e meu pai (que aparece na foto menor, dê uma olhada na proporção de tamanho entre ele e o dinossauro maior) nos divertimos.
Dali, novamente pegamos o metrô para irmos a outro canto da cidade.

Passeio com papai no Central Park

Nessa quinta-feira gelada em Nova York, infelizmente o Rosh Ezrah não quis sair de casa, também com o frio que estava fazendo, não é qualquer um que sai mesmo. Como meu pai queria sair, eu resolvi acompanhá-lo, só que o roteiro foi meu. Por volta das onze da manhã pegamos o metrô e descemos em Manhatan, e lá caminhamos até o Central Park.

Antes de chegarmos ao parque, passeando pelas ruas do centro de Nova York, encontramos um dos teatros mais famosos aqui, o Carnegie Hall. Para quem assistiu um filme chamado Musica do coração, foi nesse lugar que eles tocaram. O teatro parece estar em reforma (veja na montagem, do lado direito inferior) Dali, caminhamos duas ou três quadras e chegamos ao Central Park.

Esse era um lugar que eu queria muito conhecer, pois é cenário de centenas de filmes, como Encantada (Disney, para crianças) O pequeno Stuart Little, tem cenas no Spider-Man, e em muitos outros. Quem nunca sonhou passear um dia com o papai no parque? Nessa semana que completo 36 anos, cumpri isso, um dia passeando no parque (só nunca imaginei que esse passeio seria no Central Park, em Nova York).

É um parque enorme, muitas charretes, com casais de mãos dadas passeando pelo parque, num romantismo só. Também vimos esquilinhos pelo parque, consegui fotografar um bem de perto (Na montagem, lado esquerdo) Tem um caminho onde há estátuas de grandes poetas, escritores famosos, etc... tem até uma do William Sheakespeare. Muito legal. Quando você vier aqui, não deixe de visitar esse parque. Se puder, vá com seu pai!

Aqui seria um bom lugar para meu amigo Guedy passar a lua-de-mel, já que ele vai se casar daqui a duas semanas...

Dias seguem em NY.

Por enquanto tudo segue tranquilo aqui em Nova York, tanto com a gente quanto com a cidade depois da morte do Osama bin Laden. Passada a euforia de alguns, a vida voltou ao normal por aqui, e então na noite de segunda fomos fazer alguns passeios pela cidade de noite. Eu e o Ezrah andamos muito, não compramos nada e a Times Square é o lugar certo para fotos noturnas aqui. Além disso andamos pelo edifício Rockfeller, o prédio da ONU, e alguns outros lugares. McDonalds também é um negócio interessante, um em cada esquina praticamente. Isso explica porque os americanos sofrem tanto com obesidade, já que as lanchonetes vivem lotadas.
A partir da tarde da terça-feira eu saí com meu pai para ele fazer as comprinhas dele... malas, relógios, bonezinhos, camisetas... enfim, lembranças para algumas pessoas. Acabamos novamente na Times Square, quando meu pai finalmente viu os famosos painéis luminosos.
Na quarta-feira, foi o dia do Ezrah ficar em casa e eu saí com meu pai pelas ruas, e aí ele fez muitas compras, bugigangas,
e como estava muito frio e chuvoso voltamos para casa logo. De noite tivemos um compromisso na congregação, quando o Ezrah deu um estudo sobre a Teshuvah e eu fiz a tradução. Tinha pouca gente, mas adiantamos o assunto com o líder local, Gil Monrose. Acabamos o dia no McDonalds, onde, apesar do frio que fazia, desfrutamos de um sorvete, perto das 23 horas.

terça-feira, maio 03, 2011

Segunda feira em Nova York

Nossa segunda-feira começou com uma ida ao quarteirão judaico aqui no Brooklyn. Na foto maior, eu estou na lateral de uma Yeshiva. O bairro judaico fica aqui mesmo, perto de onde estamos hospedados, e é impressionante como é realmente um bairro judaico, parece que você está em Tel Aviv, Jerusalém, ou qualquer outro lugar de Israel. Mas como estamos em Nova York, me senti no cenário daquele filme (Uma estranha entre nós) Fomos a uma loja de artigos judaicos e comprei uns dvds, compramos um monte de livros (eu peguei dois, ambos sobre casamento e chinuch), mas estamos levando livros sobre Mikveh, torah, material para crianças aprenderem hebraico, etc...

Depois, almoçamos com o Monrose na Congregação e fomos com ele pegar as crianças na escola; nisso já era quase 5 da tarde. E como a gente não pode perder tempo aqui, eu e o Ezrah fomos para Manhatan, e depois de uma breve passadinha na BH (loja de equipamentos eletronicos) saímos andando, passamos pela Times Square, com seus milhares de painéis luminosos, muitos deles ainda celebrando a morte do Bin Laden, e continuamos andando pela sétima avenida, pela Broadway, e acabamos chegando ao edifício Rockfeller, um dos maiores aqui. Passamos pela sede da ONU, pela catedral de St. Petersburgo, algumas casas de espetáculo e finalmente decidimos vir embora.

Achei que não foi um dia muito produtivo, apesar de durante o almoço termos conseguido conversar assuntos interessantes com o Monrose, relativos à congregação. Nesse final de semana, pela primeira vez, faremos um cabalat na congregação e também teremos um shacharit, com serviço da Torah e tudo, já que ontem compramos uma torazinha para isso. Ele disse que dez pessoas da congregação já o procuraram querendo ir ao nosso congresso no Brasil em dezembro. Vamos ver, acredito que seja possível, eles estão animados.

domingo, maio 01, 2011

Domingo em NY... Dia de Lechaim e jantar

Nosso domingo começou com uma boa lembrança dos amigos no Brasil. Para mandar notícias a todos, nada melhor do que participar ao vivo do Lechaim, e foi o que fizemos. Todos puderam saber através da tvisraelita.com.br algumas coisas sobre nossa viagem aqui. Depois do Lechaim, já nos preparamos para um jantar que teria na congregação. O Gil Monrose (na foto, com a família) nos disse apenas que seria um jantar e que deveríamos ir de terno. Tudo bem!
Chegando lá, ainda pela tarde, fizemos muitas fotos (vejam meu facebook) e novamente estávamos ansiosos por o que aconteceria. Eis que era um jantar formal, um evento social muito importante, quando a congregação Mt. Zion, receberia um certificado de que o prédio passar a ter um reconhecimento como um patrimônio da cidade de Nova York.
Pelo que percebemos pessoas importantes da cidade estavam presentes, muitos líderes religiosos, alguns judeus, pessoas do conselho municipal, e nós ali, no meio desse povo. Aí, entre os discursos, o Ezrah foi chamado para fazer a bênção sobre o local, como uma consagração do templo.
Aí meu amigo, lá fomos nós dois, ele falando português, fazendo o Ma Tovu, a bênção do vinho, a shechecheyanu... e eu ali, traduzindo tudo para o inglês, na frente de um monte de gente. Devo confessar que estávamos nervosos, pois o Ezrah meio que esqueceu a bênção shechecheyanu e eu esqueci algumas palavras, mas no fim, todos se salvaram... fomos aplaudidos (toda a honra seja a HaShem) e jantamos. Claro que aqui no blog não dá pra postar tudo, mas saibam que nos pareceu ser um evento de grande importância. O que nos importa é que mais uma vez a Kehilah do Brasil se fez representar, humildemente através de nossa presença, mas como sempre, todos vocês são parte nisso tudo, através de suas orações e apoio.
Tenho outras fotos, muito melhores, mas foram feitas na maquina do Rosh Ezrah, então, depois eu coloco no facebook ou aqui mesmo.

Shabat em Nova York

Primeiro quero falar sobre a montagem acima. Essa é a entrada da congregação, que fica no Brooklyn, aqui em Nova York. O prédio era uma sinagoga, fundada parece que em 1929, e foi adquirida pela congregação em 1979 (Não estou bem certo quanto às datas) O prédio ainda preserva as características originais, como a maguen david no portão, e nos vitrais (veja os detalhes) e na parte interior, ainda tem a Aron HaKodesh e os bancos com a maguen encravada nas laterais. Tudo muito bonito, e o prédio ainda está passando por uma reforma, o que vai deixar ainda mais próximo de como era originalmente. Observe na foto ainda a van da congregação, que é como um ônibus que busca parte dos membros para o shabat.



Estávamos ansiosos por nosso primeiro shabat em Nova York e na noite da sexta-feira, na casa do Gil Monrose (que é o líder responsável pela congregação de NY) fizemos pelo menos o kidush de shabat. Na manhã do sábado, fomos para a congregação sem saber o que nos esperava, como seria o serviço. Só sabia que meu pai seria o pregador e eu seria o intérprete. Depois de uma longa sequencia de cânticos, começou a lição semanal do shabat, onde foi apresentado o estudo sobre Provérbios, capítulo 1. Daí mais alguns cânticos e o rosh Yishai foi chamado para a mensagem, falando sobre a importância da Teshuvah. No fim, já era mais de duas da tarde e finalmente fomos almoçar.


Depois do almoço, já quase cinco da tarde, o Ezrah foi dar aulas de dança judaica para o pessoal. Foi muito bom, o pessoal se empolgou (claro, muitas mulheres, mostrando que aqui, como no Brasil, os homens ainda apresentam certa resistência à dança) No fim, voltamos para casa, mas antes disso, o Monrose já orientou o pessoal a trazer os ítens para a havdalah e para o kidush do cabalat da próxima semana. Dia cansativo demais, mas ainda tivemos a oportunidade de conversar com nossas famílias pela internet, via msn. Não é muito, mas já ajuda. (Meu pai comentou por diversas vezes que no tempo dele, ele viajava e não existia sequer celular, ou outros meios para conversar com a família, e hoje, falamos e vemos as pessoas que amamos)