quarta-feira, maio 27, 2015

Reflexões para o Dia - devedores...


Rm 13:8 - “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.”

Shaul HaShaliach, o apóstolo Paulo, sempre tinha bons conselhos; talvez por seu bom conhecimento, cultura, ele sabia bem usar as palavras pra falar coisas boas. Em um ou dois versos, ele nos brinda com conselhos maravilhosos. E nesse texto de sua carta aos Romanos, ele nos ensina regras de convivência e a dormir em paz.

A ninguém dever coisa alguma. Isso vale sob todos os aspectos. Como é triste a pessoa ficar devendo a outros! 
Imaginemos que alguém me venda alguma coisa, pode ser carro, bicicleta, roupa usada, viagem, aluguel de casa, comida... e eu não pague,  como fica minha credibilidade? Se a pessoa vende algo, ou ela vive daquilo, ou vendeu porque precisava do dinheiro. Se eu não pago, prejudico a vida da pessoa através de uma atitude de desonestidade. 
Quem não paga as contas, se é “sincero” acaba fugindo do reencontro com o credor, fica envergonhado. Quando o vê de longe, já desvia o caminho, de vergonha. Agora, se não tem vergonha, já mostra que isso é prática comum, e finge que está tudo bem, finge ser honesto e segue a enganar outros, com a mesma aparência de honestidade. 

O que você deve fazer se está em dívida com alguma pessoa e não está conseguindo pagar? 
Honestidade é fundamental (especialmente para quem diz que serve ao Eterno) e não fugir, mas você mesmo procurar o credor, e falar, explicar a situação e propor uma maneira de pagar a divida. Fugir, fingir que não conhece, é passar atestado de desonesto.

Dinheiro é sempre complicado, eventualmente situações inesperadas acontecem, como o desemprego, e aí precisamos nos readaptar. Mas há uma dívida que não conseguimos pagar facilmente. O amor ao próximo! Mesmo amando todos, sempre ainda haverá alguém que se queixará, e é preciso continuar a demonstrar o amor. 
O texto fala de amar uns aos outros, mostrando que deve ser um sentimento recíproco. Quando demonstramos amor, esperamos que haja uma resposta de amor do outro também, e isso tende a ser um ciclo constante de sentimentos e atitudes positivas. 
Quando abrimos espaço para o rancor dentro de nós, o amor vai se esvaindo, e murcha. 

Dias atrás conversava com um amigo sobre o motivo das pessoas se afastarem, de sairem de congregação, etc... e quando estas pessoas expoem o que pensam, elas citam mágoas de dois, cinco, dez anos atrás. Sentimentos ruins que deixamos florescer, crescem e invadem nosso coração, tomando o lugar do amor e do perdão. Guardar mágoa por dez anos? Que loucura é essa? Faz bem pra você isso? Carregar um sentimento ruim por tempos só nos fazem pessoas amargas.
Amar ao próximo é uma divida que temos, e essa dívida tem que ser paga dia-a-dia, continuamente... é mais ou menos como os juros da dívida externa brasileira: se não pagar, seremos consumidos. 

Mas o apóstolo Paulo continua, e diz, na sequencia: “Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz. Andemos honestamente, como de dia, não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja. Mas revesti-vos do Senhor Yeshua, o Mashiach e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências.” (Rm 13:12-14)

Vamos rejeitar as obras da carne. Essas obras são comuns em homens que buscam glutonarias, bebedeiras, são desonestos, contenciosos, invejosos, perdidos em concupiscências, seus desejos malignos. 

Qualquer um pode se fingir de sério, honesto, bonzinho; mas simpatia não é sinal de honestidade; por trás de um belo sorriso pode estar uma pessoa enganadora. Aliás, numa reportagem que vi ontem, a jornalista falava que todo vigarista, golpista, ganha as pessoas na base da simpatia, da lábia. 

Sejamos honestos, amorosos de verdade, paguemos nossas contas em dia, sem prejudicar a vida de ninguém; e se tivermos algum percalço da vida, tenhamos a hombridade de irmos até nossos credores, nos desculparmos e propor uma solução para diminuir o prejuízo alheio que causamos. 

Quando agimos corretamente, a bênção nos persegue, mas quando somos desonestos, a maldição corre atrás de nós e nos alcança.

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