terça-feira, maio 24, 2011

Eshet Chayil, onde estás?

Quando o Guedy cantou essa música (Eshet Chayil, onde estás, to cansado de procurar...) há alguns anos no congresso, ele mal imaginava que já no congresso ela estava ali, sentadinha do lado dele. Com uma ajudinha minha, tudo começou. Como esqueceria o dia em que eu a deixei toda vermelha perguntando se ela tinha interesse de administrar uma bicicletaria... (o Guedy e sua família possuem uma bicicletaria no Mato Grosso)

A Raquel sempre se mostrou para mim uma jovem exemplar, e a cada vez que conversamos durante esse ano de casamenteiro deles, ela só me surpreendia. E no dia do casamento não poderia ser diferente.

Depois da entrada do noivo, fica um silêncio no ambiente, uma ansiedade e começa a música original: Eshet Chayil mi yimtsa... e as portas se abriram para que a noiva pudesse entrar.

Todos bobos observam o belo traje da noiva, indo em direção ao seu futuro. Raquel era conduzida por sua mãe, e pela Geisa, irmã do Guedy. Não sei como o rapaz não desmaiou na hora. Sete voltas contornando o noivo e ele ali, na certeza de que tinha feito a escolha certa.

Assim como o havia elogiado, não tem como não elogiar a noiva. Normalmente, infelizmente, no dia do casamento a noiva muda por completo, fazendo penteados estranhos, se enchendo de maquiagem, vestidos com decotes assustadores, mas não essa noiva. A Raquel parecia a serenidade em pessoa, discreta, seu nome era tsiniut. Eu e a Eliana tivemos que ir pessoalmente elogiá-la por seus trajes no casamento. Essa foi verdadeiramente digna de que todos se levantassem para recebê-la.

Como disse ao Guedy, vocês me deram orgulho, me deram a honra de ser o casamenteiro de vocês. Como dizem os gaúchos: “Bah guri, conseguiste uma prenda tri-legal.” Cuida bem dessa jóia menino!

Ah! se todos fossem iguais a vocês, de comportamento exemplar, que cativam a todos em volta, até no casamento tudo foi perfeito.

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