At
22:3 Eu sou judeu, nasci em Tarso da
Cilícia, mas criei-me nesta cidade e aqui fui instruído aos pés de Gamaliel,
segundo a exatidão da lei de nossos antepassados, sendo zeloso para com Deus,
assim como todos vós o sois no dia de hoje.
De
forma sucinta, a Halachah diz que é judeu todo aquele que é nascido de mãe
judia. Simples assim.
Daí
nasce um menino, com oito dias de vida, um mohel vai lá, corta a pele do
prepúcio e pronto, está feito o pacto de Abraão na carne do menino, para
sempre. O que vai acontecer com esse menino? Ele vai crescer, ficar adulto,
casar, ter filhos, envelhecer e morrer como judeu. E daí? Daí que isso não faz
a menor diferença na vida dele.
Já
fui muitas vezes a Israel, e a cada nova viagem, novas experiências, pessoas,
aprendizados, etc... e como você deve imaginar, conheci muitos judeus.
Lá
conheci um Benjamin, jovem judeu russo (ele até gravou depoimento comigo, que
saiu num dvd à época) muito simpático morador do bairro Mea Shearim; ele, como
tantos dali, religioso. Conheci também
um David, dono de lojinha na famosa rua Ben Yehudah; Esse, também religioso, só
que não ortodoxo, brincava, batia papo comigo enquanto atendia seus clientes,
na loja que vendia desde shofar até óleos para unção para evangélicos. Outro
senhor David, nada religioso, mas com bom conhecimento, foi nosso guia na
primeira viagem; não usava kipah, e de repente numa das visitas a sinagogas ele
disse: “eu não sou religioso, mas não sou menos judeu do que aquele senhor que
está à porta (um senhor todo religioso, rezando). Conheci outros e outros...
mas não estou aqui para falar de personagens e sim pra meditar.
Há
dois tipos de judeus: judeu secular e judeu religioso. Embora muitas coisas
lhes sejam comuns, como falar hebraico, ser circuncidado, conviver (em Israel)
com atentados terroristas, etc... a diferença básica está no fato de um REZAR,
buscar ao Eterno, e o outro não.
A
Congregação Israelita é uma instituição (como o nome diz, israelita) que tem
princípios religiosos. Prezamos e buscarmos nos aperfeiçoar no cumprimento da
Torah.
Paulo,
o apóstolo, Em Atos 22, começou a fazer um discurso, e quando começou a falar
em hebraico, as pessoas deram mais atenção. Daí ele diz: SOU VARÃO JUDEU,
instruído aos pés do sábio Gamaliel, CONFORME A VERDADE DA LEI DE NOSSOS PAIS,
ZELOS PARA COM DEUS...
Ele
dizia: “sou judeu, e sou religioso.”
Você
também pode escolher entre dois tipos de judeu:
-
SECULAR, não rezar, não ler Torah, não falar da palavra de D-us, não acender
velas de shabat, não fazer bircat hamazon, não abençoar os filhos, etc... mas
ser circuncidado.
-
RELIGIOSO, rezar, estudar a Torah, meditar na palavra de D-us, acender velas de
shabat, abençoar filhos, fazer cabalat, frequentar sinagoga, etc... e ser
circuncidado.
Há
muitas coisas de judeu nessa vida. Mas é você quem decide que tipo de judeu
quer ser.
Aos
judeus coube o privilégio de ter sido escolhido como o povo do Eterno, a nação
santa. Mas ter uma relação de proximidade, de amor a D-us, de zelo pela Torah,
de oração, é a opção que fazemos nessa vida.
Você
pode ser ashkenazi ou sefaradi, isso tem a ver com de onde vieram seus pais,
avós, etc... mas ser um judeu religioso é o que fará toda a diferença em sua
vida.
Sua
Torah pode ser armazenada num case redondo de madeira, ou num tecido aveludado
cheio de bordados, mas o essencial é que você a guarde no coração. Caso
contrário você será apenas mais um na multidão.
Espero que
sejamos todos nós, judeus religiosos, judeus que rezam, judeus que amam a D-us
acima de todas as coisas. Aí sim,
estaremos dando o devido valor à herança judaica.
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