quinta-feira, julho 31, 2014

Reflexões para o dia: O barco da felicidade



“Se alguém gerar cem filhos e viver muitos anos, até avançada idade, e se a sua alma não se fartar do bem, e além disso não tiver sepultura, digo que um aborto é mais feliz do que ele;” (Ec 6:3)

Hoje pela manhã vim trabalhar de ônibus. Eu e meu filho Abel saímos de casa ainda escuro, antes das 6 da manhã e umas poucas pessoas na rua aguardavam o ônibus. Mas porquê disse isso? Porque normalmente usamos minha motinho como meio de transporte, apesar do frio matinal curitibano. 

Sempre vejo pessoas dizendo: “Ah! Se eu tivesse um carrinho a vida iria ser bem melhor.” Ah! Se eu tivesse tal coisa, se eu tivesse um marido, se eu tivesse dinheiro...”  E aí fico me questionando do quanto precisamos para sermos felizes. 

Você já percebeu que há pessoas que conseguem ser felizes mesmo não “tendo” tudo isso? 
Ontem de noite recebi uma mensagem de uma pessoa, compartilhando sua felicidade comigo, e na foto dizia algo assim: “valeu pela ajuda, um abraço, obrigado!” Claro, aquilo me deixou feliz.

Dias atrás, quando ainda estava em Brasília, eu e meus primos Tiago e Hellen, fomos a uma “venda de garagem” e lá conhecemos um senhor, mais de setenta anos, cheio de vida e vigor físico. Ele nos recebeu muito bem, e começou a falar que era professor de dança, de frevo (ritmo pernambucano) e que lidava com energias através dos números... Aí foi nos explicando algumas coisas, de como os números e as cores influenciam a vida e a energia das pessoas. Tudo muito interessante, nos dava exemplos, falava do mal das ondas eletromagnéticas dos celulares, etc... mas o que me chamou a atenção era o bom astral do velhinho. Evidente que não creio nas mesmas coisas que ele, mas não tinha como negar que aquele senhorzinho que falava sem parar, propagando o bom poder das placas com os números positivos. 
Tudo ía bem até que ele fala que tinha uma amiga “Marciana”. Eu quis rir, mas ele contava, que ela realmente era de marte, e etc...  aí a visita já durava cerca de uma hora e resolvemos ir embora; no fim, não compramos nada, mas saímos com boas risadas. 

Por favor, espero que ninguém entenda que estou zombando daquele senhor; não é nada disso. Relatei brevemente para compartilhar que não importa a quantidade de coisas que temos, mas a alegria e o prazer de viver que emanamos. 

O Talmude fala: “quem é rico? aquele que é contente com o que possui.” Isso faz referência a tudo, não apenas ao dinheiro ou bens materiais. Um rabino, de quem ouço palestras com frequência disse: “você não pode achar que vai ser feliz quando casar. Você não pode achar que vai ser feliz quando tiver isso ou aquilo. Quem não é feliz solteiro, não vai ser feliz quando se casar. Sempre vai faltar alguma coisa...” Eis a essência das coisas. Procurar a felicidade de viver. 

Problemas, todos temos, todos teremos, mas isso não deve nos tirar a alegria de viver. Apesar dos problemas, é um privilégio estar vivo. 

Voltando ao ônibus dessa manhã, cada pessoa que entrava, com cara de sono ainda, certamente tinha seus problemas, suas tristezas e suas alegrias. Não dá pra julgá-las. E nem preciso! Basta que busquemos encontrar nossa própria felicidade, nas coisas simples da vida. 

No ônibus, como a maioria das pessoas, eu usava um fone e ouvia canções ao celular. Quero compartilhar aqui, traduzido, um trecho de uma delas, de um cantor country famoso chamado Garth Brooks, a canção chama-se “The River”

Você sabe que um sonho é como um rio
Sempre mudando conforme flui
E o sonhador é apenas uma embarcação
Que deve seguir para onde ele vai
Tentando aprender com aquilo que ficou pra trás
E nunca sabendo o que está adiante
Fazendo de cada dia uma batalha constante
Apenas para ficar entre as margens. .

Eu conduzirei meu barco, Até o rio secar
Como um pássaro ao vento, Estas águas são meu céu
Eu nunca alcançarei meu destino, Se eu nunca tentar
Assim eu conduzirei meu barco, Até o rio secar

Então, não se sente à beira da água
dizendo que você está satisfeito
Escolha a corrente mais rápida e arrisque-se
E ouse dançar na maré. Sim...

E existirão momentos em que as águas serão difíceis
E eu sei que levarei algumas quedas
Mas com o bom Senhor como meu capitão
Eu posso passar através de todas elas. 


Que esta música nos inspire a encontrar a felicidade em cada momento de nossas vidas, porque essa é a assência de nossa alma.
Podemos ser felizes mesmo sem ter tudo aquilo que queremos, porque, quem disse que precisamos possuir tudo pra sermos felizes? Basta deixarmos nossa embarcação seguir o fluxo do rio e vencermos as correntezas da vida com alegria. 

sexta-feira, julho 25, 2014

Reflexões para o dia. Teu povo, meu povo (Parte 4)


“Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn 12:3)

A cada dia as coisas tornam-se piores para Israel e as pessoas se revelam em seu caráter negativo, tramando às ocultas, querendo ver o mal e buscando prejudicar ao próximo. Isso se revela em todos os âmbitos, e essa semana, o governo brasileiro deu mostras de seu anti-sionismo. 

Não, não sou a favor da morte de civis inocentes entre os árabes (de novo dizendo, não existe um povo palestino) e também claro, não posso tolerar a morte de judeus vítimas de ataques suicidas covardes. Sempre acho que há um caminho para a paz, em qualquer situação de discórdia, seja entre pessoas ou nações. Basta um pouco de bom senso e muita vontade de querer acertar.

Há alguns dias coloquei um comentário, traçando um paralelo entre o que ocorre hoje e a relação entre Sara e Agar, depois Ishmael e Itschak, Esaú e Jacó... agora, indo um pouco mais além, podemos perceber outras semelhanças. 

Você já viu fotos, ilustrações, mostrando como os “palestinos” usam suas crianças como escudo, e os colocam para morrer primeiro. Por outro lado, como Israel procura preservar a vida dos seus civis, do povo a quem defendem. 
Os sábios dizem que tudo que acontece está revelado em Bereshit, no Gênesis e lá encontramos as respostas.

Gn 21:15,16 - “E, consumida a água do odre, lançou o menino debaixo de uma das árvores. E foi-se e assentou-se em frente, afastando-se a distância de um tiro de arco; porque dizia: Que não veja eu morrer o menino. E assentou-se em frente, e levantou a sua voz, e chorou.”
Uma vez tendo saído da presença de Abraão, e ao acabar sua água, Agar simplesmente se afasta de seu filho Ishmael para o deixar morrer (ela não queria ver isso). Agora pergunto, que mãe judia se afasta pra deixar o próprio filho morrer?
Por outro lado, crianças palestinas morrem ao servirem de escudo para morrer em nome do Hamas. 

Vendo do lado de Israel, o valor de cada pessoa, de cada cidadão, cada soldado é muito grande. Em 2007, por exemplo tivemos o famoso caso do soldado Gilad Shalit, sequestrado pelo Hamas. No fim, Israel libertou 1027 presidiários terroristas palestinos em troca da vida de um único soldado. Quem mais faz coisa semelhante? Voltamos ao livro de Gênesis. 
Gn 14:14 - Ouvindo Abrão que seu sobrinho estava preso, fez sair trezentos e dezoito homens dos mais capazes, nascidos em sua casa, e os perseguiu até Dã.

Ainda que Abraão tivesse se separado de seu sobrinho Ló, eles ainda eram familia, e o patriarca separou seus melhores homens, para resgatar seu sobrinho.

A história segue se repetindo... há propostas por um cessar-fogo e Israel acena aceitando, mas o que há do outro lado? (Mesmo perdendo) os palestinos recusam-se a aceitar o fim da guerra. Se observarmos o texto de Gn 33, que apresenta o reencontro de Jacó e Esaú, vemos que Jacó mandou presentes a seu irmão, para que eles tivessem paz... enquanto isso, Esaú vinha com quatrocentos homens com ele (homens de guerra). 
É verdade que Esaú o abraçou e chorou ao beijá-lo, mas isso mostra que Esaú precisa estar disposto a abraçar a Israel... mesmo antes, quando Esaú desejava matar a Israel, foi necessário um tempo até que finalmente eles estivessem aptos a se abraçarem...
Hoje, Esaú (palestinos) ainda deseja matar Jacó (Israel) e por isso não temos paz. Israel segue mandando presentes, (ao cuidar dos enfermos palestinos, ao enviar mantimentos, alimentos, etc...) mas infelizmente não é chegado o tempo de Esaú vir com seus homens ao encontro do abraço com Jacó. 

Rezemos para que esse tempo chegue brevemente, em nossos dias, e que o Messias venha trazer paz a nosso povo, a paz duradoura e eterna. 

quinta-feira, julho 24, 2014

Reflexões para o dia. Quem é você?





“Então, a criada, encarregada da porta, perguntou a Pedro: Não és tu também um dos discípulos deste homem? Não sou, respondeu ele.” (João 18:17)

No último final de semana estive em Brasilia, e lá abordamos alguns assuntos e a necessidade de mostrarmos quem somos ao mundo, de marcarmos presença com nossa postura.
Ao sair de lá, peguei o vôo para São Paulo e lá, fui abordado por um senhor, policial, chamado Emerson, que me reconheceu  do site, do blog, do facebook. Na própria rodoviária de São Paulo, onde passam milhares de pessoas, ser reconhecido por um “estranho” é difícil. E aí eu pergunto: porquê ele me reconheceu?

Porque procuro marcar minha presença na sociedade, expondo meu ponto de vista sobre diversos assuntos relevantes e principalmente na defesa de nossa fé e de nosso povo. 

No versículo que eu coloquei como referência, todos conhecem bem, a história triste de quando Pedro negou a Yeshua, no seu momento mais difícil. Hoje, todo o povo de Israel passa por um grave momento de crise. 
Ao mesmo tempo em que o conflito com o Hamas se agrava, com bombas e mais de mil mísseis atingindo diversas cidades de Israel, fica evidente que Israel tem muitos inimigos. E você? Marca sua posição perante tudo isso?

Vejamos um pouco (muito superficialmente) a situação:
- Países árabes, depois ONU, propoem trégia, cessar-fogo. Israel aceita, o Hamas não... mas é dito que quem usa força desproporcional é Israel. 
- Israel avisa antecipadamente onde vai atacar, e Hamas coloca seus civis para serem mortos só com o objetivo de atrair a opinião pública contra Israel. 
- Há passeatas, protestos mundo afora (como na França) e principalmente no Brasil, em favor de “Gaza livre” “Palestina livre” “Israel Assassinos de guerra, criminosos” 
- Países como Siria, Irã, Venezuela, Colômbia, etc... aliados do governo de esquerda brasileiro, matam milhares de civis dentro de sua própria nação, só para manter seus regimes ditatoriais, déspotas e injustos, e o governo brasileiro não se levanta contra nenhum deles. Só contra Israel.

Qual sua posição diante de tudo isso? 

Se somos judeus, israelitas, sionistas, ou apenas simpatizantes de Israel devemos nos posicionar. Há uma série de eventos pró-Israel pelo mundo também, e é nosso dever participar. Comunidades judaicas em São Paulo, Rio, Curitiba e diversas outras cidades estão organizando atos de repúdio ao que o governo brasileiro tem feito (votando a favor de um resolução na ONU contrária a Israel)  mas principalmente mostrando-se solidários ao povo de Israel. Participe também! 
Vista azul e branco, pinte seu rosto com uma Maguen David, mas principalmente, permita que as pessoas saibam que você é um ativista pró-Israel. 

Diz um provérbio famoso: “para o trunfo do mal só é preciso que os homens de bem não façam nada” e é exatamente isso que ocorre quando nos calamos. 
Não, esse governo não me representa! Não, não concordo que vereadores, deputados, senadores, ostentem orgulhosos bandeiras pedindo por uma “Palestina livre”, mas para que eles saibam que eu não concordo, é preciso que eu demonstre minha insatisfação com tudo isso. Mas como? Marcando posição firme e não me acovardando, justamente no momento de maior necessidade, quando Israel mais precisa de todos nós. 

Atreva-se a ser por Israel. Atreva-se a ser a favor do único país do Oriente Médio a favor da democracia, que tolera e respeita católicos, evangélicos, muçulmanos, mesmo sendo praticante da fé JUDAICA. Atreva-se a querer entender além do noticiário, a ver que Israel sempre prezou pela paz, mas que para defender seus cerca de 10 milhões de habitantes, eventualmente se obriga a entrar em guerra. Atreva-se a acreditar que um país minúsculo, cercado de nações árabes por todos os lados, tem o direito de se defender e não, não usa de força desproporcional, porque não há força desproporcional diante de milhares de misseis lançados na direção de suas casa, com o único objetivo de matar seus filhos. 

SIM, SOU ISRAEL E NÃO, A OPINIÃO DO GOVERNO BRASILEIRO NÃO ME REPRESENTA.

NÃO NEGUE A ISRAEL NO MOMENTO EM QUE MAIS PRECISA. 

segunda-feira, julho 21, 2014

Reflexões para o dia: A que nível chegamos?




“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.” (Rm 13:1)

Hoje pela manhã, ainda aqui em Brasilia/DF tive a oportunidade de acompanhar uma cerimônia militar na Base Aérea, com formatura e honrarias, etc... muito interessante. Em conversa com meu primo (Tenente da FAB) falávamos acerca da nossa atual sociedade e sua decadência. Você certamente já se questionou, diante de uma noticia na tv ou um fato que presencie: “A que nivel chegamos em nossa sociedade? O que nos fez chegar a isso?” 
Dizem que o rompimento de uma grande represa começa com um pequeno vazamento e na sociedade ocorre algo similar... uma pequena desobediência aqui, outra ali, em que é tolerado o erro e permitido que o infrator saia sem sofrer qualquer consequência é o vazamento das leis da convivência em sociedade.

Não muito tempo atrás, nenhuma criança chamava os pais de “você” pois isso era grande desrespeito. Hoje, filhos mandam e agridem os pais. 

Voltando a cerimônia, meu primo Tiago, devidamente fardado, cantava o hino da Força Aérea, prestava continência diante de seus superiores, e todos se voltavam à bandeira nacional. Uns podem dizer: “isso é besteira”, mas no respeito à hierarquia, nossa sociedade se fortalece. Onde não há esse respeito, só vemos a degradação. 
Vejamos por exemplo o que ocorre nas escolas hoje e o que ocorria ontem: 
- Quando fiz meu primeiro grau, lá na década de oitenta, os alunos se levantavam quando o professor entrava na sala de aula, em reverência. (Esse é um principio judaico, que consta na bíblia, e é respeitado até hoje) Semanalmente, todos cantavam o hino nacional brasileiro, enfileirados e respeitosamente. 
- Hoje, jovens queimam a bandeira nacional (isso é considerado crime) em plena praça pública. Cantam o hino nacional em manifestações, ao mesmo tempo em que destroem patrimônio público. Professores? São os primeiros a serem desrespeitados. antes admirados, hoje, apanham de alunos de quinta-serie; de maneira absurda, os jovens não podem ser punidos, e se o forem, os professores sofrerão a furia dos pais desses adolescentes. E a sociedade se degrada dia após dia.

O respeito às autoridades e regras da sociedade em geral é fundamental para criarmos uma geração saudável e quem sabe restaurarmos bons parâmetros de conduta moral e cívica às futuras gerações. Militares, policiais, e principalmente professores devem ser dignos de todo o respeito por nosso povo. Quem sabe assim encontremos o caminho de volta para sermos um povo de bem... Enquanto os “direitos humanos” e a sociedade favorecerem os maus, os cidadãos de bem sofrerão. 

Era isso que o apóstolo Paulo dizia, em sua carta aos Romanos. Ao dizer que foi o próprio Deus quem instituiu e permitiu as autoridades, ele dá o peso de Deus sobre isso. Dizer que é religioso, mas desrespeitar um professor, é ser um hipócrita. Falar-se como obreiro, pastor, ou qualquer coisa e não respeitar seus superiores é pura hipocrisia religiosa. Por isso mesmo Paulo dizia: “De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.” (Rm 13:2-4) 

E ele conclui esse ensinamento ao dizer que não devemos fazer tais coisas, respeitar apenas porque somos “obrigados a isso” mas por consciência de isso é o certo. 

Façamos o que é certo. Diante de um policial, não o desrespeite, mas mostre-lhe que respeita sua autoridade. Diante de um professor, não o trate com soberba, mas o reverencie, fique em pé diante de sua sabedoria, pois isso também é Torah. Caso contrário, continuaremos a dizer: “A que nível chegamos? Onde foi que erramos?” Aja corretamente e tenha o respeito de Deus por isso.

quarta-feira, julho 16, 2014

Reflexões para o dia. Aerodromofobia



“Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor!” (Mt 14:30)

Amanhã estarei viajando pra Brasília. De Curitiba a São Paulo irei de ônibus, e de lá a Brasília, de avião. Hoje, enquanto vinha de carro trabalhar, estava refletindo sobre essa questão de viagens. 
Infelizmente o mundo, apesar de estar encurtando distâncias, não é pequeno o suficiente para eliminar as viagens, sejam de carro, ônibus, navio ou avião. Mas o que isso tem a ver? 
Minha mente é muito fértil e um pensamento vai puxando outro e daí me lembrei de quantas pessoas já se recusaram a ir a Israel porque tem medo de andar de avião. O medo superou a vontade de conhecer a Terra Santa. 
Aerodromofobia é o termo usado para se referir a uma pessoa que tem medo de voar, de viagem aéreas. Eu tenho mais medo dessa palavra do que de andar de avião. Isso não significa que eu não tenha medo de viajar... mas a questão é: “até onde o medo vai nos impedir de conseguir coisas boas? De alcançar aquilo que almejamos?”

Não posso falar muito pelos outros, embora as pessoas tendam a diminuir o medo alheio, menosprezando e afirmando que é besteira. Já vi pessoas com medo de mudar de emprego, medo de barata, medo de rato, medo de andar de escada rolante, medo de elevador, enfim, há uma infinidade de fobias, mas ou decidimos vencê-las ou elas nos vencerão. 

Apesar de já ter voado muitas vezes, sempre tenho um receio, fico tenso, mas penso: “já comprei a passagem, agora não vou perder o dinheiro, então vou subir e vai dar tudo certo”.  Lembro-me até hoje da minha primeira viagem de avião, quando ganhei uma promoção e fui para o Rio de Janeiro. A expectativa era maior do que o medo. Foi ótimo! Depois, fui para o México duas vezes, Israel várias, e Nova York, quando vivi pela primeira vez a experiência de uma turbulência forte durante o vôo, quando o avião chacoalhava todo. Ao meu lado estava Rosh Ezrah, também com medo, e um pouco atrás de nós tinha  um menino todo alegrinho, falando que era igual montanha russa. A raiva que senti me ajudou a superar o pavor naquela hora. Enfim, hoje penso, e se eu não tivesse embarcado naquele avião da primeira vez, há 15 anos atrás? Quanta coisa boa teria perdido!!!

A primeira vez que a palavra medo aparece na Bíblia é quando Adam, com medo, se escondeu de Deus, depois de haver pecado. Não adianta nos escondermos, Deus vê nosso pecado, então não adianta ter medo, é melhor pagar o preço dos nossos erros. Mas há outros tipos de medo. 
Toda vez que estou em Israel, e visitamos o Mar da Galiléia, lembro-me que Pedro andou sobre as águas naquele lugar. 
Tudo aconteceu quando Yeshua acabara de fazer a multiplicação dos pães e peixes, e depois de alimentar uma multidão, os discípulos entraram no barco e começaram a navegar, e depois, já no meio do mar, de noite, Yeshua lhes aparece, caminhando sobre as águas e Pedro diz: “Se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas.” E ouviu como resposta: “VEM!” E ele foi, só que aí o medo de afundar o venceu, e ele grita: “Salva-me Senhor!”

Na vida é assim; o medo nos impede de grandes conquistas. 
Imagine-se no lugar do patriarca Abraão, com 75 anos de idade e Deus o manda sair de onde vivia e ir para um lugar desconhecido... Você iria? Ele foi! 
Imagine-se no lugar de Davi, quando se apresentou para lutar com Golias. Todos os valentes de Israel estavam com medo, e ele foi, e com cinco pedrinhas derrotou um gigante. Você iria? Ele foi!
Agora imagine-se andando sobre as águas! Você iria? 

A vida é cheia de oportunidades, e podemos sim conquistar nossos objetivos, alcançar nossos sonhos. Quem foi que disse que você não pode? Você mesmo?

Se o teu sonho é ir a Israel, você pode! (Mesmo nesse momento triste de conflito por lá, eu preferiria estar em Jerusalém do que em qualquer outro lugar do mundo) A propósito, estou organizando a caravana só para mulheres, em outubro do ano que vem e sim, você consegue ir, consegue pagar... só precisa acreditar e se esforçar. 

Se teu sonho é mudar de cidade, de emprego, dirigir, pilotar uma moto, pular de paraquedas, casar, ter filhos, voar, andar sobre as águas, sim, você pode! O primeiro passo para qualquer sonho é acreditar, e o segundo é vencer os medos. 

A cada viagem deixo minha aerodromofobia pra trás em busca de algo melhor adiante... Deixe sua fobia de lado e prepare-se para voar, ou andar sobre as águas. 

HaShem Yevarech!

segunda-feira, julho 14, 2014

Reflexões para o dia. A Copa e a cultura do jogar fora...


“Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de Jonas, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas.” (Jo 21:17)

Agora que finalmente acabou a Copa do Mundo, com a Alemanha sendo campeã é interessante observar as dezenas, centenas de teorias, exaltando a campeã e execrando o Brasil perdedor. 

Engraçado que antes da copa, li sobre a arrogância alemã, ao construir seu próprio centro de treinamento na Bahia (julgando que nós brasileiros éramos incompetentes) e a simpatia dos craques brasileiros, com Fred e companhia com sendo os verdadeiros ídolos, imbatíveis, etc... e eis que, um mês depois, tudo se inverte. 
O tal do Felipão era o grande técnico, hoje é ultrapassado, lixo. A Alemanha foi organizada, vejam só o belo exemplo, construiu seu próprio hotel na Bahia... 
O Brasil ficou tempo demais postando fotos na internet e ficando com os fãs e não treinou. Gente, a Alemanha é exaltada hoje exatamente por essa interação com os fãs brasileiros, postagens em português na internet, etc...
A verdade é que uns ganham, outros perdem. Foi humilhante perder de 7 a 1, claro! Mas isso é apenas um esporte! 

Sempre achei que o esporte revela um pouco de nossa personalidade, caráter e tradição. E no Brasil temos a tradição de: perdeu, errou, tá fora, é lixo. Será? 

Deixando um pouco o futebol de lado, embora seja um paralelo interessante a execração de atletas brasileiros que há um mês prestavam e hoje são lixo, isso se repete na nossa vida, na mentalidade que temos.

Quanta gente boa já passou por sua vida? Gente que te ajudou, que te fez sorrir, que te ergueu num momento difícil, mas que, por um erro, foi descartada?

Se pararmos para observar, é estranha a sensação, até que refletimos bem. Em meu ministério, e lá se vão 14 anos, sempre assumi congregações que vinham em fases difíceis, por erros de seus líderes. Antes amados, eles passaram a ser alvo de ódio e abandono. Que triste!
Sempre ensinei que essas pessoas poderiam voltar, caso se arrependessem, e eu os receberia de braços abertos, porque todos erramos. Esses líderes seriam recebidos, teriam seus erros corrigidos, e quem sabe, pudessem voltar a ter o brilho de antes. As pessoas deveriam ser gratas a eles, pois os tais ex-líderes, foram as pessoas que lhes ajudaram nos momentos difíceis. 

Na vida, como no futebol, temos dias em que tudo dá certo, e as vezes, trocamos os pés pelas mãos e erramos. O mesmo Felipão que é lixo, foi aclamado alguns anos atrás como campeão, e não muito tempo atrás, o povo celebrou sua volta ao cargo de técnico da seleção.

Eu fui procurar exemplo bíblico de situação assim. Encontrei alguns, mas talvez o mais emblemático seja o de Pedro. 
Discípulo fiel do Mestre Yeshua, estava sempre por perto, não aceitava que o Mestre foi afrontado, a tal ponto de, num gesto de defesa, arrancar a orelha de um soldado, chamado Malco, para proteger a Yeshua. 
Ele cometeu o grave erro, no momento mais dificil, negou a Yeshua por três vezes, quando o galo cantou, e ele chorou amargamente. 
Em algum momento da vida somos Pedro, erramos, e arrependidos, choramos amargamente. 

E qual deve ser a atitude correta a se tomar? Se somos verdadeiramente discípulos de Yeshua, nosso Rabi, nosso Mestre, devemos conhecer o caráter da pessoa, e saber que não se julga o caráter de uma pessoa baseado num erro. Não se pode jogar fora tudo de bom que aquela pessoa fez por nós, e abandoná-la. 

Yeshua, após ressuscitado, esteve diante dos discípulos e foi conversar com Pedro. Essa era a oportunidade de dizer umas verdades: “Pedro, sabia que tu eras falso, que não prestavas, e no meu momento difícil me negaste três vezes. Isso é coisa de amigo?”

Pelo contrário, Ele foi AMIGO, chamando Pedro, disse: “Tu me amas?” Ele sabia a resposta, mas ouviu de Pedro que sim, o amava. Então Ele nos dá as palavras mais surpreendentes de respeito e consideração: “Então apascenta as minhas ovelhas.”

Senhor, estás louco? O cidadão te nega e tu vais e o coloca como “pastor das tuas ovelhas?” 
Não, apenas reconheceu que Pedro era um homem sincero, que errou e que se arrependeu amargamente. 

Somos de verdade, de verdade, de verdade mesmo, discípulos de Yeshua? Como você trata alguém que lhe ajudou num momento dificil e depois errou contigo? 

Se descarta, ignora e abandona... parabéns, mostraste teu caráter. Se ajuda, estende a mão, e o sustenta no momento de dificuldade, parabéns, és discípulo do Bom Mestre!

quarta-feira, julho 09, 2014

Reflexões para o dia. Teu povo, meu povo (Parte 3)? "Leman achai Vereai..."



“Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn 12:3)

Seria impossível não falar da Copa do Mundo hoje não é mesmo? Pois é, Brasil finalmente eliminado, e que bom, mas falarei sobre isso amanhã, porque hoje temos coisas mais importantes acontecendo...

A situação em Israel tem se agravado a cada dia e infelizmente não vejo que as pessoas se preocupam com isso, tanto quanto sete gols causam tristeza e revolta. 
A Torah diz: “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem”. Palavras do Eterno falando a Avraham, mas vejamos, quem são os descendentes de Avraham? Ishmael e Itschak. 
Em Gn 16 temos a situação “profetizada”, quando Agar, serva de Sarai, foi dada por mulher ao patriarca, para que se cumprisse a promessa de que ele seria pai de uma grande nação. Agar, ficando grávida, menosprezou sua senhora Sarai. Acabou  fugindo, e o Anjo do Senhor disse a ela: “Torma-te para tua senhora e humilha-te debaixo de suas mãos”E disse mais: “Seu filho será chamado Ishmael (Deus ouve) e ele será homem bravo; sua mão será contra todos e a mão de todos contra ele...”
Depois, Itschak, o filho da promessa (Gn 17:19; Rm 9:7) também foi pai de Esaú e Jacob, pelo qual nasceu o povo de Israel. 

Em primeiro lugar, cabe salientar que não existe um “povo palestino”, e são árabes, expulsos da Jordânia, mas árabes, e há mais de uma dezena de países árabes em torno de Israel, países estes que poderiam acolher tranquilamente “seus irmãos” se o quisessem; mas não, expressam a necessidade de aniquilar a Israel. A felicidade deles depende da aniquilação de Israel, e não de um espaço de terra que possa ser chamado de sua pátria. 

Já estivemos muitas vezes em Israel e sabemos que sempre houveram ataques de Gaza na direção de Israel. De vez em quando, do nada, vinha uma pedrada, um míssel, e uma cutucada imbecil. (Claro que a mídia não mostra) Mas e quando essa situação começou a se agravar?

Em abril desse ano, o presidente Palestino (que nem sequer é um país, e como podem ter presidente se não existe país?) Mahmoud  Abbas, que pertence a uma facção chamada Fattah fez um acordo de paz com a outra facção, chamada Hamas, só que o Hamas é visto por Israel e pelo mundo não como um partido político, mas uma organização terrorista. 
Mesmo alertado por Israel, o acordo foi feito, e então as negociações por um processo de paz, que já eram frágeis, ruiram de vez, pois como Israel iria negociar paz com um partido que se associa com um grupo terrorista cujo único objetivo é destruir Israel? 

Nessa pausa do processo de paz, o Hamas ganhou força, obviamente, e como já dominava a faixa de Gaza, tenta estender seus tentáculos na direção da Cisjordânia, e até que chegamos ao dia 12 de junho de 2014. 

12 de junho não foi importante por ser o dia dos namorados, mas porque nessa data foram sequestrados os três jovens judeus, estudantes de uma Yeshiva em Hebrom. A partir daí Eyal, Gilat e Naftali se tornaram um símbolo para o povo judeu, e toda a nação se mobilizou na busca pelos três, com a campanha #Bring Back Our Boys. A esperança uniu ainda mais os judeus do mundo todo, na ansiedade de reencontrá-los com vida. 
Israel acusou o Hamas de serem os culpados... e mesmo dizendo-se inocentes, o Hamas e a faixa de Gaza toda, festejavam o sequestro, com fogos de artifício, bolos e alegria total (quem festeja um sequestro de jovens inocentes???) 
Para a tristeza de todos os judeus, os jovens foram encontrados mortos, queimados, na mesma região de Hebrom, justamente num terreno que pertencia à família de um dos palestinos acusados por Israel. Isso ocorreu no fim de junho. O sepultamento dos três causou uma comoção nacional, com milhares de judeus presentes. 

Claro, com tamanha dor, isso causa-nos uma revolta. O revide veio com o assassinato de um jovem palestino em Jerusalém... e isso bastou para que o Hamas quisesse “vingança”, mas como assim, vingança, se quem matou TRÊS jovens inocentes foram eles? 

Aí chegamos ao que estamos vivenciando hoje... mísseis foram lançados, Israel intercepta, mas revida, e isso causa no noticiário internacional mais notícias anti-semitas, dizendo que Israel foi desproporcional, etc... e dá força ao Hamas, que lança mísseis maiores e mais potentes. (Até dias atrás os mísseis do Hamas tinham alcance de cerca de 40 km, hoje atingem faixas de até 100 km de distância) 
Israel convocou mais de 40 mil reservistas, e planeja invasão terrestre. O Hamas diz que a partir de agora qualquer alvo em Israel se torna legítimo para eles... e milhões de israelenses inocentes são obrigados a se refugiarem em abrigos anti-misseis. 

Amigos, não se iludam, a coisa está séria, grave! Sirenes são soadas em Jerusalém e Tel Aviv, anunciando que mísseis estão vindo nessa direção e o povo é orientado a se esconder em abrigos. 

Até onde vai? Não sei, mas é bom ficarmos atentos, afinal Israel é nosso povo, e “teu povo é meu povo”. 
Nada vai melhorar se “Agar não se humilhar diante de Sara” se Ishmael não reconhecer que Itschak é o filho da promessa e Deus está com Israel. 

“Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos aqueles que te amam. Reine paz dentro de teus muros e prosperidade nos teus palácios. Por amor dos meus irmãos e amigos, eu peço: haja paz em ti! Por amor da Casa do SENHOR, nosso Deus, buscarei o teu bem.” (Sl 122:6-9)


*** A imagem que usei é de um link de um canal pelo qual tenho acompanhado as noticias 24 horas de Israel. O canal é de lá, então não tem distorção de noticias...  o link é:
 http://www.i24news.tv/en/tv/live

sexta-feira, julho 04, 2014

Reflexões para o dia. Teu povo, meu povo (Parte 2)?



“Ouvindo Abrão que seu sobrinho estava preso, fez sair trezentos e dezoito homens dos mais capazes, nascidos em sua casa, e os perseguiu até Dã. E, repartidos contra eles de noite, ele e os seus homens, feriu-os e os perseguiu até Hobá, que fica à esquerda de Damasco. Trouxe de novo todos os bens, e também a Ló, seu sobrinho, os bens dele, e ainda as mulheres, e o povo.” (Gn 14:14-16)

Em meu último post falei sobre a necessidade de sermos parte do povo, e sobre os três garotos sequestrados em Israel, e infelizmente, encontrados mortos. No mesmo dia eu havia recebido de meu amigo Vanderlei, do Mato Grosso, uma sugestão de tema para a reflexão (se você quiser sugerir um tema, pode mandar mensagem pra mim que eu coloco nas reflexões) acerca da acessibilidade e da preocupação com os deficientes. Achei interessante e de certa forma os temas estão entrelaçados. 

Depois de alguns dias muito tristes, de luto mesmo por conta do desfecho do sequestro em Hebrom, retomo hoje minhas postagens. Todos nós somos parte de um povo, e dentro disso, uns são mais favorecidos pelas circunstâncias do que outros; possuem melhores condições financeiras, tem mais status social, tem saúde plena, etc... e essas coisas nos possibilitam ajudarmos aos menos favorecidos. Mostrar nossa preocupação com os menos favorecidos é também uma característica do povo de Israel e além disso é uma mitsvah, um mandamento.

Sabemos que pela Torah, somos obrigados a ajudar, pois é dito:
• Se teu irmão empobrecer, e as suas forças decaírem, então, sustentá-lo-ás. (Lv 25:35)
• Não rebuscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha; deixá-los-ás ao pobre e ao estrangeiro. (Lv 19:10)
• Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do jornaleiro não ficará contigo até pela manhã.Não amaldiçoarás o surdo, nem porás tropeço diante do cego; (Lv 19: 13,14)
Enfim, poderiamos citar Davi, que “adotou o aleijado Mefibosete”, um jovem descendente de Jonatas, e como não lembrar da parábola do bom samaritano, narrada por Yeshua?

Tudo isso deve servir para nos mostrar que devemos “amar ao próximo,” ajudá-lo nas suas dificuldades, e não fechar os olhos diante do problema alheio. Isso se revela em coisas simples, que são também leis em nosso país. Por exemplo, nossa Kehilah Sede em Curitiba, tem uma rampa de acesso aos portadores de necessidades especiais que andam de cadeira de rodas. Tempos atrás, nosso programa de tv tinha na  Tsipora (esposa do Rosh Ezrah) uma intérprete em libras (linguagem de sinais, para surdos e mudos), outras kehilot têm um bom sistema de assistência social, através do terceiro dizimo (também um mandamento da Torah). Mas individualmente, o que fazemos? 

Hoje, ao chegar no escritório, acabei lendo uma matéria postada no facebook de uma amiga, chamada Alessandra, sobre os perigos do wi-fi, do uso indiscriminado do celular, etc... e é interessante como as coisas se encaixam perfeitamente. Hoje, é cada vez mais, “cada um por si” e quanto mais tecnologia temos, mais nos isolamos das pessoas. Nos ônibus, trens, escolas e escritorios fica cada um com seu fone de ouvido, ouvindo música no celular ou jogando e esquecendo-se do mundo “lá fora”. Cada vez menos se vê gentileza nas ruas, jovens que se levantam e cedem lugar ao idoso, alguém que ajude um cego a atravessar a rua, que cuide do pobre... 
Ganhamos dinheiro para o nosso sustento e conforto, é claro. Queremos dar a nossos filhos uma vida melhor do que a que tivemos, uma infância com bastante brinquedos, escola particular e possibilidades de um futuro melhor e não nos damos conta de que estamos criando pessoas e gerações egocêntricas e isoladas. 
Quer um futuro melhor para seus filhos? Então não ensine, demonstre com atitudes. Mostre a eles sua preocupação com os outros, não estacione em vagas para idosos ou portadores de necessidades especiais, estenda sua mão ao necessitado, dê sua vez na fila para um idoso, mas dê com prazer, e não reclamando que “velho devia ficar na praça jogando damas, ou em casa vendo tv. Enfim, dê a preferência.

Na brit chadashah diz: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” (Fp 2:3) 

O mundo será melhor quando deixarmos de lado nosso smartphone, notebook, tablet e compartilharmos histórias, sorrisos e lágrimas com nossos irmãos, sejam eles ricos ou pobres, jovens ou idosos, sãos ou com alguma debilidade física. 
Você, jovem, sabia que uma das maiores causas de depressão entre os idosos está no fato de ser ignorado pelas pessoas jovens? Saibamos e reconheçamos que tudo que somos e temos é fruto do trabalho de gerações passadas? Sem os idosos não somos nada, não temos história; portanto, sente-se um pouco para ouvir essas interessantes histórias. 

E se você quer de verdade cumprir Torah, preocupe-se com os menos favorecidos de nossa sociedade. Entenda suas necessidades, e estenda a sua mão. Juntos, podemos fazer mais uns pelos outros. 

*** Quero agradecer ao amigo Vanderlei, que acompanha meu blog e me incentiva a continuar, e sugeriu esse tema (espero que tenha apreciado)