Mt 23:37 “...Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos,
como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas...”
Gosto de meditar sobre os fatos cotidianos e corriqueiros de
nossa vida; e hoje, enquanto vinha para o escritório, só conseguia pensar em
uma coisa: Que título daria à minha meditação de hoje! Explico:
Quando nascemos somos totalmente dependentes de alguém que
nos cuide. Um bebê é completamente indefeso, mas à medida em que crescemos,
vamos nos tornando mais “independentes” mas podemos ter a idade que for, sempre
teremos nossos pais para nos estender a mão. Pelo menos, isso é o que ocorre
com a maioria de nós.
Durante nossa infância, o pai é quase sempre aquela figura de
um super-herói, que “protege”, “fortão” que nos dá aquilo que precisamos,
etc... mas a mãe, ah, a mãe é insuperável. Lembro-me de filmes como “Spiderman”
em que o herói, ao aconselhar umas crianças, atônitas sobre tudo que ele é
capaz de fazer, diz a elas: “comam bastante frutas e legumes.” Já uma mãe, ao
aconselhar diria: “tenha um bom coração.”
Pais são mesmo diferentes e isso não é culpa de um ou outro,
é histórico; pai sempre fala para o menino: “engole esse choro, homem não
chora” e coisas do tipo. Mães, pegam o filho no colo, e não importa que tamanho
tenham, elas sempre os enxergam como “meu menino”.
A noite passada saí com meu pequeno Ariel e o Israel (filho
da amiga Kelly) e fomos no cinema, daí um sorvetinho, refrigerante, salgadinho
e filme infantil (Rio 2) Pronto, supri a necessidade dele por diversão.
Enquanto isso, a mãe atendia a outro compromisso. No fim, chegamos em casa,
jantar, banho, cuidar da bebê, etc... e pronto, já era uma da madrugada. Daí o
Abel lembra a mãe que ela “tinha” que preparar um lanche especial para o
trabalho dele na aula de hoje cedo. Eu já não aguentava mais de sono, e
apaguei. Hoje cedo, me deparo com um belo potinho e o tal lanche preparado do
jeito que o filho gosta, com um recadinho carinhoso em cima, desejando boa
aula. Como diria o gaúcho: “Bah! Quase chorei”
Aí fico pensando: eu não faria isso, de madrugada, cansado,
preparar lanche especial para trabalho escolar do filho? Nem pensar! Por mim (e
para a maioria dos pais) passava hoje cedo numa panificadora, comprava um bolo
de ontem e pronto!
Mas é assim, se formos olhar, o pai sempre tem aquela figura
mantenedora, de não deixar faltar nada em casa; na maioria das vezes, quando um
filho se aproxima e o abraça, os pais já dizem logo: “Ih, que que você tá
querendo dessa vez? Já vi que vou ter que comprar algo...” E na maioria das
vezes não, os filhos só querem um pouco de atenção e carinho.
Deve ser por isso que está escrito: “Qual dentre vós é o pai
que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir um peixe,
lhe dará em lugar de peixe uma cobra?”(Lc 11:11)
Já a mãe, é aquela que, como uma galinha, reúne os pintinhos
sob suas asas, e protege, abraça, cuida,
chora, dá amor (de um jeito diferente do pai) e faz com que os filhos se sintam
únicos. Como minha esposa sempre fala para nossa bebê: “Éu amo tanto nossa
filha que chega a doer.” E deve ser assim mesmo. Pena ser homem pra não sentir
tamanho amor.
Espero que entendam a minha meditação de hoje. Não é uma
crítica aos pais, mas um reconhecimento a D-us pela figura da mãe.
Dias atrás minha esposa chorava, e foi me contar o motivo:
Nosso primogênito já está grandão, bonitão, com seus 14 anos, e ela estava
sofrendo, porque sonhou que ele estava casando e indo embora de casa. E o que
um pai faz nessa hora? Eu ri... mas depois senti o mesmo aperto no coração, só
que “homem não chora” e então falei que isso é da vida, criamos os filhos pra
eles se casarem mesmo e tal... homem é um bicho meio tonto mesmo hehe.
Enfim, pode parecer meio estranho, mas como pai, expresso
minha gratidão ao Eterno por meus três filhos terem uma mãe tão amorosa e
especial. E por ter a oportunidade de ser um pai pelo menos, digamos, bom.
Agradeço também pela dona Isaura, minha mãe que, nunca nos deixa duvidar do
amor que ela nutre pelos seus oito filhos. D-us é sempre perfeito em tudo o que
faz, e que nós pais, saibamos reconhecer a importância fundamental da esposa na
educação de nossos filhos, enquanto estamos ocupados em suprir as necessidades
básica. Na verdade, básico, básico mesmo é amar aos filhos.
E aos filhos, sejam eles pequenos, adolescentes, jovens ou
adultos, fica a dica: “reconheça a mamãe, dê carinho a ela, porque isso vai te
render mais e mais em sua vida sempre.”
FELIZ DIA DAS MÃES, PORQUE DIA DE RECONHECER A MÃE É TODO O DIA.
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