segunda-feira, dezembro 31, 2012

Circuncisão - Quebre o elo da escravidão para a liberdade (Parte 1)


 
 
CIRCUNCISÃO? PORQUÊ TANTO TEMOR?

Is: 55:8,9 - Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.

O homem muitas vezes coloca muito peso em assuntos menos importantes e pouco peso naquilo que é realmente de valor.

Minhas prédicas quase sempre são de ensinamento moral, na busca por aperfeiçoar nosso caráter, algo que alguém já disse é o aspecto mais importante da fé judaica. Mas, nem tudo é moral, algumas coisas requerem prática. Cumprir mitsvot é prática!

Quando o Eterno chamou a Abrão, fazendo-o sair do meio da parentela, este tinha 75 anos de idade. Vinte e quatro anos mais tarde, o Eterno propoe uma aliança com Abrão, e diz: "Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito. Farei uma aliança entre mim e ti e te multiplicarei extraordinariamente." (Gn 17:1,2) Abrão, prostrado, ouvia HaShem lhe falar.

A primeira coisa a ser feita, mudar de nome; D-us lhe dá o nome de Avraham, e diz que ele seria pai de nações, e dele viriam muitos reis, etc.. E D-us diz qual seria a aliança, Seu pacto com Avraham.

A Torah declara: "Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado. Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por sinal de aliança entre mim e vós. (Gn 17:10,11)

O sinal da aliança do Eterno estaria na carne do homem, de Avraham, de seus descendentes e de todos que vivessem com ele. A partir dali, todos que nascessem meninos deveriam ser circuncidados ao oitavo dia, logo após o nascimento.

Gn 17:14 diz: "O incircunciso, que não for circuncidado na carne do prepúcio, essa vida será eliminada do seu povo; quebrou a minha aliança."

Parece simples não é? E de fato é! O homem que complica. Bom seria se todos tivessem a decisão de servir ao Eterno como Avraham; qual foi a atitude dele mesmo?

Gn 17:23 "Tomou, pois, Abraão a seu filho Ismael, e a todos os escravos nascidos em sua casa, e a todos os comprados por seu dinheiro, todo macho dentre os de sua casa, e lhes circuncidou a carne do prepúcio de cada um, naquele mesmo dia, como Deus lhe ordenara."

Imediatamente, no mesmo dia, circuncidou a si mesmo, ao filho, aos servos, e nada de arrumar pretextos para deixar para depois.

Agora pulemos um pouco da história para ler o que diz a Brit Chadashah:

Gl 3:29 "E, se sois do Mashiach, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa."

Nos dias atuais não é dificil imaginar uma familia que tenha um filho adotivo. Agora, imaginemos um cenário onde uma família tenha seus cinco, seis filhos, e um ou dois deles sejam adotados. Teriam esses "privilégios" ou leis diferentes dos filhos naturais? O filho natural cumpriria tais ordens, mas o adotado não, porque ele é adotado mesmo. Claro que não! A primeira consequência disso reside no fato de que o filho adotivo não se sentiria verdadeiramente "filho", pois seria "discriminado dentro de casa".

Voltando a Avraham, se ele tinha que circuncidar até mesmo os "servos comprados por dinheiro" porque não circuncidaria um filho, ainda que adotivo?

Lembremo-nos de que "quem não se circuncidar será eliminado do seu povo", ou seja, NÃO FAZ PARTE DO POVO.

Coloque-se no lugar do filho adotado, você iria querer "não se sentir parte da família?" Creio que não!

Ainda mais sabendo que até os empregados de Avraham eram circuncidados, certamente se perguntaria: porquê eu não posso? Porquê essa discriminação comigo?

Agora vamos voltar à Torah:

Quando HaShem propôs o pacto e mudou o nome de Avram para Avraham, este tinha 99 anos, idade em que foi circuncidado. Seu filho Ishmael, tinha 13 anos (Gn 17:24,25) A partir de então, já com Itschak, tão logo nascesse um menino, ao oitavo dia, este já era circuncidado. (Gn 21:4) Esse era o sinal de alguém inserido no pacto.

A bíblia já não mais necessitava relatar a cada novo nascimento de que "o menino foi circuncidado ao oitavo dia", mas certamente isso ocorreu com Essav e Yaakov, depois com seus doze filhos e seguia o ritmo natural, passando de pai para filho.

Um menino não cumpria a mitsva ao ser circuncidado, mas sim, o pai, ao circuncidá-lo. A criança não tem a opção de aceitar ou não "entrar no pacto", mas confirma que aceita quando chega a sua vez de circuncidar o próprio filho.

Assim foi até chegarmos à escravidão no Egito, e surgir Moshê, israelita, filho de Joquebede e Anrão. Ao fugir do Egito, ele acabou por conhecer e se casar com Tsiporah. Tiveram dois filhos, Guershon e Eliezer, mas quando o Eterno chamou Moshê, a Torah diz que D-us quis matá-lo. Por quê?

Êx 4:24-26 "Estando Moisés no caminho, numa estalagem, encontrou-o o SENHOR e o quis matar. Então, Zípora tomou uma pedra aguda, cortou o prepúcio de seu filho, lançou-o aos pés de Moisés e lhe disse: Sem dúvida, tu és para mim esposo sanguinário. Assim, o SENHOR o deixou. Ela disse: Esposo sanguinário, por causa da circuncisão."

Por não haver circuncidado o filho, Moshê foi digno de morrer, pois estaria fora do pacto do Eterno.

Uma vez cumprida a mitsva da circuncisão, Moshê pôde regressar e libertar o povo, numa caminhada de quarenta anos pelo deserto. Durante esse período, pelas condições inadequadas, o povo deixou de circuncidar os que iam nascendo. O que ocorreu então?

Js 5:2,3,5 "Naquele tempo, disse o SENHOR a Josué: Faze facas de pederneira e passa, de novo, a circuncidar os filhos de Israel. Então, Josué fez para si facas de pederneira e circuncidou os filhos de Israel em Gibeate-Haralote...Porque todo o povo que saíra estava circuncidado, mas a nem um deles que nascera no deserto, pelo caminho, depois de terem saído do Egito, haviam circuncidado."

Interessante observar o que o Eterno disse, após a circuncisão do povo:

Js 5: 9 "Hoje, removi de vós o opróbrio do Egito; pelo que o nome daquele lugar se chamou Gilgal até o dia de hoje."

Querer ficar com a "vergonha do Egito" é uma opção para aqueles que não se sentem verdadeiramente livres e parte do povo do Eterno.

Não, os pensamentos do Eterno não são iguais os nossos, Ele quer um povo com o sinal de Sua aliança, um povo livre do paganismo egípcio. E porque somos livres e filhos, descendentes e herdeiros da promessa a Avraham, a circuncisão não é uma opção, mas apenas uma mitsva, que devemos considerar como o "sinal da liberdade".
 
Continuará....



segunda-feira, outubro 22, 2012

Notícias da Teshuvah na Africa


Nesta semana o Rosh Yishai e Ezrah retornarão da viagem à Africa e Europa atendendo interesses da teshuvah nestes continentes. Depois de iniciada no Caribe e Estados Unidos, a teshuvah começou no continente africano através de contatos da internet e com a tentativa anterior da vinda do Mr. Gatitu ao Brasil (impedida pelo governo brasileiro, quando ele teve sua entrada negada já no aeroporto de São Paulo) tomou corpo na Africa com a ida do Abiezer em vários países lá, durante o mês de julho passado.
Na mesma época, o Rosh Yishai estava em Nova York, num congresso da Congregação nos Estados Unidos, e lá conheceu o sr. Bosman, líder na Africa do sul (Na foto acima, ao lado do Abiezer)
Depois de quase três semanas viajando, agora nossos líderes retornam ao Brasil trazendo notícias que devem ser divulgadas de maneira mais clara nas transmissões ao vivo dos serviços pela internet no próximo fim de semana; portanto, se você deseja saber mais sobre a teshuvah, na Inglaterra, na Europa e nos países africanos, não deixe de acompanhar as transmissões da tv israelita no próximo shabat. www.tvisraelita.com.br

*** Nos próximos dias também novidades acerca do congresso em Curitiba, entre 21 e 25 de dezembro.

sexta-feira, outubro 19, 2012

Casamento é bom hein! Mas que dá um nervoso, isso dá!

No último final de semana estive, junto com minha esposa Eliana, visitando a kehilah do Tucuruvi, no shabat, onde tive a oportunidade de fazer a explanação da parashah de Bereshit, e claro, abordei o tema de "não é bom que o homem esteja só" já me preparando psicologicamente para o casamento que eu celebraria no dia seguinte.
Domingo, nossos amigos de Campinas nos aguardavam e lá fomos para o casamento do Cristiano e da Jaqueline. Apesar de não ter sido oficialmente o casamenteiro deles, nos últimos meses, conversei bastante com o jovem casal e posso dizer que acabei ficando amigo da Jaqueline, porque do Cristiano eu já era há muito tempo, desde que fiz a tevilah dele, há mais de 10 anos atrás.
Eu e a Eliana fomos os primeiros a chegar, uma hora e meia antes do marcado, e então tranquilamente nos arrumamos por lá, fizemos nossas fotos (como é gostoso essa hora, só nós dois fazendo fotos) e à medida que o tempo passava, eu ia ficando um pouquinho mais nervoso. Até que finalmente deu 18horas, e pronto era chegado o momento, mas cadê a noiva? Tempo passa, e passa e eis que uma hora e meia depois do combinado, lá vou avisar os convidados que a noiva finalmente estava chegando. Por aí já dá pra imaginar o quanto eu estava nervoso, mas não podia demonstrar.
Quando começa a música, a cortina se abre e eu e minha esposa somos os primeiros a entrar (sempre achei terrível esse momento) percebi que não tinha mais volta, era hora de eu celebrar o casamento das crianças.
Acho que tudo correu bem, não devo ter feito feio, pois sob a pressão de quase duas horas de atraso, os noivos (e muitos convidados) tendo voo marcado para o fim da noite, consegui arrancar algumas risadas do povo, e a celebração cerimonial durou menos de uma hora.
Gosto muito do Cristiano, nunca vi alguém me agradecer tanto quanto ele, toda hora que a gente se cruzava na festa, ele me agradecia, que eu sou um doce de pessoa (kkk, só se for doce de maracujá, azedinho que só!) e a Jaqueline, torço pra ela se dar bem em Curitiba, que seja feliz.
Esse foi o segundo casamento que eu fiz onde eu fiquei mais nervoso, só ficou atrás do casamento do Paulo (que foi uma das testemunhas do casamento do Cris), até porque só fiz esses dois casamentos até agora. Sempre me neguei a fazer cerimônias assim, tenho pavor à entrada, todo mundo te olhando hehe.
Depois da cerimônia, no papo com os amigos, fiquei sabendo que tinha jovem que nem "namorado" tem e já estava falando de que eu seria o oficiante do casamento; fiquei feliz com isso, apesar de já começar a ficar nervoso com a responsabilidade.
O Cris foi a terceira pessoa a utilizar meu talit dourado; antes dele, só eu, nos congressos e em algumas festas e o Yoel Truppel, que também casou usando o mesmo talit. Acho que se alguém quiser casar com ele, tem que seguir as mesmas características dos dois anteriores: ser meu amigo, trabalhar comigo, e ser bonito (kkk, essa não precisa).
Por fim, a festa foi boa, muito papo com amigos e encerrada com um video no telão mostrando a história do novo casal.
De lá, fui para a casa do meu amigo zaken Nathan, Daniella, Serena e Ariel (o menino na foto que segura a ketubah). Agradeço pela hospitalidade deles, da Zenaide e marido, da Carla e Rafael, e porque não, do Rafael e da Mariana. Voltamos pra casa na tarde da segunda-feira. Enquanto isso, o novo casal já curtia sua lua-de-mel em algum lugar de Campinas, já que o aeroporto ficou fechado por mais de 2 dias.
Sejam bem-vindos à vida de casados Cris e Jaque. Jaque, ja que você veio pra Curitiba, boa sorte!

quarta-feira, outubro 10, 2012

Fim de festas, agora só em chanukah!


No último final de semana estivemos novamente em nossa kehilah, desde sexta-feira até segunda, para a celebração dos últimos dias festivos desse ciclo, que culminou com a celebração de Shemini Atseret e Simchat Torah. Nossa festa foi um tanto diferente dessa vez, graças às idéias da recém-chegada Alitsa Isabel e Eliana, que com a colaboração de todos, tornaram tudo muito especial mais uma vez.
Como era tarde de domingo, lá estavam mais uma vez nossos amigos de Prudentópolis, além do pessoal da região, Castro, Carambei, Socavão e PG.
Começamos como uma apresentação especial, surpresa pra todos, com tudo no escuro, e apenas quatro homens iluminados lá na frente, que fizeram o toque do shofar, os quatro ao mesmo tempo, o que deu um som muito bonito. Depois luzes se apagaram de novo, e no escuro, a Eliana e a Alitsa começaram cantando o Hatikva, enquanto a enorme bandeira de Israel subia (só ela iluminada) à frente do nosso Aron HaKodesh, culminando com o acender das luzes todas da Kehilah e uma apresentação de dança muito bonita, com o simbolismo da entrada e montagem de uma sucá, e todos dançando em torno dela. Depois do grupo, todos mesmo foram trazidos à frente e dançaram alegremente canções (normalmente cantadas num casamento).
Quando comecei a falar, fiz uma analogia do momento, com a união perfeita e a necessidade de um estar ligado ào outro, Torah, Israel e o Eterno, num casamento perfeito. Shemini Atseret, o oitavo dia, falava do prazer do Eterno em convidar seu povo de Israel para mais um dia de festa com Ele, como um encontro especial, único.
E nada como Simchat Torah, desenrolarmos todo o sefer Torah, e voltarmos ao Bereshit, quando imediatamente iniciamos o novo ciclo, sem tempo para descanso. Nosso desenrolar da Torah foi emocionante, com a participação de todos
Emociona a chamada à frente do Chatan Torah, que lê o trecho final, última aliah, última parashah, com a leitura daquela grande bênção da chamada do olê; desta vez, o honrado foi o zaken Ananias, e para o chatan Bereshit, também muito honrado, chamei o Gavriel ben Hever, que recentemente fez seu bar mitsvah. Ambos traziam o simbolismo do ancião, e do jovem como a esperança daquele que manterá viva as tradições de um povo.
Por fim, um grande encontro com Eterno e muita alegria só podia acabar em festa e churrasco, preparado pelo Ari e pelo Ilson, e que estava uma delícia.

Essa semana, logo após a festa, o Rosh Yishai e o Rosh Ezrah viajaram para Londres e para a Africa do Sul para prosseguirem levando a Teshuvah aos países distantes, processo iniciando recentemente e que esperamos que em breve, nesses e noutros países, possam estar celebrando as festas com a mesma alegria que estamos celebrando por aqui.

Eu, continuo trabalhando e festejando, já que no próximo final de semana estarei em São Paulo e Campinas, para celebrar o casamento do Cristiano e da Jaqueline. Depois tevilah em Ponta Grossa, e depois casamento da Suelen e Leonel em Curitiba, e vem aí  Chanukah e depois o Congresso em Curitiba... e só o Eterno sabe onde vamos parar com isso... haja agenda, haja fôlego pra tanta correria e celebrações.

Lição Infantil, temas adultos

Depois de alguns anos abordando as parashiot, nesse ano de 5773 voltarão a abordar outros temas, sempre trazendo um enfoque moral, procurando mostrar algo além de historinhas bíblicas, mas ensinos para um crescimento espiritual sadio para nossos pequenos. Começamos com pirkê avot, a Ética dos Pais, parte do tratado talmúdico.

Recomendo às professoras do departamento infantil a que leiam os dois cadernos (para adultos) de pirkê avot já publicados (3º tri de 2005 e 1º tri de 2007) e que preparem pequenas estorinhas e exemplos da vida cotidiana para ressaltar e fixar melhor os objetivos de cada um dos temas abordados. Bons professores desenvolvem as aulas antecipadamente, preparam os temas, as abordagens e compartilham conhecimento com suas crianças, estimulando-as a se desenvolverem com serenidade.

Espero que o Chinuch em nosso meio seja verdadeiramente uma transmissão dos valores judaicos às novas gerações, hoje tão carentes de apoio para seu crescimento espiritual.

Se você não recebe os cadernos de lição, seja infantil ou adulto, entre em contato com a Sede da CINA (41) 3377-2422 e solicite os cadernos que ajudarão a fazer do seu shabat um dia mais dedicado ao estudo e às mitsvot do Eterno.

Dias festivos pra alegrar a vida

                       

Nossas festas em Ponta Grossa sempre são motivos de alegria, apesar de todo o cansaço. É bem verdade que podemos ser felizes em qualquer lugar, mas é difícil achar um lugar onde me sinta melhor do que em Ponta Grossa, onde há mais de quatro anos temos encontrado abrigo, apoio, admiração e respeito por parte dos membros.
Não, não é perfeito, e dá muito trabalho morar em Curitiba e administrar grupos há mais 100, 200, até 300km de casa, mas que é gostoso, isso é. Nas festas é sempre uma correria, temos que sair de casa, ficar dias fora, posando na casa de um e de outro membro, mas é muito melhor viajar e estar com a familia e amigos do que em outro lugar qualquer.
Tivemos esse mês as três festas, Rosh Hashanah foi ótimo, contamos com a presença de todos os amigos, não apenas de Ponta Grossa, mas também de Telêmaco Borba, Prudentópolis, Francisco Beltrão, Curiúva e até de Catanduvas, com a visita pela primeira vez, do casal Klein. Depois, Yom Kipur, meio de semana, ficamos só entre nós de Ponta Grossa, mas foi uma ótima reflexão para nossa vida espiritual. Aí chegamos a Sucot, sete dias habitando em cabanas, pra exercitar a humildade, algo que todo mundo precisa, quer seja líder, quer seja membro.
Chegamos a Ponta Grossa na tarde do domingo e encontramos alguns chaverim finalizando a montagem da nossa sucá. Aí eu comecei a ver o envolvimento de toda a kehilah na festa, inclusive nossas crianças. Cada uma fez sua própria cabaninha em casa (certamente com a ajuda dos pais) seguindo a orientação das nossas ótimas professoras. Não dá pra colocar todas as fotos aqui, mas cada cabaninha linda saiu. Nessas horas que eu vejo como eu sou um rosh privilegiado... cada criança vinha toda orgulhosa falar comigo, me mostrar a sucá que haviam feito, e então eu fazia as fotos.
Não dá pra dizer qual era a mais bonita, pra não ficar elegendo quem é o melhor, até porque o espírito de sucot é justamente a humildade, e então todas ficaram bonitas, cada uma a seu estilo.
Nas fotos, vemos a sucá minúscula do Olavinho, que cabia na palma da minha mão, e também claro, ele a segurando orgulhosamente. Também coloquei a fotinho da sucá da Sarinha, a minha amiguinha, e a da Letícia Lelê, a mais bonitinha.
Cada uma das nossas crianças tenho um carinho especial, sempre procuro cumprimentar todas, algumas vem e me abraçam, outras a gente brinca, faço questão de demonstrar carinho por todas, e ser acessível a elas, porque elas me transmitem uma alegria e me revigoram as forças.
No Yom tov temos conseguido sempre fazer o shacharit, e nesse ano eu consegui estar alguns deles junto à congregação, que mesmo na ausência do rosh, tem celebrado o shacharit nos dias festivos.
Melhor de tudo é saber que minha familia me acompanha e sempre estamos juntos, seja nas festas ou em cada um dos shabatot durante o ano. Não conseguiria ser quem eu sou, desenvolver meu trabalho a cada dia sem o apoio da Eliana e das crianças, que só não se sentem mais à vontade em Ponta Grossa porque moram em Curitiba.
Se é pra ser grato a HaShem por alguma coisa, sou devedor eterno, porque são muitas coisas pelas quais sou grato, e seria injusto até com Ele se agradecesse por apenas uma coisa.

terça-feira, outubro 02, 2012

Lição do próximo trimestre


Acabei de levar hoje para a gráfica os arquivos do caderno de lições para o próximo trimestre. Escrito pelo Rosh Ezrah ben Levy, o livreto fala sobre o processo envolvido na morte de Yeshua. Com ela, entenderemos o cenário da época, os líderes, a visão de Roma, e quem foram os responsáveis pela morte do Mashiach.
A lição foi dividida em 4 sub-temas:

A - CENÁRIO HISTÓRICO-POLITICO DA JUDÉIA DO 1º SÉCULO
Lição 01 -  A província romana de Israel
Lição 02 -  Facções judaicas e suas relações político-sociais
Lição 03 -  O sacerdócio judaico e a sua relação com Roma
Lição 04 -   A era herodiana e sua relação com os judeus

B - A COMUNIDADE JUDAICA DO PRIMEIRO SÉCULO

Lição 05 -   Comunidade judaica e a expectativa messiânica
Lição 06 -   O aparecimento de Yohanan HaMatvil
Lição 07 -   O aparecimento do profeta Yeshua Ben Yossef
Lição 08 -   Impacto da mensagem messiânica de Yeshua

C - YESHUA E SISTEMA POLÍTICO RELIGIOSO DE SUA ÉPOCA

Lição 09 -  Os sinais que Yeshua fazia x Seus ensinamentos
Lição 10 -  Yeshua e a doutrina dos fariseus
Lição 11 -  Aclamação de Yeshua, e a purificação do Templo

D - QUEM MATOU YESHUA

Lição 12 -  As acusações e a trama para matar a Yeshua
Lição 13 -  O julgamento de Yeshua e sua condenação

Como é um tema contínuo, e sei que as lições não chegarão a tempo nas kehilot até o proximo shabat, sugiro que todos estudem um outro tema e aguardem a chegada do caderno, e assim, quando todos estiverem com o material em mãos, dá perfeitamente para estudar duas lições no mesmo shabat até colocar em ordem. Como é uma lição mais de comentários, com poucos versos bíblicos, irá requerer dos líderes um estudo mais profundo antes de apresentar o estudo diante da kehilah.

Este caderno atual será é muito bom, rico em argumentações históricas e que certamente contribui para desmistificar a questão da passagem de Yeshua entre o seu povo e os reais motivos de sua morte. Tais temas, sem dúvida fazem parte do quebra-cabeças que vai nos qualificar para falarmos, em tempo oportuno, ao nosso povo! Obrigado Rosh Ezrah!

quarta-feira, setembro 12, 2012

Casamento do Davi e Isabel

Final de semana de feriadão, oportunidade para viajar e passear com a família, se divertir? Que nada! Temos compromisso, tem casamento em Caxias do Sul, do Davi e da Isabel Alitsa. Mas quem disse que compromisso tem que ser chato? Esse foi é muito do bom.
Saímos na manhã da sexta-feira com nosso busão da alegria, com o pessoal de Prudentópolis e Ponta Grossa, viagem longa, demorada, cansativa, mas chegamos em Caxias do Sul e não tem como esquecer o cansaço, maravilha estar com o pessoal do sul. Chegamos no fim do cabalat shabat e aí abraços, alegria, como sempre e dormir, porque na manhã do shabat teria shacharit. Fui pela primeira vez para a casa do chaver Nélio, onde fui, junto com minha familia, muito bem recebido pela esposa e filhas.
Na manhã do domingo, todo mundo pro casamento do Davi. Já estou me acostumando a ser testemunha de casórios, e não tinha como negar para eles, afinal, ele é meu chazan em PG, e a Isabel chega para nos ajudar também, e de última hora, combinado com o meu amigo Rosh Elazar, eu iria fazer pelo menos uma parte na cerimônia, e decidimos que eu faria a prédica.
Lugar bonito, festa animada, pessoal de Vacaria pra nos alegrar, e por fim, cantaram até uma musiquinha, uma paródia, contando a história dos dois, mas mais do que isso, ficou o refrão da música, em referência à minha pessoa, que carinhosamente tenho trabalhado para acabar com o grupo de Caxias, tirando de lá, como bom casamenteiro, todas as jovens. Foi muito engraçado! Para sorte deles, eu sou um rosh bem-humorado... e amei a homenagem.

Casamento é sempre bom, cerimônias nem sempre, mas essa foi agradável, rápida, alegre, e teve de tudo, até o povo de PG saindo correndo no meio da festa pra pegar o ônibus e rumar para casa novamente.
Isabel, seja bem-vinda em nosso meio. Caxias, me aguardem, eu voltarei.... amo vocês!

Agora é me preparar emocionalmente para fazer o casamento do Cristiano, mês que vem em Campinas. Mas antes, próximo final de semana em Ponta Grossa, para a celebração de Rosh Hashanah, então antecipadamente, Shanah Tovah pra todos!

Bar Mitsva do Gabriel...

Já dizia o sábio: “Ensina o menino no caminho em que deve andar e até quando crescer não se desviará dele.”
Nosso povo tem a tradição de que, ao completar os seus treze anos, o menino está finalmente apto para ler a Torah, usar seu talit pela primeira vez e assim, fazer a transição da fase infantil para a fase adulta de sua vida. Claro que durante o processo de teshuvah, nem todos são capazes de compreender as muitas lições dentro dessa tradição, mas para os pais que valorizam e sabem incutir isso na cabeça dos seus filhos, o Bar Mitsva é algo muito importante e claro, muito aguardado.
No caso do Gabriel ben Hever, esse dia foi cercado de expectativa... havia meses ele já tinha ganho seu talit, que eu trouxe de Israel no ano passado. Ganhar um talit e não poder usar cria essa expectativa. Quando será o dia? Chega logo, tanto para pais como para o filho. E finalmente chegou, e foi um dia de bênçãos em dobro.
No shabat retrasado em Ponta Grossa, fizemos a cerimônia, onde o menino Gabriel se tornou no jovem homem, que leu a porção da Torah e, seguindo uma tradição nossa, fez uma breve explanação, com todo o nervosismo de praxe, mas ao fim, foi bem, para nossa alegria e orgulho dos pais Hever e Maderli. Na mesma noite, fizemos a apresentação da pequena Ana Helena, que acabara de chegar aos seus três meses de vida.
Depois, como é tradição nossa, festa, com muito SORVETE...
Mazal tov ao Gabriel, ao Hever, à Maderli e a pequena Ana Helena; que essa continue sendo uma familia dedicada e abençoada pelo Eterno.

segunda-feira, agosto 20, 2012

Festival de Inverno, valeu muito! Boas lições!


Hoje, uma semana depois de passado o Festival Judaico de Inverno, ocorrido em Caxias do Sul/RS é possível parar para analisar com tranquilidade tudo o que ocorreu, de bom e de ruim.
A primeira coisa é de que o Eterno está no controle de tudo e sei que nada do que pensamos no início ocorreu. A idéia basicamente começou no ano passado, numa das vezes que estive lá, visitando o amigo Rosh Elazar e família. Discutíamos a necessidade de um evento no RS pra unir mais o povo, e para fortalecer alguns aspectos, como a liderança. O tempo foi passando, as idéias foram sendo trabalhadas e no fim, ficou totalmente diferente, mas não posso dizer que foi um erro, apenas reconhecer que Deus faz nossos planos ainda melhores.
Pensamos numa organização, tudo bem planejado, com as pessoas sabendo antecipadamente exatamente toda a programação, as salas, onde elas iriam dormir, onde e que horas seriam as reuniões, quem dirigiria, quem seria o responsavel pela prédica, etc... e, na medida do possivel, deu certo, mas para a próxima, será ainda melhor.
Alguns dias antes do evento acontecer, as inscrições não alcançaram o numero esperado, foi um preocupação. Isso é algo que ainda temos que melhorar. Nosso povo precisa saber: É NECESSÁRIO SE INSCREVER  BEM ANTES, pois assim dá pra organizar tudo de forma perfeita. Por fim, nas últimas duas semanas, muita gente se inscreveu e foi ótimo, mas poderia ter menos correria.
Cheguei com minha esposa um dia antes do evento, ajudamos pouco, colocamos os nomes nas portas dos quartos onde cada pessoa ficaria hospedada. Bons quartos, para 3, 4 pessoas, com chuveiro, calefação (se bem que estava calor) mas tudo preparado. Só quem trabalha na organização de um evento sabe o quanto é dificultoso. Pessoas maravilhosas, trabalhando a noite inteira, sem dormir... tudo pra propiciar um evento agradável aos visitantes. Normalmente essas pessoas que trabalham tanto são as que não desfrutam nada, não veem as pregações, não participam dos serviços e tampouco são reconhecidas ou respeitadas por alguns.
Cabalat shabat gostoso, com o pessoal de Vacaria dando show na liturgia. Shacharit idem, e com o nosso sefer Torah, vindo diretamente de Ponta Grossa. Palestras de tarde, separadas para homens e mulheres, e o Arvit, com muita dança, alegria e uma breve prédica inspirada do Rosh Yishai, de apenas uma hora e cinquenta de duração. Depois, noite de brincadeiras na sala de jogos para os jovens, e enquanto os casados se deliciavam com uma noite romantica, terminada pouco antes das 4 da madrugada. Isso porque na manhã do domingo, tivemos o encerramento alegre com danças judaico/gauchas e muitos vestidos com trajes tradicionais, muito divertido. Por fim, churrasco gaúcho como não podia deixar de ser.
Dessa vez, tivemos tempo para conhecer muita gente nova, gente antiga de quem eu e minha esposa nunca haviamos tido a oportunidade de sentar, bater papo, tirar fotos, rir juntos. Foi ótimo!
De negativo, lamento a falta de reconhecimento de alguns e principalmente o desrespeito com o Rosh Elazar, brigando e desacatando a um líder que se dedicou tanto para o evento, só porque não tinha quarto exclusivo para o casal. Eu particularmente acho que não adianta se levantar para um líder e depois desacatar por coisa de menos importância. O rosh, muito generosamente remanejou pessoas para dar um quarto ao casal, mas vejo que as vezes, em situações assim, ganhamos a disputa com o rosh, mas perdemos o respeito. É uma vitoria da falta de respeito e honra a quem merecia toda a honra por tamanho esforço para organizar um evento.
Que nos próximos, tenhamos todos a mesma alegria, festa, comunhão, mas nunca nos esqueçamos de honrar aqueles que trabalham tanto por nós. Obrigado aos amigos de Caxias, cada vez mais em nossos corações.
Sim, o primeiro Festival Judaico de Inverno foi um sucesso, e agora eles que se virem para preparar um segundo FJI melhor ainda no ano que vem, porque vai ter mais gente!

terça-feira, julho 03, 2012

Parece que já nos acostumamos a concluir o caderno de lições em cima da hora, e infelizmente é o que tem ocorrido, mas não pensem que é de propósito, pois sabemos que são poucos os que trabalham na CINA escrevendo os cadernos e a agenda fica ainda mais complicada com viagens, congregações locais que necessitam de visita, reuniões e por aí vai. O fato é que hoje levei o caderno para a gráfica, e deve estar pronto até a próxima sexta-feira para ser distribuído às kehilot e membros isolados.
Dessa vez, os treze temas são:
Converter-se em Israelita
Um só Povo! Um só D-us!
A Primeira Aliança
Uma Nova Aliança
Yeshua, o Mashiach
Rebeldes sem causa
Aventureiros da salvação
Crescer pela Palavra
A Justiça da Torah
Liderança em Unidade
Tradição boa ou ruim?
Devoção Sincera
Aceitar Repreensão
Espero que os estudos preparados possam ser proveitosos às congregações na busca por um aperfeiçoamento espiritual que nos leve à uma Teshuvah mais perfeita a cada nova semana!

*** Como sabemos que a lição não chegará a tempo para o estudo já neste próximo shabat, solicito que entrem em contato com nossa Sede e solicitem por e-mail o arquivo com as 3 primeiras lições em pdf ou word.

segunda-feira, junho 18, 2012

Demorou, mas tá aí

Demorou, mas ficaram prontos os dvds do Oitavo Congresso de Adoração Israelita, que ocorreu em Curitiba. Na verdade, ficaram prontos há algumas semanas, mas com o acúmulo de coisas pra se fazer, acabei deixando pra fazer a divulgação apenas agora. Isso não deixa de ser algo bom, uma vez que quem esteve presente lembra-se de que foi muito bom, mas aslembranças vão ficando para trás, então nada melhor do que comprar os dvds, assim, ajuda a CINA e ainda mantém viva a memória, do dia em que teve o primeiro "desfile das delegações", o festival de danças, a participação do Rosh Gil Monrose, de NY ou qualquer outra parte do evento que você tenha gostado, como o cabalat shabat, os serviços de adoração, ou shacharit.

quarta-feira, maio 30, 2012

Jovens que querem ser alguém - Formatura do Paulo

Ontem estivemos na formatura do Paulo, agora Bacharel com licenciatura em Geografia pela UFPR. (O curso de Geografia da UFPR é reconhecido como o melhor do Brasil). Senti-me honrado como amigo por estar presente e foi bom. Há bem uns oito anos tenho acompanhado o Paulo, e, a despeito de erros, que todos os seres humanos estão sujeitos, sempre o admirei por algumas coisas. Não estou aqui para elogiá-lo, mas para falar sobre uma coisa que julgo importante: pessoas da Congregação terem seu valor reconhecido.
Há vários anos atrás, ouvi de um advogado, membro da kehilah, que ele era o "único" com diploma universitário em nosso meio. Não demorou muito, saiu (talvez o Eterno o tenha tirado justamente por sua arrogância) mas ainda vejo pessoas dizendo que precisamos ganhar gente de nível superior, e não nos damos conta de quanta gente já temos com o tal nivel superior (nesse caso, talvez vale aquele ditado de "santo de casa nao faz milagre", como membro formado já estando na kehilah nao vale)
Hoje, tenho o prazer de ver muitos jovens em nosso meio, formados como Bacharel em Geografia (Paulo) outros são formados em diversas áreas, como Odontologia, Matematica, Administração, Engenharia, Tecnologia da Informação, Letras, Historia, Nutrição, Direito, minha sobrinha Nathalia que está concluindo a faculdade de enfermagem...
É importante quando pessoas formadas se convertem, mas também é importante reconhecer as pessoas que estando na CINA vão se formando. São pessoas inteligentes, cheias de vigor e que podem colocar um pouco do seu talento à serviço da Kehilah.
Então, ficam aqui duas humildes dicas:
- Reconheçamos as pessoas que já estão na CINA, com seus níveis de estudo.
- Jovens, ofereçam-se para voluntariamente usarem seus talentos, dando aulas de geografia (geografia de Israel e bíblica pode ser um bom tema) matemática (para reforço aos nossos filhos que precisarem, ao invés de eles terem aulas particulares pagas a terceiros), pequenos tratamentos anti-caries, ensinar crianças a cuidar da saúde, aulas de inglês, dicas de primeiros socorros, etc...
Pensemos nisso!
** Ah! Parabéns Paulo Cesar Ferreira, geógrafo.

segunda-feira, maio 28, 2012

Shavuot: O que você vê?

Quando celebramos a festa de Shavuot, celebramos a outorga da Torah ao povo de Israel, isso é óbvio, mas quando celebramos nossas festas, elas têm que ir além do mero simbolismo. Tem que se tornar real.
Coloquei as fotos de nossa kehilah de Ponta Grossa no facebook e uma coisa é evidente, parece que estamos em outro lugar. Quase todo mundo elogia, alguns criticam (acho que é inveja) mas tem coisas nessa última festa que vão além, então eu quero colocá-las aqui.
De Pessach a Shavuot são 50 dias, e esses foram os 50 dias mais corridos para nossa congregação. Você vê a foto e acha bonito... eu vejo a foto e recordo o esforço de membros dedicados trabalhando até meia-noite, uma da madrugada pra terminar o revestimento a tempo.
Você vê o nosso vitral e acha bonito, eu vejo o sonho de um membro que esteve em Israel e voltou com a imagem imaginando como ficaria linda nossa kehilah com o vitral, onde Mosheh segura as tábuas da lei. É o sonho se tornando realidade. Porque os sonhos não podem ser somente os meus, do rosh, mas tem espaço para que todos sonhemos com a casa do Eterno.
Você olha o nosso Aron e diz: lindo! Eu vejo um trabalho de várias mãos, de vários meses, de onde não saiu sequer um centavo da Congregação. Vejo várias pessoas querendo colaborar, não apenas com dinheiro, mas FAZENDO o sonho virar realidade. E confesso, nunca imaginei que ficaria tão lindo.
Você olha e vê um menino segurando alegremente o sefer torah. Eu, eu vejo o Derik, uma de nossas crianças, que tem na congregação um parquinho pra se alegrarem, mas que demonstram seu melhor sorriso ao segurar o sefer torah.
Você vê o menino com um sefer torah e acha lindo, eu vejo a capa especial. Em minha ultima viagem a Israel trouxe a capa de lá, mas era usada, não muito bonita e então disse à minha esposa, não, pra D-us precisamos de algo mais bonito, melhor. Então fizemos, eu fiz o desenho (essa menorah tem o salmo 23 escrito nela), mandamos bordar e a Eliana costurou, e o resultado teve muito mais do que beleza, teve a dedicação em nossa casa.
Aí você olha a foto e vê o Athos, um jovem de Curitiba, que nem é membro em Ponta Grossa e se pergunta: porque ele está na foto e não alguém de PG? E eu vejo que o Athos representa todos os membros da CINA. A Beit PG é de todos nós, um sonho nosso, compartilhado com todos os nossos irmãos. Foi assim na festa, será assim sempre. O trabalho e a dedicação de alguns pode resultar em grande beleza, mas o resultado final é que todos podem desfrutar disso, pois todos serão bem-vindos e todos terão a oportunidade de celebrar o shavuot conosco, dançando com a Torah, pois Ela é de todos nós. 
Obrigado HaShem por termos chegado a esta época festiva, mas obrigado por podermos compartilhar o nosso sonho com tantas pessoas, porque sonhar é bom, mas sonharmos todos juntos foi e é muito melhor.

terça-feira, maio 22, 2012

Ela chegou... Alegria pra todos nós!

Parece que foi dia desses que conheci o Cleverson e a Maderli, mas lembro como se fosse hoje o dia. Eu tinha acabado de pregar num congresso lá no Colegio Militar ainda, e de repente, vem um rapaz que eu nunca vi e me pergunta de onde eu tirei um versículo que usei na prédica. Expliquei a eles e pronto... tempos depois, eis que HaShem me coloca pra ser o rosh desse casal. De lá pra cá, amizade, admiração e respeito. Carinho pelo Gabriel, que se tornou grande amigo do Abel, meu filho.
Novamente, passa o tempo e a Maderli fica grávida e é uma menininha. E novamente, parece que foi ontem, que estávamos lá na Beit PG, numa noite alegre fazendo o chá de fralda pra alegria dos pais.
Quinta-feira passada, eu bem sossegado fazendo compras no Walmart, toca meu celular... alô... oi é o Cleverson, to ligando pra avisar que nasceu a Aninha, faz 42 minutos.
Nessa hora, eu quis largar tudo no mercado e correr pra casa avisar a Eliana, mas não dava. Amigos são assim, a alegria de um, enche o outro de alegria. E fui feliz da vida pra casa. No dia seguinte, eu viajava de novo, só que pra Campinas, pois seria o casamento do Shimon e da Dara, outra coisa que eu não poderia faltar.
Estava lá, bem alegrão, quando toca meu celular dizendo que a Mader estava com problemas, e iria talvez passar por nova cirurgia... fiquei preocupado, orei, e como tem sido constante, confiei em Deus, e fiquei tranquilo.
Depois do casamento, chegamos em casa na madrugada da segunda. Acordei e falei com a esposa: Vamos para Ponta Grossa hoje. Eu detesto ir a hospitais, sempre passo mal, acabo ficando internado junto com o doente algumas vezes. Mas eu tinha que ir.
E quando estamos chegando em Ponta Grossa, telefonamos, e pronto, veio a notícia. A Maderli ja estava de alta, em casa com a filha. Aí foi beleza, visitinha sossegada, light.
Só que eu ja tive experiencia antes duas vezes. A Eliana me recomendando: não vai fazer a Maderli dar risada, ela fez cesariana, e quando ri, doem os pontos... Achei que a mamãe estaria toda mal, mas eis que a Maderli nos recebe e dá boas risadas... Enfim, amei a visita de segunda-feira.
Conhecer a Aninha é tudo de bom. Como diz o Gabriel, irmão dela: Ela é bonita igual o irmão! Então tá, seja bem-vinda Ana Helena, a mais nova pessoinha da Beit Ponta Grossa.
Com a mesma alegria que receberemos a Torah no próximo shabat, recebemos a você, como parte de nossa família, a familia da Beit Ponta Grossa.
Obrigado HaShem por ouvir nossas preces. Obrigado a todos que oraram por ela e pela Maderli.

quarta-feira, maio 16, 2012

De novo, gratidão.


Já faz um tempo que não posto nada aqui, mas em minha viagem a Israel tudo correu bem, e tenho que demonstrar gratidão ao Eterno e aos companheiros de viagem, pelo fato de tudo ter corrido de maneira especialmente perfeita.

Ao retornar, no último shabat, em nossa kehilah de Ponta Grossa, fui realmente surpreendido, pois quando fui fazer a bênção dos aniversariantes da semana, tudo estava correndo bem, até que o zaken Avinadav pegou o microfone e começou a falar que também era meu aniversário, e que queriam fazer a bênção do aniversariante sobre mim. Quando terminou, veio um bolo enorme, depois outro (nem vi direito, só sei que o povo comeu tudo) e uma mesa com uma duzia de pudins de leite só pra mim (caraca, eles sabem meus gostos) e além disso ganhei presentes, bíblia em inglês, linda, camisas e até uma lata de leite condensado. Isso sem contar um video de 37 minutos de agradecimentos dos membros. Fique até desidratado de tanto chorar. Foi ótimo!

Tem uma coisa que sempre falo: temos que demonstrar gratidão e fiquei muito feliz em perceber esse reconhecimento de minha congregação pelo meu trabalho em prol deles.

De volta ao trabalho, tenho passado parte do tempo traduzindo um livro chamado "Pirkei Chinuch, A guide for parents and teachers" e bem nessa semana, adivinha? Cheguei a uma parte que fala do reconhecimento. Então, quero só colocar aqui, uma pequena parte da tradução, nas páginas 65 a 68, que diz: “"Se alguém paga o bem com o mal, o mal nunca se apartará de sua casa" (Mishlei 17:13)
A ingratidão está ladeada com a degeneração. A Torah refere-se à esse tipo de pessoa como "grosseira" (nabal). Nabal, devemos nos lembrar, era o nome do homem cuja propriedade Davi e seus soldados protegeram, sem pagamento algum. Quando Davi solicitou de Nabal uma ajuda para suprir as necessidades de alguns de seus soldados, Nabal não tomou conhecimento de sua dívida com ele. Pelo contrário, ele respondeu a seu pedido com insultos. Então, o profeta nos diz: "Davi dissera: Com efeito, de nada me serviu ter guardado tudo quanto este possui no deserto, e de nada sentiu falta de tudo quanto lhe pertence; ele me pagou mal por bem." (1 Sm 25:21)...

A esposa de Nabal, Abigail percebeu o perigo em que seu marido se colocou. Ela correu a Davi e disse: "Não se importe o meu senhor com este homem bruto, a saber, com Ele é um grosso, porque o que significa o seu nome ele é. Nabal é o seu nome, e a loucura está com ele; (1 Sm 25:25) Sobre esse homem, nossos Rabbis disseram: "Aquele que não reconhece o bem que o outro lhe fez, no fim não reconhecerá o bem que recebeu de D-us." Neste sentido, o Sefer HaChinuch escreve sobre o mandamento de honrar aos pais: "Na base desse mandamento está o fato de que é apropriado a uma pessoa reconhecer a alguém que lhe faz o bem e retribuir sua bondade. Ele não deve ser um "grosso" que age com ingratidão, como se nada tivesse acontecido. Essa é uma característica ofensiva e nojenta aos olhos de D-us e aos olhos de seu companheiro.
Analisando, compreendemos que o egocentrismo é a raiz da ingratidão. O ingrato deseja tomar tudo que for possível para si próprio, seja da maneira que for, pois ele erradamente pensa que merece tudo. De fato, tudo foi criado exclusivamente para ele. Quando seu amigo ou cônjuge lhe dá algo, ele não sente necessidade de responder reciprocamente. Ele nem mesmo entende que tem a obrigação de dizer: "obrigado".

Não dá pra colocar toda a tradução aqui, mas se pegarmos o contexto, demonstrar gratidão pela bondade a nós demonstrada é sempre algo bom. E como diz no livro: "A ingratidão é uma característica ofensiva aos olhos do Eterno."

terça-feira, maio 01, 2012

A Yeshiva Breslav de Jerusalém



Nessa viagem temos experimentado deixar que o Eterno nos guie, pois não decidimos um roteiro fixo. Saímos, e que HaShem seja nosso guia. Hoje de manhã não foi diferente...

Eu, acompanhado do Maxwell e do Mordechai, saí para rezar no Kotel pela manhã e levar as preces de nossos chaverim do Brasil. Lá, a cada papelzinho entregue, eu procurava colocar a pessoa que o escreveu diante do Eterno, pedindo a HaShem que ouvisse a prece, e que atendesse, conforme diz a palavra na oração de Shlomo... que HaShem ouça a oração feita por aquele que viesse de terras distantes e orasse neste lugar.

Ao terminar minha prece, um senhor veio falar comigo, e me convidou a conhecer a Yeshiva de Breslav, que era ali pertinho do Kotel. Depois de relutar um pouco, ele insistiu dizendo que lá era um bom lugar para rezar, e que teria uma vista maravilhosa do Kotel, e do Beit HaMikdash. Aí fiquei curioso, porque todo mundo sabe que o Templo já não existe mais.

Resolvemos o seguir, e ele foi me explicando algumas coisas, falando que eu precisava conhecer e frequentar a Yeshiva, e que juntos poderiamos rezar pela vinda de Mashiach.

Ao chegarmos na Yeshiva, fui conversando com ele, enquanto atrás, o Maxwell fotografava e o Mordechai filmava quase tudo. Lá dentro, um outro aluno da Yeshiva veio e nos ofereceu água, café, e disse: pode beber, é free... dei risada.

O homem me mostrou todos os lugares, o lugar onde faziam as refeições (e disse: se tiver fome, pode vir comer aqui, é de graça) depois fomos à sala onde estudavam e lá tinha vários homens rezando e estudando. Subimos mais ainda até à vista superior, no mirante, onde ele me mostraria o Beit HaMikdash.

A vista era linda, dava pra ver o Kotel, o Domo da Rocha, parecia tudo muito perto, e ele me disse: "Ali é o Beit HaMikdash, não conseguimos ver agora, mas em breve ele estará visivel." Aí ele apontou para toda a área do pátio, e disse: A área toda do Beit HaMikdash vai dali (esquerda) até lá (direita) e tudo isso vai ser transformado. Vê alí, o Monte das Oliveiras? Sim, vejo! E ele segue: Mashiach descerá e entrará por ali, e aqui será de novo o Beit HaMikdash. Não precisamos lutar contra os muçulmanos que aqui vivem, nosso rabino de Breslav disse que não convém lutar, precisamos é ter muita fé e rezar pra que Mashiach venha logo, e então, num clique, tudo se transformará...

De novo digo, a vista era linda, o papo estava ótimo, mas precisávamos voltar para o hotel. Essa visita, em mais um lugar que nunca havia estado, valeu a pena.


Em dado momento da conversa, ele disse algo assim: "Isso que usamos, os trajes, a barba, isso não representa nada. Quando você coloca seu talit, seu tefilin, e faz sua oração e se sente feliz por isso, feliz pelas mtisvot, pelo shabat, isso é o que vale. Você pode ter qualquer coisa, se você não sente a Deus, você não tem nada.Se você sente Deus, você tem tudo!"
É isso amigo, cada passo uma lição aqui em Jerusalém!

segunda-feira, abril 30, 2012

Lição de um Rabino de Jerusalém




Nesses dias aqui em Jerusalém tenho caminhado bastante, e numa das andanças fomos ver que horas seria o cabalat shabat na Grande Sinagoga de Jerusalem. Era sexta-feira pela manhã. Então, entramos na sinagoga e com a permissão do porteiro, fomos fotografando tudo lá dentro (coloquei fotos e videos no facebook sobre isso).


Ao entrar na área principal, onde são realizados os serviços, reencontrei o rabino que tinha visto nos anos anteriores. Ele estava lá, iniciando explicação para um pequeno grupo de pessoas. Enquanto fotografava, fui me aproximando para ouvir o que ele dizia. Ensinava sobre o tempo em que HaShem falava diretamente aos profetas e fazia uma co-relação com nosso tempo, quando nós é quem falamos com o Eterno, através da tefilah. Quanto mais nos dirigimos a Ele, mais próximo Ele se torna de nós, e é como amizade... assim seguia a palestra do rabino. Depois, ele falou sobre a sinagoga em si, sobre os vitrais, os lustres, mostrou a importância do Aron HaKodesh, onde guardam os tesouros mais valiosos do povo, (eu contei) mais de 20 sefer torah.


Depois de o grupo sair, pedi um minuto da atenção dele, e muito educadamente ele me pediu que aguardasse até que ele colocasse o novo Sefer Torah recebido da família cujo menino faria o bar mitsvah na manhã seguinte.


Então veio ele, conversou conosco, gravou uma mensagem para nossa comunidade, e brincou com o nosso pessoal, perguntando a cada um sobre o que faziam. No fim, nos convidou ao cabalat e shacharit de shabat, quando estaria o grande chazan "Chaim Adler". No cabalat, sinagoga cheia, sentamos no fundo e quisemos passar despercebidos.


No shacharit, chegamos cedo, pouca gente, e assim que nos viu, o rabino me deu sinal para sentarmos próximos a ele, nos bancos da frente, e então eu fiquei o observando.


Ele já é um senhor, e levantava-se com frequencia, para cumprimentar quase a todos que chegavam. Quem vinha com crianças, o rabino tinha, junto a seu assento, uma sacola cheia de pirulitos, e ele mesmo ia até a criança e entregava um pirulito junto com um sorriso, que era prontamente retribuído pelas crianças.


O shacharit corria, e chegamos o momento do Bar Mitsvah ler a Torah. Qual não foi minha surpresa, quando o rabino se aproximou com 5 livros grandes (como a nossa torah que usamos no Brasil) e entregou um pra cada um de nós. Aí ele disse: a parashah de hoje está na página 137. Era a de Acharei Mot/Kedoshim, onde comumente dicursamos sobre a maledicência. Os gestos daquele rabino nos mostram que não precisamos viver a falar de maledicência, mas podemos transformar nosso linguajar para ao abrir os lábios falarmos coisas boas de pessoas boas.

Fomos embora e eu vi que sim, é possível ser um bom rabino sendo um rabino BOM. Atencioso, prestativo, humilde e generoso, servindo ao povo. Foi isso o que Yeshuah ben David disse, certa vez: "Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos." (Mc 10:43-45) Um rabino assim que eu quero ser quando crescer! Essa é minha prece a HaShem aqui em Jerusalém.

quinta-feira, abril 12, 2012

Conselho meu, do Rosh Yishai, da Brit Chadashah e do Tanach



Por favor, antes de ler, assista ao video acima. Já dizia o sábio: “Melhor é o jovem pobre e sábio do que o rei velho e insensato, que se não deixa mais admoestar.” (Ec 4:13) Aceitar conselhos é difícil, mas mesmo assim, repasso este video, com um trecho pequeno de uma prédica do Rosh Yishai feita em março, que eu acabei de editar para um programa de tv.

Como disse Shaul HaShaliach: “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convém.” Confesso que tenho saudade de alguns anos atrás, quando só bebíamos vinho no Seder, e não havia espaço em nossas geladeiras para latas e mais latas de cerveja.

Não que seja contra a bebida em si, apesar de eu mesmo não apreciar, mas não dá pra fechar os olhos para o que ocorre hoje em dia. Sinto-me envergonhado com algumas coisas. Vejo mulheres lamentando seus maridos bebendo litros de cerveja, e gastando dinheiro naquilo que é desnecessário.

Nunca, repito, nunca tivemos necessidade de beber pra sermos livres. Não é “coisa de crente” ser prudente. Uma coisa é o homem, de vez em quando, tomar uma latinha de cerveja, beber uma ou duas taças de vinho, mas achar que é bonito beber 7, 8, 10 latinhas, ah aí já é beeemmm diferente. Não são raras as mulheres que choram, lamentando a atitude dos maridos, que não aceitam quando elas se queixam que eles já passaram do limite do tolerável.

Ser israelita não é sinônimo de beber cerveja, vinho, whisky, vodka ou qualquer coisa associada a isso. Qual a diferença entre o bêbado consciente e o bêbado inconsciente? É que o bêbado consciente sabe que é feio, que está sujeito a fazer coisas erradas, como dirigir e matar alguém no transito, mas não consegue deixar de beber. O bêbado inconsciente acha bonito beber, e não vê mal nenhum nisso, e nunca, nunca considera que já passou do limite.

Tudo bem, não quer seguir meu conselho, não quer ouvir o Rosh Yishai, leia a Torah, leia a Bíblia inteira e aprenda com exemplos:
- Noach, tsadik, bebeu, ficou bêbado, nu, e foi chacota para o próprio filho (Gn 9:21-23) Quem bebe, perde a noção do ridículo.
- As filhas de Ló deram vinho ao próprio pai, o embebedaram, para se deitarem com ele. (Gn 19) Quem bebe, perde a consciência.
- Ana (não tinha bebido) mas foi tida por bêbada perante Eli, o homem de D-us. E ele ordenou que ela se apartasse do vinho. (1 Sm 1:14,15)
- Nabal, bebeu, fez coisa errada, quando voltou a si, ficou com o coração amortecido, quando sua esposa Abigail lhe contou o que ele fizera. Resultado da bebedeira, foi morto por HaShem. (1 Sm 25:36-38) Será que se ele tivesse dado o banquete, mas não se embebedado, teria morrido?
- Há outros exemplos de que a bebedeira só trouxe malefícios, como o rei Assuero, mas exemplos não servem para aqueles que dizem: Ah! Mas eles ficaram bêbados, eu nunca fico bêbado. Eu bebo socialmente... Ora, socialmente é até o ponto de não constranger os outros, envergonhar a esposa e filhos, e socialmente, uma ou duas taças já é o suficiente.
Além disse, veja o que diz o sábio Shlomo HaMelech:
“Quem ama os prazeres empobrecerá, quem ama o vinho e o azeite jamais enriquecerá.” (Pv 21:17)
“O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio.” (Pv 20:1) Vencido pela bebida é todo aquele que vai almoçar, tem que ter cerveja, que acha que um jogo de futebol, uma reunião com amigos, uma festinha, nada tem graça se não tiver cerveja... esse, já perdeu para o vinho, para a cerveja... perdeu a vergonha, perdeu o senso do certo e errado e pior, é como o velho que não se deixa admoestar.

Sei e entendo que é permitido vinho, até o próprio Salomão disse que o vinho alegra o coração do homem, Shaul HaShaliach recomenda a Timóteo beber UM POUCO de vinho por causa de suas constantes dores de estômago, que Yeshua tomava vinho, etc... mas é o que o Rosh Yishai disse na prédica do vídeo acima, citando o verso da Brit chadashah: “Aquele que deseja ser um rosh, ....não dado ao vinho.”
Beba vinho, beba cerveja, mas tenha consciência das coisas. Uma latinha tem menos de 400ml, porque isso é o suficiente para uma porção individual. Mais do que isso, é pra passar vergonha e causar constrangimento às pessoas. Pense nisso!

segunda-feira, abril 09, 2012

Quem encontrará o afikoman?

Sei que todo mundo gosta de ver as fotos de Pessach, a decoração, como foi o jantar, quantas pessoas, etc... tudo isso é legal, mas e quem achou o afikoman? Porque crianças saem para procurá-lo e não adultos?
O afikoman pode ter vários significados, mas em nossa hagadah está escrito algo como “assim como Mashiach esteve oculto, para voltar a aparecer, assim ocorre com o afikoman”, ou seja, ele deve nos lembrar de Mashiach oculto. Embora muitos acreditem que o encontraram, na verdade não acharam nada nem perto de ser parecido com o verdadeiro afikoman do Eterno. O Mashiach judeu, guardador da Torah, justo, tsadik, que cumpriu a lei com o entendimento, com o coração, mais, muito além do que o que leva tudo em sentido literal.
Mas crianças, Yeshua Rabeinu nos diz: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira alguma entrará nele.” (Lc 18:16,17) Só as crianças são capazes de encontrar o afikoman, porquê? Porque, na sinceridade do coraçãozinho de cada uma delas, elas percebem que há algo de especial naquele pedaço de matsah. Ele traz consigo um tesouro, um pedido, um único pedido que a criança faz ao pai e ele o concede.
Yeshua fala sobre isso: “tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis.” (Mt 21:22) É preciso crer que há algo de especial no afikoman. Crer com a pureza de uma criança.
O pequeno menino, que achou o afikoman dessa vez, podendo pedir qualquer coisa, pediu ao pai que eles fossem juntos ao cinema. E o pai atenderá... Que adulto pediria algo assim?
Essa é a grande diferença entre adultos e crianças, a pureza, os valores, muito mais verdadeiros numa criança do que num adulto que olha e só vê $$$$$ cifrões à sua frente.
E para concluir, escrito está: “Naquela hora, exultou Yeshua no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.” (Lc 10:21)
Só que são os puros, os simples, os não avarentos, os humildes e pequeninos, e os que procuram o verdadeiro afikoman é que, como crianças, serão merecedores do Mundo Vindouro.
Ah! Sim, nossa festa foi linda, incrivel, emocionante e alegre. Chag Sameach!

Pensamento da semana: Lavar os pés!

Muitas vezes me questiono se o lava-pés antes do Sêder de Pessach é uma coisa válida, porque parece que para muitos isso não passa de uma cerimônia. Tudo bem, tá certo que Rabbi Yeshua não foi compreendido por seus discípulos, pois teve que ensiná-los e perguntar: Entendem o que eu vos tenho feito?
Ele dava ali uma lição de humildade, e disse: "Se eu, sendo Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós também deveis lavar os pés uns dos outros." Como a lição não era de como lavar os pés, mas de humildade, presume-se que "Como eu fiz, vocês devem fazer", isto é, dar lição, não na teoria, mas na prática, de humildade. Ele era o MESTRE. Mestres têm que SER humildes, não ficar se achando. Essa é a única maneira de ensinar a humildade.
Humildade é não fazer questão de ser o primeiro, de ser o compreendido, mas de compreender aos outros, de ouvir primeiro, e não de ser aquele a quem tem que ser ouvido. Uma das primeiras coisas que fiz ao assumir uma congregação há quase quatro anos foi mudar o lugar onde estaciono o meu carro. Cada dia paro num lugar. Porque? Porque o líder anterior fazia questão de ter a vaga dele. Se alguém estacionasse lá, teria que sair, pois aquela vaga era exclusiva.
Nunca vi Yeshua, nosso Mestre dizer: Ei, tira seu camelo daí, porque é o lugar de eu estacionar o meu! Hoje, se você observar bem, pessoas têm seus próprios lugares nas sinagogas, e ai daquele que se sentar no lugar errado. Desculpem, mas credo! Brigar por causa da porcaria de um assento, de uma vaga de estacionamento, de agora é minha vez de falar... misericórdia!!!
Humildade, humildade, é tão dificil entender o que Mashiach ensina...
Quando vamos lavar os pés uns dos outros, nos inclinamos, ajoelhamos e pegamos com nossa (limpíssima) mão numa das partes mais que mais acumulam sujeira, os pés do outro. Isso tem que nos ensinar algo!
É hora de mudar da teoria para a prática, de aprender a dar a preferência, de dizer obrigado, de não se achar digno de glórias, elogios, mas de respeitar e dar a honra aos outros.
Porque o mesmo que disse: assim como eu vos fiz, façais vós também, sim, esse mesmo também disse: aquele de vós que quiser ser o maior, seja este que vos sirva.... porque alguém não veio para ser servido, mas para SERVIR. Isso é humildade!
Quando todos forem mais humildes, talvez aí estejamos realmente próximos de sermos merecedores de presenciarmos a vinda de Mashiach e o Olam Rabah!
Por isso, o lava-pés é antes do Pessach, porque antes de sermos livres, devemos ser humildes. Ou melhor, só seremos verdadeiramente livres, quando aprendermos a lição da humildade.

Casamento Josiel e Thamyres

Já faz alguns dias, eu pueli alguns eventos, porque acabei não tendo tempo para colocar as fotos e tudo em dia aqui, mas vamos que vamos, continuando. E não existe nada melhor pra alegrar do que uma festa, festa de casamento, jantar grátis, e "a vítima da festa" dessa vez atendendo pelo nome de Josiel Sutil.
Deixando as sutilezas de lado, foi legal, em plena noite de segunda-feira, sairmos correndo do trabalho pra colocar um terno e rumarmos para o restaurante onde a festa aconteceu.
A noiva Thamyres é filha da Marinalva e neta da famosa Matilde Dias, do amado Nilson Dias, que foi o oficiante do meu casamento há 16 anos. Já o Josiel, filho da Jael, trabalha conosco aqui na CINA, no Departamento Financeiro. Os dois são aqui da Beit Sede, de Curitiba.
O zaken Shelumiel foi o oficiante da cerimônia, que foi rápida, dando espaço pra festa que rolou por algum tempo, com musica, danças e alegria. Digno de menção é a Meire, tia da noiva, que fez uma imitação perfeita do Michael Jackson, na música Thriller.
Parabéns aos noivos e que a felicidade desses dias de lua de mel possam se estender por longos anos.

terça-feira, março 27, 2012

Crianças na lição: incentive!

A gente nunca o quanto uma atitude nossa é capaz de influenciar as pessoas, especialmente as crianças, então quero compartilhar algo que julgo importante e já falei sobre isso antes. O poder do incentivo às nossas crianças, através do caderno de lições infantil.
Há muitos anos, minha esposa Eliana escrevia os cadernos de lição para as crianças, e depois de um tempo eu comecei a ajudá-la e estou até hoje fazendo. Um dia, ela teve a idéia de colocar desenhos das crianças no caderno, então muitas mandavam suas cartinhas na expectativa de que seus desenhos fossem os escolhidos. Isso vem de tempos, lembro-me de alguns (hoje adultos) que relataram a emoção de ter seu desenho publicado.
Hoje, além dos desenhos, há a possibilidade de as fotos da turma aparecerem. Comecei há alguns trimestres atrás e lembro-me da Kehilah de Campinas Centro, que foram os primeiros a aparecer, e a professora me relatava da ansiedade das crianças para chegar logo o caderno do trimestre até que eles viram seus rostos impressos lá. Depois vieram outras kehilot, como Ponta Grossa, Joinville e Curitiba e agora, esse trimestre teremos as crianças da Congregação de Sumaré, na região de Campinas.
A Dara me entregou as fotos e desenhos e com certeza as crianças ficarão felizes ao se verem no caderninho.
Não custa muito, e funciona como um grande incentivo para pais e professores e quem sabe, lá no futuro, quando essas crianças forem adultas ainda irão se lembrar do dia em que seus desenhos sairam na lição...
Professoras, pais, incentivem, porque qualquer esforço (ainda que mínimo) que fazemos para nossas crianças poderá produzir resultados inesperadamente positivos, mas por outro lado, qualquer negligência, pode resultar em verdadeiras catástrofes espirituais.

segunda-feira, março 26, 2012

LeAched! Presente! Mesmo sem ir...

Nesse último final de semana tivemos o encontro LeAched, em Caieiras/SP. Fico feliz que até aqui as informações que tenho foi de que o evento foi um sucesso total, bastante gente e como sempre, músicas, danças e alegria no reencontro dos chaverim. A obrigação me chama e tive que ficar, onde participamos do cabalat em Curitiba (no momento em que o pessoal entrava no ônibus rumo a SP) e pela manhã, rumamos para Ponta Grossa, onde a minha congregação me aguardava, já bastante desfalcada pois alguns foram a SP, outros estavam em Vacaria/RS e o zaken Avinadav esteve em Telêmaco Borba.
Não pude ir ao LeAched, mas fui lembrado por algumas pessoas, e em especial o amigo Nilder Pousa, mineiro de Itaúna, que tem trabalhado muito junto com alguns chaverim e HaShem tem abençoado o trabalho deles, já com um pequeno grupo de interessados na teshuvah se formando.
Sempre conversamos pelo msn e ele um dia me viu usando uma camisa do Inter (que ganhei dos amigos de Vacaria) e falou que eu merecia usar algo mais bonito, então eis que hoje, acabo de receber algo que, segundo o Nilder, é mais bonito que a camisa do Inter/RS.
Para mim o mais bonito é ser lembrado pelos amigos, mesmo num encontro com 300 pessoas o cidadão sentir minha falta, isso que é especial. Mas claro, fico feliz por mais uma camisa pra minha coleção...
Hoje, falando com ele, já me fez lembrar das camisas que ganhei: Cruz Azul (México, quando estive lá em 2001), Porto (Portugal, ganhei do Rosh Vilson) Velez Sarsfield (Argentina, do Rosh Benjamin) e do Inter, claro, do pessoal de Vacaria. Amigos verdadeiros são aqueles que sabem dar presentes que agradem... e sentem a falta um do outro, mesmo há centenas de km de distância.