Lv 19:11 “Não
furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo;”
Quem nunca caiu numa pegadinha de primeiro de abril? Desde
criança vemos que esse dia é dedicado a brincadeiras, contar pequenas mentiras,
e depois dizer: PRIMEIRO DE ABRIL.
Hoje, ao vir trabalhar, no radio, o locutor contava a
história que originou esse dia da mentira. Contava que a tradição começou na
França, quando o rei Carlos IX, na época de 1564 instaurou o calendário
gregoriano, passando a celebrar o ano novo em 1 de janeiro, e aí os franceses
começaram a brincar, porque antes o ano novo começava com a primavera, numa
festa que ia de 25 de março a 1 de abril. Mas, verídica ou não, essa conversa
não tem nada a ver com o hábito de faltar com a verdade. Mas por qual razão mentimos?
Muitos mentem para tirar vantagem, outros mentem para
prejudicar a alguém, outros mentem por medo e outros mentem pelo prazer de
mentir.
Fato é que crianças quando aprontam travessuras aprendem a
mentir para os pais, fugindo do castigo. Depois, à medida que crescem,
desenvolvem o dom da mentira.
Brincar só tem alguma graça no primeiro de abril. Na maioria
das vezes, já nem nessa data tem. Falar a verdade é sempre o melhor.
Tempos atrás estava numa conversa e tinha absoluta certeza de
que a pessoa estava mentindo, e eu ali, ouvindo a estória e vendo até onde iria
aquilo. No fim, mesmo mentindo, aquilo “passou por verdade”. Depois,
conversando, a conclusão foi de que a pessoa mentiu por receio de assumir a
verdade.
Seja como for, é importante reconhecer que todos nós somos
pecadores, cometemos erros, e o melhor caminho é sempre o do arrependimento e
da verdade. Isso é Torah.
Além de não mentir, a Torah diz: “não usareis de falsidade
cada um com seu próximo.” Fingir sentimentos de amizade também é, de certa
forma, mentir. Mas de todas as formas, fingir é ser falso e pecar.
Paulo diz: “Por isso,
deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos
membros uns dos outros.” (Ef 4:25)
Quando eu era criança e mentia, escutava sempre a repreensão:
“Você sabe quem é o pai da mentira? É o diabo!” Atualmente, o mundo anda tão
falso e mentiroso que eu costumo pensar:
“fulano é tão falso quanto uma nota de R$ 35.” Mas sei lá, vai que o governo
unventa uma nota de tal valor!
Repito, todos erramos, mas é preciso que tenhamos a coragem
de seguir o que Paulo disse: “deixando a mentira, fale a verdade.”
Nesse dia da mentira cabe a reflexão acerca do quanto de
verdadeiros precisamos ser. A bíblia está repleta de textos que falam acerca do
mentiroso, dos castigos, mas também do quanto é bom falar a verdade.
Pv 30:8 diz: “afasta de mim a falsidade e a mentira...” e o mesmo livro diz: “O que encobre as suas
transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará
misericórdia.” (Pv 28:13)
Que nesse dia da mentira, sejamos verdadeiros, e que o Eterno
nos possibilite de vermos a verdade através das mentiras e nos dê a capacidade
e a humildade para reconhecermos quando falseamos a verdade e que, ao
confessar, sejamos achados dignos de alcançar a misericórdia. Pelo nosso bem e
pela paz proveniente de noites tranquilas vindas de uma consciência limpa de
quem fala e faz a verdade.
A propósito, mentir não faz o nariz crescer. Feliz primeiro de abril!
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