sexta-feira, fevereiro 27, 2015

Reflexões para o dia: Meu direito, seu dever!


Êx 21:10 “Se lhe tomar outra, não diminuirá o mantimento desta, nem a sua veste, nem a sua obrigação marital.”

De acordo com o Sefer Hamitsvot, no estudo de hoje é dia de entender o direito das esposas. Achei particularmente compartilhar aqui porque daqui a alguns dias estarei presente em mais uma cerimônia de casamento, além do fato de que tivemos vários casamentos recentemente, tanto em Curitiba quanto em outras cidades Brasil afora. 
Muito embora o texto acima fale especificamente ddaquele que se casa com uma serva, ele se aplica a todos, uma vez que o verso anterior diz: “tratá-la-á como se tratam as filhas.” (Ex 21:9) Isso significa que todo aquele que se propoe a um casamento com uma jovem, deve levar em conta três obrigações básicas, que são DEVERES do marido:
- mantimento - ou seja, todo o sustento, a manutenção das necessidades de sua esposa é SUA obrigação. O cidadão não deve se casar esperando que a mulher vá trabalhar fora para “ajudá-lo” nas despesas da casa. 
Uma mulher casada pode trabalhar fora por diversas razões (embora haja os que não aceitem que uma mulher exerça funções fora do âmbito do seu lar) mas o homem não deve se acomodar nisso, e achar que é obrigação dela ajudar a prover o sustento de casa.
- Vestes - Um marido deve ter condições de prover, além do alimento, trajes decentes para sua esposa. Não faz sentido um homem andar bem vestido e sua esposa usando roupas velhas, ainda da época de solteira, ou esperar que ela trabalhe para comprar suas próprias roupas. Devemos nos lembrar que quando casamos, nós tiramos uma jovem de dentro do lar de seus pais, onde muito provavelmente ela tinha seus alimentos e suas vestes sendo providos pelos pais.
- Direitos conjugais - É um direito da mulher. Já vi muitos homens falando disso, exigindo da mulher, falando que “é um direito do homem” quando na verdade isso é um direito da esposa, que não lhe deve ser negado. No mundo machista que vivemos tendemos a dar muita ênfase nas necessidades do homem, mas a mulher tem necessidades físicas também, e mais do que isso, ela tem o DIREITO de exigir que o marido supra tais necessidades.
Esses são DIREITOS BÁSICOS de toda filha de Israel. Se você é um jovem rapaz e não tem condições mínimas de assumir as responsabilidades sobre esses direitos da jovem, não queira assumir um compromisso. Isso vai se configurar em transgressão da Torah. 
Não deixe que seus desejos fisicos carnais sejam aquilo que conduza seus planos de vida. Nesse tempo em que temos buscado aprender a melhor cumprir as mitsvot do Eterno, é o caminho certo primeiro fazer uma auto-avaliação e só então procurar um shadchan (casamenteiro) para que busque uma esposa para você. Jamais pense: “eu ganho um salário, mais o salário dela, aí a gente consegue sobreviver tranquilamente.” Isso é ir contra a Torah; pense: “o que eu ganho é suficiente para suprir as necessidades de uma esposa?” 

Por outro lado também as moças devem entender que “necessidade básica” está relacionada a estas três coisas: “comida, roupa e sexualidade” Não é necessidade básica de uma jovem que o marido mantenha para ela conveniências como internet, empregada doméstica, carro, e demais coisas que trarão conforto à familia. Se ele tiver condições de oferecer isso, será ótimo, mas uma mulher não deve cobrar do marido; dizendo coisas como: “eu não nasci pra trabalhos domésticos, você tem que pagar uma empregada” ou “eu preciso de um carro”. 

Antes de entrarmos em qualquer situação, seja emprego, seja escola, seja num evento, num teatro, sempre procuramos saber quais são nossos direitos e deveres (horários, salários, atribuições, etc...) e porque não pensarmos melhor sobre isso quando falamos de casamento? Muitos casamentos hoje são desfeitos porque os jovens entram num matrimônio sem saber ao certo suas responsabilidades e seus direitos. 
Não se esqueça que no casamento judaico, assinamos um contrato chamado “ketubah” e é onde o homem se compromete a suprir as necessidades da mulher “de acordo com a Lei de Moisés e de Israel”. 

Nenhum comentário: